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Dislexia: uma análise histórica e social

Dyslexia: a social and historical analysis

Resumo:

A dislexia, pautada no paradigma positivista, é entendida como uma desordem neuro(bio)lógica que compromete a aquisição e o desenvolvimento da linguagem escrita. Contrariando a visão hegemônica, pesquisadores sociointeracionistas postulam que as dificuldades de leitura e escrita são decorrentes de uma multiplicidade de fatores, entre eles, afetivos, socioeducacionais, pedagógicos, linguísticos, culturais e políticos. A fim de corroborar o segundo paradigma, este artigo tem por objetivo apresentar um estudo de caso de uma criança encaminhada para avaliação clínica por suspeita de dislexia. Para tanto, contrapõem-se os pressupostos teóricos e procedimentos avaliativos que embasam ambas as perspectivas. Os resultados levam a entender que, se de um lado, os testes-padrão, centrados no produto metalinguístico, sugerem o comprometimento cerebral; de outro, o diagnóstico processual das dificuldades possibilita a ressignificação da queixa.

Palavras-chave:
dislexia; avaliação da escrita; processos de linguagem

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