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Estimativa econométrica da produtividade do trabalho na indústria manufatureira brasileira nos anos 2000: uma abordagem kaldoriana

Resumo

No período 2000-2008, que cobre a análise deste trabalho, enquanto o crescimento médio do PIB real no Brasil foi de 3,7% ao ano, a produtividade do trabalho na indústria de transformação apresentou variação negativa de 1,0% ao ano. No Brasil, tem sido um “clichê” avaliar as relativamente baixas taxas de crescimento econômico no período como resultado do baixo crescimento da produtividade do trabalho nas últimas décadas. No entanto, de acordo com a lei Kaldor-Verdoorn, o recíproco também poderia ser verdade: as baixas taxas de crescimento da produtividade do trabalho no Brasil poderiam ser o resultado das baixas taxas de crescimento do PIB real. Com base nos pressupostos de Kaldor, regredimos a taxa de crescimento da produtividade do trabalho de 21 indústrias manufatureiras contra três variáveis ​​principais: o PIB real (que captura a lei Kaldor-Verdoorn), a taxa de investimento e uma proxy para inovação tecnológica. Nossos resultados confirmaram a validade da lei de Kaldor-Verdoorn, pois o crescimento do PIB real foi a variável mais significativa para explicar o comportamento da produtividade do trabalho na indústria manufatureira no Brasil na década de 2000, seguido da taxa de investimento bruto.

Palavras-chave:
Produtividade do Trabalho; Manufatura; Brasil

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