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Linfoma linfoblástico T dos adultos

O linfoma linfoblástico de célula T é raro e com prognóstico ruim. Após introdução de terapêutica quimioterápica seqüencial e intensificada, remissões completas passaram a ser obtidas em 75%-95% dos pacientes. Entretanto, muitos pacientes, particularmente aqueles com a chamada doença avançada, continuaram a recair tanto durante a terapia de indução como na manutenção. Além disso, todos estes estudos iniciais não foram capazes de detectar qualquer índice prognóstico capaz de prever a evolução dos pacientes. No sentido de reduzir as taxas de recidiva, o transplante autólogo de célula progenitora hematopoética em pacientes em remissão completa foi introduzido. Os resultados obtidos com esta abordagem foram bastante homogêneos, indicando uma probabilidade de sobrevida livre de doença de 65%-75% e uma sobrevida global de 60%. Sucessivos tratamentos desenhados já nos anos 2000, foram capazes de obter remissões completas acima de 90%, com taxas de recidivas da ordem de 30% e uma sobrevida global comparável à obtida com o transplante. Ainda, estes estudos também não foram capazes de detectar fatores prognósticos relacionados à evolução válidos. Mais ainda, qualquer estudo com perfil biológico foi desenvolvido. Para melhorar o prognóstico do LLB-T parece ser necessário esforço multicêntrico, de caráter nacional ou internacional, para coletar dados clínicos e biológicos. Nesta linha, é possível alcançar número crítico de dados com valor estatístico que poderiam ser capazes de detectar fatores com influência prognóstica. Finalmente, grupos de pacientes necessitam ser identificados para selecionar aqueles que poderiam se beneficiar do transplante de célula progenitora hematopoética detectados ao diagnóstico.

Linfoma linfoblástico T; transplante autólogo de medula óssea; quimioterapia intensificada


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