Neste artigo analiso as representações cômicas e discursivas da República e a trajetória política de Getúlio Vargas, a partir de uma narrativa que se assenta no método regressivo. Para isso, trabalhei com uma série de caricaturas publicadas em jornais e revistas na duração entre 1930 e 1954, confrontando a intertextualidade dessas imagens com alguns discursos satíricos e irônicos produzidos por memorialistas. Procuro demonstrar que há semelhança entre a inversão humorística e a textualidade da memória, quando inventam a respeito de seu tempo e dos outros imagens verossímeis.
República; representação cômica; cultura política