Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 43, Número: 11, Publicado: 2021
  • Impact of COVID-19 Pandemic on Gynecologic Oncology Surgery in Brasil Editorial

    Reis, Francisco José Candido dos
  • Associação entre o polimorfismo genético PON1 (L55M e Q192R) e a perda recorrente de gravidez emmulheres do norte da Índia expostas a pesticidas Original Article

    Jaiswar, Shyam Pyari; Priyadarshini, Apala; Singh, Apurva; Ahmad, Mohd Kalim; Deo, Sujata; Sankhwar, Pushpa

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O objetivo deste estudo foi examinar a relação entre os polimorfismos PON1 e perda recorrente de gravidez PRG. Métodos Em um estudo transversal, foramcoletadas amostras de sangue de 100 mulheres. O DNA foi extraído e os genótipos PON1 foram determinados por amplificação por PCR. Resultados Com relação ao PON1 L55M, a frequência do alelo mutado (M) foi encontrada em 70,5% no PRG e em 53,5% nos controles; o alelo M foi significativamente associado a um risco aumentado de PRG (odds radio ajustado [ORadj] =2,07; intervalo de confiança [IC] 95%; p<0,001). No entanto, em relação ao PON1 Q192R, a frequência do alelo mutado R foi encontrada em 28,5% no PRG e em 33% nos controles. O alelo R não mostrou qualquer risco para PRG (ORadj 0,81; IC 95; p=0,329). Conclusão O presente estudo sugere que há um efeito do polimorfismo genético sobre PRG e fornece evidências adicionais que se combinam com as informações crescentes sobre asmaneiras pelas quais certos genótipos PON1 podemafetar o desenvolvimento do feto no útero.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The aim of the present study was to examine the relation between the PON1 polymorphisms and recurrent pregnancy loss (RPL). Methods In a cross-sectional study, blood samples were collected from 100 females. DNA was extracted and PON1 genotypes were determined by polymerase chain reaction (PCR) amplification. Results Regarding PON1 L55M, the mutated allele (M) frequency was found in 70.5% in RPL and in 53.5% in controls; theMallele was significantly associated with an increased risk of RPL (adjusted odds ratio [ORadj]=2.07; 95% confidence interval [CI]; p<0.001). However, regarding PON1 Q192R, the R mutated allele frequency was found in 28.5% in RPL and in 33% in controls. The R allele did not show any risk for RPL (ORadj 0.81; 95%CI; p=0.329). Conclusion The present study suggests that there is an effect of genetic polymorphism on RPL and provides additional evidence that combines with the growing information about the ways in which certain PON1 genotypes can affect the development of the fetus in the uterus.
  • Resultados perinatais e fatores associados à etnia em casos de parto pré-termo: Estudo multicêntrico de investigação de prematuridade no Brasil Original Article

    Fernandes, Karayna Gil; Souza, Renato Teixeira; Passini Jr., Renato; Tedesco, Ricardo Porto; Cecatti, José Guilherme

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Investigar as características das mulheres com parto pré-termo e os respectivos resultados de acordo com a etnia. Métodos Uma análise secundária de umestudo de corte transversalmulticêntrico no Brasil. Mulheres com parto pré-termo foram classificadas por autodefinição como brancas ou não brancas. Dados maternos, clínicos, e da gestação foram coletados por entrevista pós-parto e revisão de prontuários. As características sociodemográficas, obstétricas e clínicas das mulheres, o tipo de parto, e os resultados neonatais dos grupos étnicos foram comparados por análise bivariada. Resultados Das 4.150 mulheres que tiveram parto pré-termo, 2.317 (55,8%) eram não brancas, que com mais frequência: eram menores de 19 anos de idade (razão de prevalência [RP]: 1,05; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,01-1,09); não tinham parceiro; eramde baixa renda; tinham baixa escolaridade; tinham ≥ 2 filhos; realizavam trabalho extenuante; provinhammais do Nordeste do que do Sul; tinham histórico de ≥ 3 partos; tinham intervalo interpartal<12 meses; e tiveram complicações gestacionais como aborto, parto pré-termo, rotura prematura de membranas pré-termo (RPM-PT) e baixo peso ao nascimento; iniciaram as consultas de pré-natal no segundo ou terceiro trimestres; comparecerama um número inadequado de consultas; viviam sob contínua exaustão; fumaram no primeiro e segundo ou terceiro trimestres; e tiveram anemia e hipertensão gestacional. Os resultados maternos e neonatais não diferiram entre os grupos, exceto pelamaior taxa de baixo peso ao nascimento (73,7% versus 69,0%) entre as crianças das mulheres não brancas, e e a maior taxa de convulsões (4,05% versus 6,29%) entre as das brancas. Conclusão Condições desfavoráveis foram mais comuns entre não brancas do que entre brancas. Políticas apropriadas são necessárias para diminuir as diferenças, especialmente no contexto da prematuridade, quando mulheres e seus neonatos têm necessidades específicas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To investigate the characteristics of women who had preterm birth (PTB) and related outcomes according to ethnicity. Methods A secondary analysis of a multicenter cross-sectional study conducted in Brazil. Women who had PTB were classified by self-report as white and non-white. Clinical, pregnancy, and maternal data were collected through postpartum interviews and reviews of medical charts. The sociodemographic, obstetric and clinical characteristics of the women, as well as the mode of delivery and the neonatal outcomes among different ethnic groups were compared through a bivariate analysis. Results Of the 4,150 women who had PTB, 2,317 (55.8%) were non-white, who were more likely: to be younger than 19 years of age (prevalence ratio [PR]: 1.05; 95% confidence interval [95%CI]: 1.01-1.09); to be without a partner; to live on low income; to have lower levels of schooling; to have ≥ 2 children; to perform strenuous work; to be fromthe Northeastern region of Brazil rather than the from Southern region; to have a history of ≥ 3 deliveries; to have an interpregnancy interval<12 months; to have pregnancy complications such as abortion, PTB, preterm premature rupture of membranes (pPROM), and low birth weight; to initiate antenatal care (ANC) visits in the second or third trimesters; to have have an inadequate number of ANC visits; to be under continuous overexertion; to smoke in the first and second or third trimesters; and to have anemia and gestational hypertension. The maternal and neonatal outcomes did not differ between the groups, except for the higher rate of low birth weight (73.7% versus 69.0%) in infants born to non-white women, and the higher rate of seizures (4.05% versus 6.29%) in infants born to white women. Conclusion Unfavorable conditions weremore common in non-whites than inwhites. Proper policies are required to decrease inequalities, especially in the context of prematurity, when women and their neonates have specific needs.
  • Fatores de risco associados à ruptura uterina e deiscência: Um estudo transversal canadense Original Article

    Figueiró-Filho, Ernesto Antonio; Gomez, Javier Mejia; Farine, Dan

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Comparar os fatores de risco maternos e perinatais associados à ruptura uterina completa e deiscência uterina. Métodos Estudo transversal de pacientes com ruptura/deiscência uterina no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2017 (30 anos) internadas na Unidade de Parto de um hospital universitário terciário no Canadá. Resultados Ocorreram 174 (0,1%) casos de transtorno uterino (29 rupturas e 145 deiscências) em 169.356 partos. Houve associações entre deiscência e multiparidade (razão de chances [RC]: 3,2; p=0,02), índice demassa corporal (IMC)materno elevado (RC: 3,4; p=0,02), tentativa de parto vaginal após cesariana (RC: 2,9; p=0,05) e baixa pontuação Apgar em 5minutos (RC: 5,9; p<0,001). A ruptura uterina foi associada a partos prematuros (36,5 ± 4,9 versus 38,2 ± 2,9; p=0,006), hemorragia pós-parto (RC: 13,9; p<0,001), histerectomia (RC: 23,0; p=0,002) e natimorto (RC: 8,2; p<0,001). Não houve associação entre ruptura uterina e idade materna, idade gestacional, início do trabalho de parto, ruptura espontânea ou artificial de membranas, uso de ocitocina, tipo de incisão uterina e peso ao nascer. Conclusão Esta grande coorte demonstrou que existem diferentes fatores de risco associados à ruptura ou à deiscência uterina. A ruptura uterina ainda representa uma grande ameaça à saúde materno-fetal e, diferentemente da crença comum, a deiscência uterina também pode comprometer os desfechos perinatais.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To compare maternal and perinatal risk factors associated with complete uterine rupture and uterine dehiscence. Methods Cross-sectional study of patients with uterine rupture/dehiscence from January 1998 to December 2017 (30 years) admitted at the Labor and Delivery Unit of a tertiary teaching hospital in Canada. Results There were 174 (0.1%) cases of uterine disruption (29 ruptures and 145 cases of dehiscence) out of 169,356 deliveries. There were associations between dehiscence and multiparity (odds ratio [OR]: 3.2; p=0.02), elevated maternal body mass index (BMI; OR: 3.4; p=0.02), attempt of vaginal birth after a cesarian section (OR: 2.9; p=0.05) and 5-minute low Apgar score (OR: 5.9; p<0.001). Uterine rupture was associated with preterm deliveries (36.5 ± 4.9 versus 38.2 ± 2.9; p=0.006), postpartum hemorrhage (OR: 13.9; p<0.001), hysterectomy (OR: 23.0; p=0.002), and stillbirth (OR: 8.2; p<0.001). There were no associations between uterine rupture and maternal age, gestational age, onset of labor, spontaneous or artificial rupture of membranes, use of oxytocin, type of uterine incision, and birthweight. Conclusion This large cohort demonstrated that there are different risk factors associated with either uterine rupture or dehiscence. Uterine rupture still represents a great threat to fetal-maternal health and, differently from the common belief, uterine dehiscence can also compromise perinatal outcomes.
  • Eficácia do aconselhamento a casais inférteis nos distúrbios emocionais das mulheres: um ensaio clínico randomizado Original Article

    Sorkhani, Tayebeh Mokhtari; Ahmadi, Atefeh; Mirzaee, Moghaddameh; Habibzadeh, Victoria; Alidousti, Katayoun

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo A carga psicossocial da infertilidade entre casais pode ser uma das razões mais importantes para os distúrbios emocionais emmulheres. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito do aconselhamento em diferentes aspectos emocionais de mulheres inférteis. Métodos Este ensaio clínico randomizado foi realizado com 60 casais com infertilidade primária indicados para tratamento pela primeira vez mas que não receberam tratamento psiquiátrico ou psicológico. As amostras foram alocadas em um grupo de intervenção (30 casais) e um grupo de controle (30 casais) por randomização simples. O grupo de intervenção recebeu aconselhamento sobre infertilidade por 6 sessões de 45 minutos 2 vezes por semana e o grupo controle recebeu cuidados de rotina. O questionário de Triagem por Aflição no Tratamento da Infertilidade (Screening on Distress in Fertility Treatment SCREENIVF em inglês) foi preenchido antes e após a intervenção. As amostras foramcoletadas de novembro a dezembro de 2016 durante 3 meses. Para a análise dos dados usamos o programa Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS Statistics for Windows IBMCorp. Armonk NY Estados Unidos) versão 19.0 e os testes-t pareado e independente e os testes de Mann-Whitney de Wilcoxon e do qui quadrado. Resultados A média de idade dos participantes foi de 33 39 ± 5 67 anos. Todos os casais estudados tinham infertilidade primária e não tinham filhos. A duraçãomédia da infertilidade dos casais era de 3 anos. Houve diferença significativa quanto à depressão (1 55±1 92; p<0 0001) ao apoio social (15 73±3 41; p <0 0001) e às cognições em relação aos campos dos problemas de fertilidade (26 48±3 05; p=0 001) entre dois grupos após a intervenção mas não houve diferença significativa com relação à ansiedade (25 03±3 09; p=0 35). Conclusão Os achados mostraram que o aconselhamento sobre infertilidade não afetou a pontuação total do estado emocional de mulheres inférteis mas melhorou seus campos exceto a ansiedade.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The psychosocial burden of infertility among couples can be one of the most important reasons for women’s emotional disturbance. The goal of the present study was to investigate the effect of counseling on different emotional aspects of infertile women. Methods The present randomized clinical trial was performed on 60 couples with primary infertility who were referred for treatment for the first time and did not receive psychiatric or psychological treatment. Samples were allocated to an intervention group (30 couples) and a control group (30 couples) by simple randomization. The intervention group received infertility counseling for 6 45-minute sessions twice a week, and the control group received routine care. The Screening on Distress in Fertility Treatment (SCREENIVF) questionnaire was completed before and after the intervention. Samples were collected from November to December 2016 for 3 months. For the data analysis, we used the Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS Statistics for Windows, IBM Corp., Armonk, NY, United States) software, version 19.0, and the paired t-test, the independent t-test, the Mann-Whitney test, the Wilcoxon test, and the Chi-squared test. Results The mean age of the participants was 33.39±5.67 years. All studied couples had primary infertility and no children. The mean duration of the couples’ infertilitywas 3 years. There was a significant difference regarding depression (1.55±1.92; p<0.0001), social support (15.73±3.41; p<0.0001), and cognitions regarding domains of fertility problems (26.48±3.05; p=0.001) between the 2 groups after the intervention, but there was no significant difference regarding anxiety (25.03±3.09; p=0.35). Conclusion The findings showed that infertility counseling did not affect the total score of infertile women’ emotional status, but improved the domains of it except, anxiety.
  • Associação entre sobrepeso e anovulação consistente em mulheres inférteis com ciclo menstrual regular: Um estudo de caso-controle Original Article

    Giviziez, Christiane Ricaldoni; Sanchez, Eliane Gouveia de Morais; Lima, Yanna Andressa Ramos de; Approbato, Mário Silva

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O excesso de peso corporal tem sido associado como fator de risco para infertilidade. Este estudo teve como objetivo avaliar a associação de sobrepeso e anovulação entre mulheres inférteis com ciclos menstruais regulares. Métodos Realizamos um estudo retrospectivo de caso-controle com mulheres com anovulação consistente em tratamento por reprodução assistida. As pacientes foram estratificadas entre aquelas com peso normal (índice de massa corporal [IMC]: 18,5- 24,9 Kg/m2) e as com sobrepeso (IMC: 25,0-29,9 Kg/m2). As pacientes com síndrome do ovário policístico ou obesidade foram excluídas. Os grupos foram pareados por idade, duração da infertilidade, níveis de prolactina, hormônio folículo-estimulante (FSH), hormônio tiroestimulante (TSH), hormônio luteinizante (LH) e estradiol. Resultados O excesso de peso associou-se significativamente à anovulaçãoquando usados os critérios de anovulação da Organização Mundial de Saúde (OMS): níveis de progesterona>5,65 ng/ml e evidência ultrassonográfica de colapso folicular (razão de chances [RC]: 2,69; IC95%: 1,04-6,98). Conclusão O IMC acima da faixa normal compromete a ovulação em mulheres inférteis não obesas com ciclos menstruais regulares.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective It has been suggested that excess body weight could represent a risk factor for infertility outcomes. The present study aimed to evaluate the association of overweight and anovulation among infertile women with regular menstrual cycles. Methods We conducted a retrospective case-control study with consistently anovulatory patients undergoing assisted reproduction treatment. The patients were stratified into normal weight (body mass index [BMI]: 18.5-24.9kg/m2) and overweight (BMI: 25.0- 29.9kg/m2).Those with polycystic ovary syndrome or obesity were excluded. The groups were matched for age, duration of infertility, prolactin, follicle stimulating hormone (FSH), thydroid stimulating hormone (TSH), luteinizing hormone (LH), and estradiol levels. Results Overweight was significantly associated with anovulation, when using the World Health Organization (WHO) criteria for anovulation: progesterone levels>5.65 ng/ml and ultrasonography evidence of follicle collapse (odds ratio [OR]: 2.69; 95% confidence interval [CI95%]: 1.04-6.98). Conclusion Body mass index above the normal range jeopardizes ovulation among non-obese infertile women with regular menstrual cycles.
  • Orientação teleoncológica de pacientes de baixa renda com câncer de mama durante a pandemia de COVID-19: Viabilidade e satisfação do paciente Original Article

    Miziara, Roberta Amparado; Maesaka, Jonathan Yugo; Matsumoto, Danielle Ramos Martin; Penteado, Laura; Anacleto, Ariane Andrade dos Santos; Accorsi, Tarso Augusto Duenhas; Lima, Karine De Amicis; Cordioli, Eduardo; D´Alessandro, Gabriel Salum

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O presente estudo teve como objetivo avaliar a viabilidade e satisfação em relação à orientação teleoncológica realizada em população vulnerável de pacientes com câncer de mama e provenientes do sistema público de saúde durante a pandemia do coronavírus em 2020. Métodos Pacientes elegíveis foram agendados para atendimento remoto visando minimizar exposição a ambientes com risco de infecção respiratória. O meio de comunicação foi o telefone, pois permite conversa sem custos. Um questionário anônimo com base na escala Likert foi enviado através de aplicativo de telefone celular ou e-mail para paciente ou familiares, logo após a teleconsulta. As respostas, que abordavam utilidade, facilidade, qualidade da interface, qualidade da interação, confiabilidade, satisfação e interesse em avaliações futuras, foram compiladas e analisadas. Resultados Um total de 176 pacientes elegíveis para teleconsulta foram avaliados e 98 foram incluídos. Setenta (71,4%) realizaram a teleorientação com sucesso. O questionário foi respondido por 43 (61,4%) pacientes. De maneira geral, a teleorientação foi classificada como muito positiva por 41 (95,3%) pacientes. Em relação aos itens avaliados, 43 (100%) pacientes pontuaram 4 ou 5 (concordaram que a teleconsulta era benéfica) em relação à facilidade do serviço, seguido por 42 (97,2%) para a qualidade da interface, 41 (95,3%) tanto para a utilidade quanto para a qualidade da interação, 40 (93%) para satisfação e interesse em avaliação futura e 39 (90,6%) para confiabilidade em relação ao método. Conclusão A orientação teleoncológica empacientes de baixa renda e com câncer de mama mostrou ser viável e com altas taxas de satisfação.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The present study aims to assess the feasibility and patient satisfaction of teleoncology orientation in a vulnerable population of breast cancer patients assessed in a government health system during the coronavirus pandemic in 2020. Methods Eligible patients received an invitation to receive remote care to minimize exposure to an environment in which the risk of respiratory infection was present. The means of communication was telephone through an application that allows free conversation with no charge. An anonymous-response questionnaire based on a Likert-type scale was sent through a cell phone application or e-mail directly to each patient or close relative of the patient immediately after teleconsultation. Responses to the questions, which addressed utility, facility, interface quality, interaction quality, reliability, satisfaction, and interest in future evaluation, were compiled and analyzed. Results A total of 176 eligible patients scheduled for consultation were evaluated and 98 were included. Seventy (71.4%) successfully undertook the teleorientation. The questionnaire was submitted by 43 (61.4%) patients. The overall teleoncology orientation was classified as very positive by 41 (95.3%) patients. Specifically, regarding the questionnaire items, 43 (100%) patients scored 4 or 5 (agreed that the teleconsultation was beneficial) concerning the facility, followed by 42 (97.2%) for the interface quality, 41 (95.3%) for both utility and interaction quality, 40 (93%) for satisfaction and interest in future evaluation, and, finally, 39 (90.6%) for reliability. Conclusion Teleoncology orientation of low-income breast cancer patients is most feasible and leads to high patient satisfaction.
  • Prevalência da incontinência urinária em praticantes de CrossFit antes e durante a quarentena pelo COVID-19 e sua relação com o nível de treinamento: Um estudo observacional Original Article

    Araujo, Maita Poli de; Brito, Luiz Gustavo Oliveira; Pochini, Alberto de Castro; Ejnisman, Benno; Sartori, Marair Gracio Ferreira; Girão, Manoel João Batista Castello

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Comparar a prevalência de incontinência urinária (IU) no CrossFit, antes e durante a quarentena por COVID-19, e sua relação com a intensidade do treinamento. Métodos Estudo observacional com 197 atletas de CrossFit. Os critérios de inclusão foram: nulíparas, 18 a 45 anos, treinando antes da quarentena em academias credenciadas. Os critérios de exclusão foram: não seguir os protocolos de prevenção da COVID-19 e ter IU em outras ocasiões que não apenas no esporte. Utilizou-se um questionário online com perguntas sobre frequência, duração e intensidade do treinamento e dados relacionados à pandemia, além de caso tivessem tido infecção pelo SARS-COV2, qual tratamento/recomendação seguiram. Caso a IU tenha parado entre as participantes, elas foram perguntadas quanto quais as possíveis razões pelas quais isso aconteceu. A intensidade do treinamento foi categorizada como “igual,” “diminuída” ou “aumentada “. Resultados A média de idade foi de 32 anos e a maioria (98,5%) conseguiu praticar CrossFit durante a pandemia. Houve uma diminuição na intensidade do treinamento em 64% das entrevistadas. Exercícios com o próprio peso corporal, como agachamento no ar (98,2%), foram os mais realizados. Incontinência urinária foi relatada por 32% das participantes antes da pandemia e por apenas 14% durante a pandemia (odds ratio [OR]=0,32 [0,19-0,53]; p<0,01). As atletas relataram que o motivo possivelmente relacionado à melhora da IU foi a redução da intensidade do treinamento e não realizar o exercício doubleunder. Conclusão A redução da intensidade do treinamento de CrossFit durante a quarentena por COVID-19 diminuiu a prevalência de IU entre as atletas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To compare the prevalence of urinary incontinence (UI) before and during the COVID-19 quarantine in CrossFit women and their relationship with training level. Methods A cross-sectional study was performed among 197 women practicing CrossFit. The inclusion criteria were nulliparous women, between 18 and 45 years old, who had trained, before quarantine, in accredited gyms. The exclusion criteria were not following the COVID-19 prevention protocols and having UI on other occasions than just sport. An online questionnaire was emailed containing questions about frequency, duration, and intensity of training and data related to the COVID-19 pandemic. The participants were invited to answer whether they were infected with COVID-19 and what treatment/recommendation they have followed. Whether UI stopped among participants, they were asked about the possible reasons why this happened. The training intensity was categorized as “the same,” “decreased” or “increased.” Results The mean age of the participants was 32 years old and most (98.5%) could practice CrossFit during the pandemic. There was a decrease in training intensity in 64% of the respondents. Exercises with their own body weight, such as air squat (98.2%), were the most performed. Urinary incontinence was reported by 32% of the participants before the COVID-19 pandemic, and by only 14% of them during the pandemic (odds ratio [OR]=0.32 [0.19-0.53]; p<0.01; univariate analysis). Practitioners reported that the reason possibly related to UI improvement was the reduction of training intensity and not performing doubleunder exercise. Conclusion The reduction in the intensity of CrossFit training during the COVID-19 quarantine decreased the prevalence of UI among female athletes.
  • Atitudes de pacientes ginecológicos em medicina alternativa e complementar: Experiência em uma clínica terciária Original Article

    Yorgancı, Ayçağ; Öztürk, Uğur Kemal; Bozkurt, Özlem Evliyaoğlu; Akyol, Mesut; Pay, Ramazan Erda; Engin-Ustun, Yaprak

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar o conhecimento, as atitudes e os comportamentos em relação aos métodos de medicina complementar e alternativa de pacientes internadas em ambulatórios de ginecologia. Métodos Na presente pesquisa, um questionário sobre práticas de medicina complementar e alternativa foi aplicado a 1.000 mulheres (idades entre 18 e 83 anos) que foram admitidas nos ambulatórios de ginecologia de uma maternidade terciária. Características demográficas e conhecimento, atitudes e comportamentos sobre esses métodos foram investigados em entrevistas pessoais. Resultados Enquanto 80,7% do total de participantes achavam que a medicina complementar e alternativa era benéfica, apenas 37,5% deles haviam usado esses métodos anteriormente. A taxa de conhecimento prévio sobre o assunto foi de 59,7% e a fonte de informação foi médica para 8,5% dos pacientes. No entanto, 72,4% de todos os participantes queriam obter informações sobre esses métodos e 93,7% queriam ser informados por médicos. No modelo de árvore de decisão, ter conhecimento sobre medicina complementar e alternativa foi o fator mais eficaz para determinar seu uso (p<0,001). A fitoterapia foi o método mais utilizado, com 91,4%. A planta preferida foi a cebola (18,9%), e osmotivos mais comuns para o uso de ervas foram estresse (15,4%) e fadiga (15,2%). Conclusão Mais de um terço das pacientes que se inscreveram no ambulatório de ginecologia utilizaram um dos métodos de medicina complementar e alternativa pelo menos uma vez. Como ginecologistas e obstetras, precisamos ter mais conhecimento sobre estes métodos a fimde fornecer orientações corretas aos nossos pacientes para o acesso a informações precisas e eficazes.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To evaluate the knowledge, attitudes, and behaviors regarding complementary and alternative medicine methods of patients who were admitted to gynecology outpatient clinics. Methods In the present survey, a questionnaire on complementary and alternative medicine practices was applied on 1,000 women (ages between 18 and 83 years old) who were admitted to the gynecology outpatient clinic of a tertiarymaternity hospital. Demographic features and knowledge, attitudes, and behaviors about these methods were inquired in face-to-face interviews. Results While 80.7% of the total participants thought that complementary and alternative medicine was beneficial, only 37.5% of them had used these methods previously. The rate of prior knowledge on this subject was of 59.7% and the source of information was physicians for 8.5% of the patients. However, 72.4% of all participants wanted to obtain information on these methods and 93.7% wanted to be informed by physicians. In the decision tree model, having knowledge about complementary and alternative medicine was the most effective factor determining its use (p<0.001). Phytotherapy was found to be the most used method, with 91.4%. The most preferred plant was onion (18.9%), and the most common reasons for herbal use were stress (15.4%) and fatigue (15.2%). Conclusion More than one-third of the patients who applied to the gynecology outpatient clinics used one of the complementary and alternativemedicine methods at least once. As gynecologists and obstetricians, we need to be more knowledgeable about these methods to provide correct guidance to our patients for accessing accurate and effective information.
  • Dispneia e COVID-19: uma revisão de diagnósticos confundidores no período pós-parto Review Article

    Castro, Clara Nunes; Lopes, Pedro Paulo Machado; Mayrink, Jussara

    Resumo em Português:

    Resumo O puerpério é um período complexo que se inicia com a dequitação placentária e dura por 6 semanas, no qual a readaptação do organismo materno e a redistribuição do volume sanguíneo ocorrem, além de ser também um cenário propício para eventos pró-trombóticos. No contexto da pandemia de SARS-CoV-2, vírus responsável pela COVID-19, a atenção da comunidade científica e dos profissionais da saúde está voltada a elucidar os aspectos da doença, como a etiologia, a transmissão, o diagnóstico e o tratamento. Considerando o ciclo gravídico-puerperal, é oportuna a revisão de condições clínicas que ocorrem durante este período e que apresentam a dispneia como sintoma, a fimde evitar que ela seja automaticamente associada à COVID-19 sem investigações aprofundadas, o que pode levar à negligência do diagnóstico de outras condições importantes e que podem ser, por vezes, fatais.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The puerperium is a complex period that begins with placental delivery and lasts for 6 weeks, during which readaptation of the female organism and redistribution of blood volume occur. This period is conducive to the occurrence of thromboembolic events. In the context of the SARS-CoV-2 pandemic, the virus responsible for COVID-19, the attention of the scientific community and health professionals has been focused on obtaining insights on different aspects of this disease, including etiology, transmission, diagnosis, and treatment. Regarding the pregnancy-postpartum cycle, it is opportune to review the clinical conditions that can occur during this period and to investigate dyspnea as a postpartum symptom in order to avoid its immediate association with COVID-19 without further investigation, which can lead to overlooking the diagnosis of other important and occasionally fatal conditions.
  • A exposição pré-natal e pós-natal a telefones celulares pode aumentar os resultados adversos para mães, bebês e crianças? Review Article

    Ashrafinia, Farzaneh; Moeindarbari, Somayeh; Razmjouei, Parisa; Ghazanfarpour, Masumeh; Najafi, Mona Najaf; Ghalibaf, Amir Ali Moodi; Abdi, Fatemeh

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Determinar a associação entre o uso de telefone celular pela mãe e os resultados adversos em recém-nascidos crianças e mães. Método Em março de 2020 realizou-se uma pesquisa nas bases de dados MEDLINE, Embase e Scopus. A extração de dados e avaliação da qualidade dos estudos foram realizadas por dois autores. A qualidade dos estudos foi avaliada por meio da lista de verificação da escala Newcastle-Ottawa. Resultados Estudos que avaliavam problemas comportamentais em recém-nascidos de 6 a 18 meses relataram resultados nulos. No entanto um risco aumentado de transtornos emocionais e comportamentais foi observado em crianças de 7 a 11 anos de idade cujas mães foram expostas a telefones celulares. Os resultados relacionados à associação entre a exposição materna a celulares e resultados adversos em crianças de 3 a 5 anos são controversos. Um estudo encontrou associação significativa entre o tempo de ligação (p=0.002) ou o histórico de uso de celular (emmeses) e distúrbios de fala nas crianças (p=0.003). No entanto outro estudo descobriu que o uso de telefone celular pela mãe durante a gravidez não estava significativamente associado ao desenvolvimento psicomotor e mental da criança. Resultados inconclusivos foram observados com relação aos resultados adversos de fetos como restrição de crescimento intrauterino ou valores de t para peso ao nascer em usuárias de telefone celular em oposição a não usuárias. Pelo contrário os filhos de mães usuárias de telefone celular apresentaram menor risco de pontuação baixa em habilidades motoras. Resultados semelhantes foram observados com relação a resultados adversos em recém-nascidos como restrição de crescimento intrauterino ou valores de peso ao nascere o risco de pré-eclâmpsia foimenor em indivíduos comexposição média e alta a celulares em oposição àqueles com baixa exposição. Conclusão Estudos sobre problemas comportamentais relataram resultados diferentes no pós-natal como achados nulos em recém-nascidos e associação positiva emcrianças.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To determine the association between maternal mobile phone use and adverse outcomes in infants, children, and mothers. Method In March 202, we conducted a search on the MEDLINE, Embase, and Scopus databases. Data extraction and an assessment of the quality of the studies were performed by two authors. The quality of the studies was assessed using the checklist of the Newcastle-Ottawa scale. Results Studies assessing behavioral problems in infants aged 6 to 18 months reported null findings. However, an increased risk of emotional and behavioral disorders was observed in children aged between 7 and 11 years whose mothers had been exposed to cell phones. The findings regarding the association between maternal cell phone exposure and adverse outcomes in children aged 3 to 5 are controversial. A study found a significant association between the call time (p=0.002) or the history of mobile phone use (in months) and speech disorders in the children (p=0.003). However, another study found that maternal cell phone use during pregnancy was not significantly associated with child psychomotor and mental developments. Inconclusive results were observed about the adverse outcomes in fetuses, such as fetal growth restriction or t scores for birth weight in cell phone users as opposed to non-users. On the contrary, the children ofmothers who were cell phone users had a lower risk of scoring low on motor skills. Similar results were observed regarding the adverse outcomes of cell phone use in infants, such as fetal growth restriction or low birth weight, and the risk of preeclampsia was lower among subjects with medium and high cell phone exposure, as opposed to those with low exposure. Conclusion Studies on behavioral problems have reported different postnatal results, such as null findings among infants and a positive association in children.
  • Primeiro bebê nascido no Brasil após diagnóstico simultâneo por PGT-A não-invasivo e convencional Case Report

    Kulmann, Marcos Iuri Roos; Riboldi, Márcia; Martello, Carolina; Bos-Mikich, Adriana; Frantz, Gerta; Dutra, Caroline; Donatti, Luiza Mezzomo; Oliveira, Norma; Frantz, Nilo

    Resumo em Português:

    Resumo Abordagens para o teste genético pré-implantacional não-invasivo para aneuploidias (non-invasive preimplantation genetic testing for aneuploidies, niPGT-A, em inglês) com o objetivo de avaliar o DNA embrionário livre são promissoras, especialmente porque estas podem reverter as menores taxas de implantação causadas por inadequada biópsia de trofectoderma (TE). Nesse contexto, nosso centro é parte do maior estudo atual que avalia as taxas de concordância entre PGT-A convencional e niPGT-A, e relatamos aqui o nascimento do primeiro bebê brasileiro após niPGT-A. Os pais do bebê foram admitidos no nosso centro em 2018. Eles não apresentavam histórico de infertilidade, e estavam interessados em utilizar os tratamentos de fertilização in vitro (FIV) e PGT-A para evitar anomalias congênitas na progênie.Umtotal de 11 blastocistos expandidos (3 do dia-5 e 8 do dia-6) foram submetidos a biópsia, e os meios de cultivo condicionados (cultivo do dia-4 ao dia-6) de 8 blastocistos do dia-6 foram coletados para niPGT-A. No total, resultados informativos para as amostras de TE e dos meios foram obtidos para sete embriões. Entre os embriões com resultado informativo, 5 apresentaram diagnóstico concordante entre PGT-A convencional e niPGT-A, e 2 apresentaram diagnóstico discordante (1 falso positivo e 1 falso negativo). O Blastocisto 4, diagnosticado como 46, XY por ambos niPGT-A e PGT-A convencional, foi desvitrificado e transferido, o que resultou no nascimento de ummenino saudável, que pesava 3,8 kg, em fevereiro de 2020. Com base em nossos resultados e literatura contemporânea, acreditamos que a aplicação atualmais segura do niPGT-A seria como método de seleção embrionária para pacientes sem indicação ao PGT-A convencional. A confiabilidade aproximada de 80% do niPGT-A para determinação da ploidia ainda é superior àquela obtida com abordagens não invasivas, como seleção morfológica ou morfocinética.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Non-invasive preimplantation genetic testing for aneuploidies (niPGT-A) aiming to assess cell-free embryonic DNA in spent culturemedia is promising, especially because it might overcome the diminished rates of implantation caused by the inadequate performance of trophectoderm (TE) biopsy. Our center is part of the largest study to date assessing the concordance between conventional PGT-A and niPGT-A, and we report here the delivery of the first baby born in Brazil using niPGT-A. The parents of the baby were admitted to our center in 2018. They did not present history of infertility, and they were interested in using in vitro fertilization (IVF) and PGT-A in order to avoid congenital anomalies in the offspring. A total of 11 (3 day-5 and 8 day-6) expanded blastocysts were biopsied, and the spent culture media (culture from day-4 to day-6) from 8 day-6 blastocysts were collected for niPGT-A. Overall, 7 embryos yielded informative results for trophectoderm (TE) and media samples. Among the embryos with informative results, 5 presented concordant diagnosis between conventional PGTA and niPGT-A, and 2 presented discordant diagnosis (1 false-positive and one falsenegative). The Blastocyst 4, diagnosed as 46, XY by both niPGT-A and conventional PGTA, was warmed up and transferred, resulting in the birth of a healthy 3.8 kg boy in February 2020. Based on our results and the recent literature, we believe that the safest current application of niPGT-A would be as a method of embryo selection for patients without an indication for conventional PGT-A. The approximate 80% of reliability of niPGT-A in the diagnosis of ploidy is superior to predictions provided by other noninvasive approaches like morphology and morphokinetics selection.
  • Urology Coverage for Obstetric and Gynecological Operative Procedures Should Go Hand in Hand in a Hospital Setting Letter To The Editor

    Al-Shaiji, Tariq Faisal
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br