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"O sangue da mocidade está correndo": a classe política e seus filhos enfrentam os militares em 1968

No Brasil, o ano de 1968 é lembrado pelos confrontos violentos entre o movimento estudantil e o regime militar. O artigo sustenta que não é possível entender a crise de 1968 sem levar em conta um grupo ignorado pela maioria dos estudos - os políticos civis que eram ligados aos estudantes por laços de classe social e sangue. Cada vez mais decepcionados após 4 anos de regime militar autoritário que havia tirado várias das suas prerrogativas, muitos políticos se enfureceram ao ver a repressão violenta contra manifestantes estudantis, juntaram-se a passeatas e defenderam os estudantes em ações e palavras. Esse apoio a estudantes esquerdistas, que culminou nos discursos de Márcio Moreira Alves atacando as Forças Armadas, criaram divergências irreconciliáveis entre políticos e militares, levando à decretação do Ato Institucional nº 5, em dezembro.

movimento estudantil; políticos; Universidade de Brasília


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