Acessibilidade / Reportar erro

Análise linguístico-discursiva do genero introdução de artigo de pesquisa (para fins específicos): Teste ANPAD

A linguistic-discursive analysis of the genre research article introduction (to specific purposes): ANPAD Test

Resumos

Este artigo é um recorte de um estudo que analisou o gênero textual `introdução de artigo de pesquisa' sob a ótica retórico-discursiva. Os princípios teórico-metodológicos que orientaram esta pesquisa foram: inglês instrumental, leitura e gêneros textuais. A pesquisa realizada é de natureza descritiva focalizada (LARSEN-FREEMAN; LONG, 1991), e o corpus utilizado é formado por introduções de artigo de pesquisa da prova de inglês do teste ANPAD. Neste artigo, será apresentada uma análise linguístico-discursiva das introduções desse corpus. Os resultados mostraram que as evidências linguísticas nem sempre correspondem a um determinado movimento retórico (SWALES, 1990) presente nos textos das introduções analisadas. O estudo teve finalidade pedagógica, pois evidenciou os marcadores linguísticos e as estruturas verbais que realmente ocorrem nesse gênero.

introdução de artigo de pesquisa; análise linguístico-discursiva; inglês para fins específicos


This article is part of a study which analyzed the textual genre `research article introduction' from the perspective of rhetorical-discursive analysis. The theoretical-methodological principles which guided this research were: English for specific purposes, reading and textual genre. This research was a focused description (LARSEN-FREEMAN; LONG, 1991), and the corpususedwas composed by research article introductions from the ANPAD English test (ANPAD is a test for postgraduate courses). This article presents the linguistic-discursive analysis of the introductions that comprise the corpusused in the studyof the original study. The results showed that the linguistic evidence not always corresponded to a specific rhetorical movement (SWALES, 1990) in the introductions. The study had a pedagogical purpose because it highlighted the linguistic marks and the verbal structures that really occur in this genre.

research article introduction; linguistic-discursive analysis; English for specific purposes


ARTIGO

Análise linguístico-discursiva do genero introdução de artigo de pesquisa (para fins específicos): Teste ANPAD

A linguistic-discursive analysis of the genre research article introduction (to specific purposes): ANPAD Test

Juliana Guimarães Rodrigues Coelho

Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte - Minas Gerais / Brasil juguirocoelho@yahoo.com.br

RESUMO

Este artigo é um recorte de um estudo1 1 COELHO, J. G. R. Um novo olhar às Introduções do artigo de pesquisa da prova de inglês do teste ANPAD em um contexto de ensino instrumental. 2009. 120 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) _ Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. Orientada pela Profa. Dra. Reinildes Dias. que analisou o gênero textual `introdução de artigo de pesquisa' sob a ótica retórico-discursiva. Os princípios teórico-metodológicos que orientaram esta pesquisa foram: inglês instrumental, leitura e gêneros textuais. A pesquisa realizada é de natureza descritiva focalizada (LARSEN-FREEMAN; LONG, 1991), e o corpus utilizado é formado por introduções de artigo de pesquisa da prova de inglês do teste ANPAD.2 2 ANPAD _ Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. O acrônimo é ao mesmo tempo o nome do teste e da associação que o aplica. Neste artigo, será apresentada uma análise linguístico-discursiva das introduções desse corpus. Os resultados mostraram que as evidências linguísticas nem sempre correspondem a um determinado movimento retórico (SWALES, 1990) presente nos textos das introduções analisadas. O estudo teve finalidade pedagógica, pois evidenciou os marcadores linguísticos e as estruturas verbais que realmente ocorrem nesse gênero.

Palavras-chave: introdução de artigo de pesquisa, análise linguístico-discursiva, inglês para fins específicos.

ABSTRACT

This article is part of a study which analyzed the textual genre `research article introduction' from the perspective of rhetorical-discursive analysis. The theoretical-methodological principles which guided this research were: English for specific purposes, reading and textual genre. This research was a focused description (LARSEN-FREEMAN; LONG, 1991), and the corpususedwas composed by research article introductions from the ANPAD English test (ANPAD is a test for postgraduate courses). This article presents the linguistic-discursive analysis of the introductions that comprise the corpusused in the studyof the original study. The results showed that the linguistic evidence not always corresponded to a specific rhetorical movement (SWALES, 1990) in the introductions. The study had a pedagogical purpose because it highlighted the linguistic marks and the verbal structures that really occur in this genre.

Keywords: research article introduction, linguistic-discursive analysis, English for specific purposes.

Introdução

O ESP _ English for SpecificPurposes _ é conhecido no Brasil como inglês instrumental, para fins específicos ou para propósitos específicos. O inglês instrumental é uma abordagem que tem como princípio o ensino de uma língua estrangeira com o intuito de atingir os objetivos específicos do aluno.

Essa abordagem é utilizada em cursos de preparação para a prova de língua estrangeira que é uma das etapas do processo de entrada em programas de pós-graduação _ mestrado ou doutorado. Nas áreas de Administração e Ciências Contábeis, é aplicado um teste chamado teste ANPAD, que é composto por cinco provas: raciocínio analítico, lógico e quantitativo, além das provas de português e inglês. O nosso estudo é direcionado para a análise da prova de inglês, que exige do aluno a compreensão e interpretação de gêneros textuais, por exemplo, a introdução de artigos de pesquisa.

Atualmente, os gêneros textuais são considerados instrumentos de ensino (RAMOS, 2004) e estão presentes nas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de língua estrangeira3 3 Focamos a disciplina de língua estrangeira devido a nossa área de interesse neste estudo. (BRASIL, 1998) e também na matriz de Conteúdo Básico Comum (CBC) de Língua Estrangeira (DIAS, 2005), da Proposta Curricular da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais (PC/SEE-MG).

O estudo de gênero textual é encontrado nos trabalhos de Bakhtin (2003), Bhatia (1993), Bronckart (1999), Halliday; Hasan (1985), Swales (1990), sendo que cada autor utiliza uma perspectiva teórica. Neste estudo, utilizamos a noção de gênero sob a ótica da abordagem sociorretórica de Swales (1990) e Bhatia (1993), que abordam a organização retórica do texto. Para a análise do gênero introdução de artigo de pesquisa foi utilizado o modelo CARS _ Create a Research Space _ de Swales e Feak (1994), que é uma proposta de operacionalização desse gênero. Swales (1990) desenvolveu um modelo para analisar a estrutura retórica da introdução de artigo de pesquisa com o intuito de isso ser aplicado pedagogicamente. A análise foi feita utilizando os três movimentos que compõem o modelo: movimento 1 _ estabelecendo o território da pesquisa; movimento 2 _ estabelecendo o nicho da pesquisa e o movimento 3 _ ocupando o nicho (Ibid., 1990).

O modelo CARS foi estabelecido com base em estudos de introduções de artigos de pesquisa provenientes das áreas de Biologia e Engenharia. Nosso estudo buscou verificar se esse modelo poderia ser aplicado em introduções da área de Administração e, caso a hipótese fosse confirmada, seriam analisados os itens linguísticos presentes nesse gênero considerando o modelo CARS. Para atingirmos o primeiro propósito, foi realizada a síntese retórica das introduções. Essa síntese mostrou que o modelo poderia ser aplicado às introduções de artigos de pesquisa da área de Administração. Como uma forma de visualizar o layout dos textos, as sínteses retóricas foram transformadas em gráficos e tornaram-se uma interessante estratégia de análise desse gênero.4 4 A análise gráfica foi retratada em outro artigo ainda sem data para publicação. Para mais detalhes,confira Coelho (2009). A confirmação da hipótese com as duas primeiras análises nos permitiu realizar a análise linguístico-discursiva, apresentada neste artigo.

No contexto de inglês instrumental, é importante que o suporte gramatical apresentado ao aluno seja condizente com o gênero textual presente na prova que ele irá fazer. Conhecendo-se os itens linguísticos de um determinado gênero, evita-se que o conteúdo gramatical seja extenso e desnecessário. Tomando isso em consideração, um dos objetivos do estudo foi verificar a presença dos itens linguísticos marcadores dos movimentos retóricos com base no modelo de Swales.

Além de ser um trabalho investigativo, este estudo tem um caráter pedagógico, pois apresenta subsídios aos professores, não apenas àqueles voltados para a preparação do teste ANPAD mas também a todos que tenham interesse em preparar os alunos para fazer uma determinada prova. Desse modo, este artigo retrata a análise linguístico-discursiva das introduções de artigo de pesquisa, utilizando como parâmetro de análise um quadro resumo dos sinalizadores linguísticos esperados pelo modelo CARS para cada movimento retórico. A análise demonstrou que alguns marcadores linguísticos não correspondiam ao que o modelo previa. Para situarmos a pesquisa, será apresentado a seguir como o problema foi definido. Logo depois, descreveremos um breve referencial teórico, seguido da metodologia utilizada e da análise linguístico-discursiva.

Definição do problema

Este estudo originou-se da nossa experiência com o ensino de inglês instrumental, principalmente, na preparação de alunos para a realização da prova de inglês do teste ANPAD. O curso tem duração de 16 a 24 horas, e é dividido da seguinte forma: estratégias de leitura, gramática de suporte e realização de provas anteriores. É comum haver procura por um curso de preparação para a prova de inglês da ANPAD no período de um a dois meses antes da data de execução do teste. Dessa maneira, tanto o tempo do curso quanto o tempo disponibilizado pelos alunos é reduzido. O perfil dos alunos é de pessoas adultas, economicamente ativas, graduadas, de faixa etária entre 25 e 40 anos, com pouco conhecimento de inglês.

O teste ANPAD é nacional, padronizado e é aplicado pela própria associação ANPAD desde 1987. A prova de inglês compreende de dois a três textos, sendo um artigo de pesquisa, e o(s) outro(s), artigo(s) de revista. O objetivo geral da prova de inglês é: "[...] determinar se o candidato possui conhecimentos suficientes que lhe permitam a leitura e a compreensão de textos escritos nesse idioma".5 5 http://www.anpad.org.br/teste.php Além disso, o teste objetiva avaliar se o candidato é capaz de:

1) inferir, através do contexto e dos mecanismos de formação de palavras, o significado de vocábulos desconhecidos;

2) identificar marcadores explícitos de coesão, conseguindo, assim, estabelecer conexões de sentido entre períodos e parágrafos;

3) interpretar afirmações implícitas no texto, ao acompanhar a argumentação oferecida pelo autor.6 6 http://www.anpad.org.br/teste.php

Um aspecto observado nos objetivos da prova é o que diz respeito ao aluno ser avaliado pela sua capacidade de ler e compreender textos em inglês. De um modo geral, o conhecimento de língua inglesa do aluno que procura um curso de preparação para a prova é limitado, até mesmo no que se refere à identificação dos marcadores de coesão, como demanda o segundo objetivo específico citado acima. Com base na nossa experiência, podemos afirmar que as estratégias de leitura ajudam a realizar os objetivos da prova em questão, mas a necessidade do suporte gramatical é também um fator importante para a leitura dos artigos. Como sugerem as pesquisadoras Celce-Murcia e Olshtain (2000, p.132), os cursos de leitura deveriam abordar os tempos verbais, pois assim "[...] ajudariam os leitores a distinguirem entre a trama central e o segundo plano da história".7 7 Nossa tradução para "[ ] help readers distinguish between the main plot of a story and the background" (CELCE-MURCIA; OLSHTAIN, 2000, p.132).

Ao buscarmos diretrizes para delinear um curso voltado especificamente ao teste ANPAD, buscamos livros didáticos sobre inglês instrumental. A maioria deles é usada nas universidades para atender aos próprios cursos universitários. Nessa linha, temos na Universidade Estadual de Londrina: Leitura em Língua Inglesa (SOUZA; ABSY; COSTA; MELLO, 2005); na Universidade Federal de Minas Gerais: Reading Critically in English (DIAS, 2002); na Universidade de Brasília: Para ler e entender _ Inglês Instrumental (OLIVEIRA, 2003); na Universidade Federal do Piauí: Inglês Instrumental _ Caminhos para leitura (ARAÚJO; SAMPAIO, 2002), para citar alguns. Também são encontrados no mercado livros dessa área de conhecimento, por exemplo, Técnicas de leitura em inglês (GUANDALINI, 2002), Inglês Instrumental _ Estratégias de leitura, módulos I e II (MUNHOZ, 2000; 2001).

Ao analisar esseslivros didáticos, percebemos que eles atendem a um público misto, isto é, a comunidade externa à universidade e alunos de graduação de áreas de interesse diverso: Biologia, Psicologia, Educação Física, Economia, Letras, Engenharia, entre outros. Isso faz com que os assuntos abordados e os gêneros textuais nessas obras sejam de conhecimento comum, e não apenas de uma determinada área, como seria, por exemplo, se os alunos fossem todos da área de Administração. Assim, qualquer um dos livros citados poderia ser adotado no curso de preparação para a prova de inglês da ANPAD, por considerarem as estratégias de leitura instrumental. No entanto, esses livros não abordam gêneros textuais acadêmicos, como o artigo de pesquisa. Consequentemente, o conteúdo linguístico que eles apresentam é tratado de forma mais abrangente, e não específico a um determinado gênero.

Essa análise nos fez concluir que não existia no mercado um livro que tratasse do artigo de pesquisa, menos ainda de sua introdução, com a abrangência necessária. Não encontramos, tampouco, material voltado à prova de inglês da ANPAD. Essa falta motivou a realização deste estudo. A finalidade pedagógica que tínhamos em mente deveria, então, aliar a curta duração do curso de preparação para o teste ANPAD ao pouco conhecimento de inglês dos alunos para dar respostas às questões levantadas. Assim, um dos objetivos foi estudar os aspectos mais pontuais com relação ao suporte gramatical direcionado ao gênero "introdução de artigo de pesquisa" a ser trabalhado durante o curso de preparação da prova.

Breve referencial teórico

Hutchinson e Waters (1993) consideram o inglês instrumental como uma abordagem, e não como um método de ensino de línguas. Na abordagem instrumental, o ensino da língua pode adotar qualquer metodologia que atenda àquelas necessidades específicas levantadas no início do curso (JOHNS; PRICE-MACHADO, 2001). Desse modo, o mais importante é saber qual é o objetivo do aluno para que, assim, seja adotado um ou mais métodos de ensino da língua com foco na necessidade estabelecida.

De acordo com Robinson (1980, p.13),

[...] um curso de ESP tem um propósito e seu objetivo é o desempenho satisfatório nos âmbitos educacionais ou profissionais. É baseado numa análise rigorosa das necessidades dos alunos e deve ser `feito para eles'. Qualquer curso de ESP pode variar de outros na escolha das habilidades, tópicos, situações, funções e também da linguagem. É bem provável que a duração seja limitada. Os alunos são na maioria das vezes adultos e podem estar em qualquer nível de competência na língua [...].8 8 Nossatraduçãopara [ ] "an ESP course is purposeful and is aimed at the successful performance of occupational or educational roles. It is bases on a rigorous analysis of students' needs and should be `tailor-made'. Any ESP course may differ from another in its selection of skills, topics, situations and functions and also language. It is likely to be of limited duration. Students are more often adults but not necessarily so, and may be at any level of competence in the language [ ]" (ROBINSON,1980, p.13).

Corroborando a descrição dada por Robinson (1980), Sedycias (2002, p.1) aponta que o inglês instrumental "tem como objetivo principal capacitar o aluno, num período relativamente curto, a ler e compreender o essencial para o desempenho de determinada atividade". Essa definição é apropriada ao contexto em que esta pesquisa se originou: um curso de preparação para a prova de inglês de um programa de pós-graduação. Como já exposto, o curso tem a duração limitada, os alunos são adultos e com diferentes níveis de compreensão da língua inglesa.

O princípio guia do inglês instrumental pode ser resumido pela frase de Hutchinson e Waters (1993, p. 8) "Diga-me que inglês tu precisas que te direi que inglês terás [...]".9 9 Nossa tradução para "Tell me what you need English for and I will tell you the English that you need [ ]" (HUTCHINSON; WATERS, 1993, p.8). Partindo desse princípio e das definições encontradas na literatura específica, apresentamos um esquema de como o inglês instrumental é entendido no contexto desta pesquisa:


O ensino de inglês instrumental é voltado para as necessidades e objetivos do aluno e é o ponto de partida para qualquer curso instrumental. A partir disso, levantamos o contexto e a situação-alvo do uso da língua, delineamos a(s) habilidade(s) que será(ão) focalizada(s), seja(m) ela(s) na modalidade escrita ou oral, o conteúdo específico àquele contexto, o gênero textual que será trabalhado, as estratégias e a gramática apropriada à situação-alvo. A gramática é voltada não apenas às regras mas também às funções comunicativas desempenhadas em um determinado contexto.

Em nosso estudo, a necessidade do aluno é de ler, para compreender e interpretar textos da prova de inglês do teste ANPAD. O objetivo é que ele seja aprovado na prova de mestrado. O contexto é acadêmico e a situação-alvo de uso da língua é a prova de seleção para o mestrado. O curso tem foco na habilidade de compreensão do discurso escrito, e o seu conteúdo são os assuntos relacionados ao mundo empresarial: finanças, recursos humanos, economia sustentável, entre outros. Os gêneros dos textos contidos nas provas são introduções de artigos de pesquisas e artigos de revistas dessas áreas. As estratégias são relacionadas à leitura, e a gramática utilizada é apropriada ao gênero textual em foco.

A FIG. 1 pode ter outras ramificações além das que já foram citadas, como por exemplo, um ramo relacionado às tecnologias, dependendoda demanda e das exigências do público-alvo, bem como das mudanças que vão ocorrendo no ensino e aprendizagem de uma língua, como foi o caso da inclusão do estudo de gêneros textuais em cursos de leitura para fins acadêmicos (RAMOS, 2008).

Os gêneros textuais podem ser estudados sob a perspectiva retórico-discursiva, apresentando sua organização argumentativa, sua função comunicativa e seus padrões característicos de forma e conteúdo gramaticais. Nessa linha, temos os estudos de Bhatia (1993), Swales (1990; 2004), Swales e Feak (1994), pesquisas relevantes dentro da abordagem instrumental, principalmente por mostrarem o potencial do gênero como ferramenta para análise, ensino e aprendizagem de línguas como apresentam Dudley-Evans (2001) e Hammond e Derewianka (2001).

Segundo Ramos (2004, p. 116), na abordagem instrumental, o uso de gêneros textuais dentro de contextos específicos "[...] oferece ao professor acesso rápido e eficiente à identificação dos componentes linguísticos, sociais e culturais que o aluno precisa aprender para melhorar seu desempenho".

A noção de gênero que usamos na pesquisa foi a sociorretórica de Swales (1990) e de Bhatia (1993). De acordo com Swales (1990, p.58),

um gênero compreende uma classe de eventos comunicativos, cujos membros compartilham os mesmos propósitos comunicativos. Tais propósitos são reconhecidos pelos membros especialistas da comunidade discursiva de origem e, portanto, constituem o conjunto de razões para o gênero. Essas razões moldam a estrutura esquemática do discurso e influenciam e impõem limites à escolha de conteúdo e de estilo.10 10 Nossa tradução para "A genre comprises a class of communicative events, the members of which share some set of communicative purposes. These purposes are recognized by the expert members of the parent discourse community, and thereby constitute the rationale for the genre. This rationale shapes the schematic structure of the discourse and influences and constrains choice of content and style" (SWALES, 1990, p.58).

Considerando-se a noção de gênero de Swales (1990), Bhatia (1993) corrobora os conceitos de evento comunicativo e comunidade discursiva, além de valorizar o propósito comunicativo como um critério importante para tal definição. O conceito de gênero defendido por Bhatia (1993) inclui ainda a possibilidade de um gênero ter mais de um propósito comunicativo reconhecido pela comunidade discursiva.

Assim, o artigo de pesquisa foi o gênero textual escolhido para este estudo, mais precisamente a seção de introduçãodo artigo. Bezerra (2006) considera a introdução de um artigo como um gênero introdutório, e não apenas uma seção:

Por gêneros introdutórios, em um sentido amplo, designo neste trabalho os gêneros textuais que, no corpo físico do suporte em que se localiza uma obra acadêmica, usualmente se agregam ao gênero ou gêneros principais como uma proposta de leitura prévia, em termos de orientação, síntese ou convite à leitura da obra em si (BEZERRA, 2006, p.79-80).

Os gêneros introdutórios têm "[...] o propósito comunicativo em comum de introduzir um trabalho acadêmico,11 11 Grifo no original. seja ele uma disciplina acadêmica, um livro, um artigo de pesquisa, um ensaio, ou uma palestra"12 12 Nossa tradução para "[...] a common communicative purpose of introducing an academic work, whether it is an academic discipline, a book, a research article, a student essay, or a lecture" (BHATIA, 1997, p.82-183). (BHATIA, 1997, p. 82-83). Um dos propósitos comunicativos da introdução de um artigo de pesquisa é "descrever o contexto no qual o trabalho se insere e apresentar a proposta do autor" (ARANHA, 2005, p.1). Outro propósito comunicativo é fazer a ligação entre o que já foi estudado em outras pesquisas consideradas relevantes e o presente estudo que será relatado. A introdução tem a função de chamar a atenção para a importância do tópico a ser reportado naquela área de estudo.

Alguns gêneros textuais, como a introdução de artigo de pesquisa, são construídos argumentativamente de modo quase fixos, permitindo-nos a estudá-los retoricamente. O modelo CARS (SWALES; FEAK, 1994) foi o instrumento utilizado na análise das introduções de artigo de pesquisa. Esse modelo é composto por três partes argumentativas denominadas "movimentos". Segundo Motta-Roth e Hendges (1996), cada movimento apresenta uma função retórica claramente definida. Para Swales (1990), o modelo é a criação de um espaço de pesquisa estabelecido pelo pesquisador (movimento 1), sendo o território um lugar extenso. Como forma de diminuir o esforço retórico, ele delimita o nicho a ser pesquisado (movimento 2), dentro do território previamente definido e, por último, ocupa esse espaço estabelecido (movimento 3).

Embora os gêneros sejam considerados entidades dinâmicas (MARCUSCHI, 2005; MILLER, 1984), ou "[...] estruturas retóricas dinâmicas [...]"13 13 Nossa tradução para "[...] dynamicrhetoricalstructures [...]"(BERKENKOTTER; HUCKIN, 1995, p. 3). (BERKENKOTTER; HUCKIN, 1995, p. 3) com possibilidades de mudanças em sua forma e estrutura, eles nos permitem estudá-los não apenas pela sua função comunicativa mas também pela recorrência dos aspectos retóricos e léxico-gramaticais que fazem parte das convenções sociais e textuais pertinentes àquela interação sociocomunicativa dentro de uma comunidade discursiva.

Metodologia

A natureza desta pesquisa é descritiva e apóia-se no método da descrição focalizada. De acordo com Larsen-Freeman e Long (1991), uma pesquisa é descritiva focalizada quando a intenção do pesquisador é focar seu estudo em um assunto determinado ou em uma variável específica. Neste trabalho, fizemos uma descrição dos textos do corpus de estudo, focalizando os movimentos retóricos e realçando os marcadores linguístico-discursivos de cada movimento.

A prova de inglês do teste ANPAD é composta por artigos provenientes de periódicos acadêmicos e de revistas da área da Administração. O artigo de pesquisa é um gênero típico de periódicos acadêmicos. Ele é, em geral, composto de Introdução, Metodologia, Resultado e Discussão _ IMRD. Há uma variação com relação a essa divisão, trazendo também o referencial teórico como uma seção separada da introdução. O artigo de pesquisa faz parte da prova de inglês do teste ANPAD desde 1999, e grande parte dos textos provenientes desse gênero é a seção de introdução. Essa recorrência na prova é um dos motivos que nos levou a estudá-la. Outra razão foi a existência de estudos prévios sobre esse gênero, o que nos permitiu buscar um suporte argumentativo para o estudo. Além disso, já existia um modelo de análise aplicável às introduções de artigo de pesquisa que poderíamos utilizar no trabalho, o modelo CARS (SWALES; FEAK, 1994). Finalmente, o conhecimento da estrutura argumentativa da introdução do artigo de pesquisa é relevante aos alunos que estão se preparando para fazer a prova de inglês da ANPAD, por isso deve ser tratado com mais detalhamento.

Para o estudo foram selecionadas 26 introduções de artigo de pesquisa14 14 Os textos foram retirados das provas da ANPAD e as fontes são periódicos internacionais, porém não há menção quanto à nacionalidade do autor, e sim à universidade a qual ele pertence. Mesmo assim, não podemos afirmar se o autor é falante de inglês como L1. utilizadas nas provas de inglês do teste ANPAD de outubro de 1999 a junho de 2008, mas somente nove dessas foram utilizados na nossa análise, por questão de padronização do corpus de estudo. Desde 2001, a prova é aplicada três vezes ao ano, por isso tínhamos 26 textos em dez anos. Para padronizar o corpus e evitar qualquer assimetria que prejudicasse a análise, foi necessário criar alguns critérios para a seleção dos textos que comporiam ocorpus. Primeiro, o artigo deveria constar no acervo de periódicos online da CAPES, com acesso disponível pela Universidade Federal de Minas Gerais. Alguns artigos não foram encontrados nesse acervo, por isso foram descartados. Sem a possibilidade de analisar o artigo completo, não era possível, tampouco, afirmar se o texto (trecho) que aparecia na prova era mesmo a introdução, caso não fosse especificado como tal na própria prova. Segundo, o artigo deveria ser de pesquisa no molde IMRD _ Introdução _ Metodologia _ Resultado _ Discussão. Como Swales (1990) utiliza o formato IMRD para a análise de artigo de pesquisa, também o utilizamos para padronizar o corpus de estudo. Os artigos que não se enquadraram nesse formato também foram descartados. Terceiro, os textos selecionados para a análise deveriam representar a introdução de artigo de pesquisa. Pelo acervo de periódicos online da CAPES foi possível verificar se o texto que constava na prova era realmente a introdução. Houve um caso em que o texto da prova era o referencial teórico, portanto esse também foi eliminado do corpus. Por último, a introdução do artigo de pesquisa deveria estar completa. Alguns dos textos tinham sido reduzidos pelos elaboradores das provas e, por isso, não foram utilizados na análise. Assim, o corpus final foi uma seleção de nove introduções de artigo de pesquisa das provas de inglês do teste ANPAD, realizadas entre setembro de 2001 e fevereiro de 2008, que atenderam a esses critérios.

Seliger e Shohamy (1989) observam que os dados de uma pesquisa descritiva podem ser provenientes de materiais já existentes, como é o caso desta pesquisa. Desse modo, para a análise dos sinalizadores linguístico-discursivos presentes em cada movimento retórico da introdução, foram utilizados os estudos de Swales (1990) e Swales e Feak (1994), que mostram que cada movimento retórico possui determinados marcadores linguísticos que nos auxiliam na sua identificação. O QUADRO 1 apresenta esses movimentos retóricos e os seus marcadores linguísticos previstos.


Análise linguístico-discursiva

Utilizando o modelo CARS como parâmetro, a análise linguístico-discursiva teve como objetivo verificar se, nas introduções de artigo de pesquisa da área de Administração, os marcadores linguísticos eram os mesmos previstos pelo modelo ou se havia alguma diferença.

A primeira análise levou em conta os tempos verbais utilizados nas introduções dos artigos. Essa análise do corpus identificou o Simple Present como o tempo verbal predominante em todos os movimentos. No movimento 1, ele é utilizado para estabelecer o território da pesquisa relacionado à atualidade. No movimento 2, a motivação para desenvolver a pesquisa é expressa por um fato do momento atual. E, no movimento 3, que trata da pesquisa em si, a descrição do estudo pode estar escrita sob a perspectiva do tempo no presente para expressar uma relevância contemporânea.

No movimento 1, aparecem também os tempos Simple Past e Present Perfect, principalmente para revisar a literatura de referência. O Simple Past pode ocorrer no movimento 3 para descrever a pesquisa concluída. Podemos dizer que em 98% das introduções do nosso corpus predominam os tempos verbais Simple Present (72%), Simple Past (16%) e Present Perfect (10%).O total de ocorrências está tabulado a seguir:

Com relação às vozes no texto, em todos os movimentos, há predomínio da voz ativa com foco no agente da ação (cf. TAB. 1). A voz passiva é utilizada nos movimentos 1 e 3 para inserir o tema do estudo, ou a própria pesquisa em evidência, talvez para provocar um distanciamento do autor.

Para identificarmos os movimentos retóricos, vários recursos são utilizados, por exemplo, as conjunções (however), os quantificadores negativos (veryfew), os dêiticos (we), adjetivos (important), entre outros. No decorrer da pesquisa, percebemos que algumas evidências linguísticas nem sempre correspondiam ao movimento determinado pelo modelo CARS. Neste artigo, apresentaremos dois casos referentes aos marcadores linguístico-discursivos do nosso corpus que desempenham mais de uma função retórica.

O operador discursivo17 17 Segundo Koch (2003, p.133) "O encadeamento de segmentos textuais, de qualquer extensão (períodos, parágrafos, subtópicos, sequências textuais ou partes inteiras do texto), é estabelecido, em grande número de casos, por meio de recursos linguísticos que se denominam articuladores textuais ou operadores de discurso". however

Um sinalizador linguístico importante é o operador discursivo however. Em Swales (1990) e Swales e Feak (1994), however é a marca linguística típica do movimento 2. Entretanto, como podemos observar abaixo, na prova de setembro de 2001, however, na sentença (9), indica apenas uma ressalva dentro do movimento 1, não havendo uma mudança para o movimento 2. Em outra prova, esse mesmo operador discursivo especifica o tema dentro do próprio movimento 1.

(8) Their analysis yielded five groups of manufacturers, which they labeled by the emphasis on corresponding manufacturing strategies, as follows: 1) quality emphasis, 2) cost and quality emphasis, 3) cost, quality, delivery flexibility and scope flexibility emphasis, 4) quality and delivery flexibility emphasis, and 5) no strategic emphasis (p.855).

(9)They, however, did not find these strategy clusters to have any direct impact on manufacturing performance as captured by self-reported measures of product quality, employee productivity, on-time delivery, equipment utilization, etc. (Prova set. 2001, ANEXO A).

Normalmente, however introduzo movimento 2, que indicaria uma brecha ou falha nas pesquisas prévias. Na sentença 12, da prova de setembro de 2001, esse operador discursivo indica uma mudança de movimento de 1 para 2, mas mostra que o autor pretende estender o conhecimento de alguma forma, ou seja, dar continuidade aos estudos anteriores e não estudar uma brecha em alguma pesquisa anterior, como mostra o exemplo abaixo:

(10) The lack of performance differences among clusters in the Youndt et al. (1996) study could be explained using the equifinality argument that different organizations could pursue different strategies and be equally effective (Van and Bozarth). (11) Further, the findings of Youndt et al. (1996) and Miller and Roth (1994) are not directly comparable since, among other things, the former examined the relationship between cluster membership and a unit's performance, whereas the latter examined the relationship between cluster membership and the perceived importance of various competitive dimensions. (12) The findings of the two studies, however, are conflicting enough to warrant further investigation. (Prova set. 2001, ANEXO A)

Como Aranha (2004), nós também observamos que o however pode:

1) ser uma ressalva ou uma brecha dentro do próprio movimento 1;

2) ser um indicador de mudança de movimento de 1 para 2;

3) introduzir um movimento 2 que apresenta uma brecha ou falha nas pesquisas prévias;

4) introduzir um movimento 2 que pretende estender o conhecimento de alguma forma.

Pronome Pessoal we

O pronome pessoal we é considerado uma marca do movimento 3 (SWALES, 1990; SWALES; FEAK, 1994). Podemos entender que o autor, ao utilizar o pronome pessoal we, em princípio, está mencionando a pesquisa que será retratada no artigo, pois se inclui nela. No entanto, na sentença (4), transcrita abaixo, os autores apenas se posicionam com relação a um fato no qual acreditam, e não estão necessariamente abordando a pesquisa em si. Nesse caso, a sentença (4) está preparando o terreno do estudo (movimento 1).

(3) Moreover, upward influence, like leadership, is a critical aspect of ethics (Connerley and Pedersen, 2005). (4) While upward influence behavior obviously represents only a part of the totality of ethics in organizations, we believe that the degree of acceptance of the various upward influence strategies is pertinent, because the upward influence used within organizations by its members is an ethics issue that permeates all areas of organizational life (Porter et al., 1981; Kipnis and Schmidt, 1988). (Prova fev. 2008, ANEXO B)

Já na prova de setembro de 2002, na sentença (16), o pronome pessoal we está inserido em um contexto do movimento 2, como mostra o exemplo abaixo:

(15) And, lastly, employers have a legal obligation to minimize the risk of the most extreme forms of victimization such as threats, harassment, or physical assault (Fenton, Kelley, Ruud & Bulloch, 1997). (16) For these reasons, we believe the concept of workplace victimization deserves systematic investigation. (Prova set. 2002, ANEXO C)

Os exemplos mostram que o pronome pessoal we não deve ser analisado apenas como uma marca exclusiva do movimento 3 como previa o modelo CARS. Ele pode ocorrer em outros movimentos, exercendo a função retórica do movimento em que se encontra. No primeiro exemplo, o pronome "we" está presente no movimento 1, ou seja, apresentando o território da pesquisa; no segundo, está presente movimento 2, apresentando o nicho da pesquisa. A análise do contexto é muito importante para que se possa identificar o movimento, e não apenas o sinalizador linguístico.

Considerações Gerais

O estudo da introdução do artigo de pesquisa é importante tanto para o professor quanto para o aluno. Para o professor, auxilia na preparação de um curso que trabalhe em sala de aula o gênero que ocorre nas provas específicas de uma área de estudos, como é o caso do teste ANPAD. Para o aluno que irá fazer uma prova que exija a leitura e compreensão desse gênero, é relevante conhecer como o texto é construído retoricamente, bem como os itens linguísticos que o compõem.

A análise dos tempos verbais de cada movimento mostrou os mesmos resultados já apresentados por Swales (1990) e Swales e Feak (1994). Isso significa que as introduções dos artigos de pesquisa são construídas basicamente no Simple Present, porque esse tempo verbal denota que a pesquisa é contemporânea. O uso do Simple Past aponta para os estudos prévios já concluídos. OPresent Perfect mostra que há estudos em continuidade ou que há espaços dentro de uma área de pesquisa que ainda não foram preenchidos. Os demais tempos verbais, por causa da baixa frequência em que ocorrem no gênero estudado especificamente, não são tão necessários de serem destacados em um curso que visa estudar, por exemplo, a introdução do artigo de pesquisa para o teste ANPAD.

No que se refere aos sinalizadores linguístico-discursivos, também não encontramos diferença quanto ao que já tinha sido apresentado nos estudos desses mesmos autores. Percebemos, porém, que alguns marcadores linguísticos verificados nas introduções do nosso corpus de estudo nem sempre correspondiam ao movimento previsto pelo modelo CARS. Temos como exemplo o operador discursivo however e o pronome pessoal we, que podem realizar mais de uma função retórica, isto é, desempenham a função retórica do movimento em que ocorrem. Nos textos formais, como é o caso do artigo de pesquisa, however aparece frequentemente sinalizando uma brecha para outros estudos, ou seja, ele indica que há um espaço dentro daquela área ou assunto para mais investigações. Por outro lado, nosso estudo mostra que o however pode aparecer desempenhando outras funções que não apenas de apontar uma brecha em um estudo prévio. Ele pode sinalizar também uma mudança de movimento de 1 para movimento 2 ou um estreitamento da argumentação do autor dentro de um único movimento. Para a prova da ANPAD, é importante enfatizar para oaluno as possibilidades argumentativas transmitidas pelo marcador however e pelo pronome pessoal we, para que a compreensão do texto seja o mais próxima da intenção do autor. Conforme aponta Bhatia (1993), é mais adequado focalizarmos nossa atenção na função do que nas formas das evidências linguísticas. A análise da superfície textual, ou seja, dos sinalizadores linguísticos, deve estar associada ao propósito comunicativo do autor, para identificarmos corretamente o movimento em que se insere.

Concluímos que, ao trabalharmos o suporte linguístico de um gênero, por exemplo, a introdução do artigo de pesquisa, não podemos apenas abordar os aspectos gramaticais que se encontram nos textos mas também explorar a função discursiva que esses itens linguísticos realizam em um determinado gênero. Assim, conseguiremos realmente compreender os textos, e não apenas lê-los.

Referências

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO _ ANPAD. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/teste.php>. Acesso em: 30 mai. 2009.

ARANHA, S. Contribuições para a introdução acadêmica. 2004. 72 f. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) _ Faculdade de Ciências e Letras. Universidade Estadual Paulista _ Campus de Araraquara, 2004.

ARANHA, S. Além dos movimentos retóricos: os tipos de verbos como ferramenta de análise. Intercâmbio, São Paulo, v. 14, p. 1-10, 2005.

ARAÚJO, D. A; SAMPAIO, S. Caminhos para leitura: inglês instrumental. Teresina: Alínea Publicações Editora, 2002.

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 261-306.

BERKENKOTTER, C.; HUCKIN, T. Genre knowledge in disciplinary communication: cognition/culture/power. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates, 1995.

BEZERRA, B. G. Gêneros introdutórios em livros acadêmicos. 2006. 256 f. Tese (Doutorado em Linguística) _ Centro de Artes e Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.

BHATIA, V. K. Analysing genre: language use in professional settings. London: Longman, 1993.

BHATIA, V. K. Genre-Mixing in Academic Introductions. English for Specific Purposes, v. 16, n. 3, p. 181-195, 1997.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRONCKART, J. P. Os textos e seu estatuto. In: BRONCKART, J. P. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Raquel Machado, Péricles Cunha. São Paulo: EDUC, 1999. p.69-89. Activité langagièré, texts et discourse. Pour un interactionisme socio-discursif.

CELCE-MURCIA, M.; OLSHTAIN, E. Discourse and context in language teaching. Cambridge: Cambridge, 2000.

COELHO, J. G. R. Um novo olhar às Introduções do artigo de pesquisa da prova de inglês do teste ANPAD em um contexto de ensino instrumental. 2009. 120 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) _ Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

DIAS, R. Reading Critically in English. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

DIAS, R. Proposta Curricular de Língua Estrangeira para a Rede Pública de Ensino do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educação, 2005. Disponível em: <http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/INDEX.HTM>. Acesso em: 23 mar. 2009.

DUDLEY-EVANS, T. English for specific purposes. In: CARTER, R.; NUNAN, D. (Ed.). The Cambridge guide to Teaching English to Speakers of Other Languages. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. p. 131-136.

GUANDALINI, O. E. Técnicas de leitura em Inglês: ESP _ English For EspecificPurposes: estágio 1. São Paulo: Textonovo, 2002.

HALLIDAY, M. A. K.; HASAN, R. Language, context, and text: aspects of language in social-semiotic perspective. Australia: Deakin University, 1985.

HAMMOND, J.; DEREWIANKA, B. Genre. In: CARTER, R.; NUNAN, D. (Ed.). The Cambridge guide to Teaching English to Speakers of Other Languages. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. p. 186-193.

HUTCHINSON, T.; WATERS, A. English for specific purposes: a learner_centered approach. 8th ed. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

JOHNS, A. M.; PRICE-MACHADO, D. English for specific purposes: tailoring courses to student needs _ and to the outside world. In: CELCE-MURCIA, M. (Ed.). Teaching English as a second or foreign language. 3rd.ed. Cambridge: Cambridge, 2001. p. 43-54.

KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

LARSEN-FREEMAN, D.; LONG, M.H. An introduction to second language acquisition research. New York: Addison Wesley Longman, 1991.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In: KARWOSKI, A. M. et al. (Org.). Gêneros Textuais: reflexões e ensino. União da Vitória, PR: Kaygangue, 2005. p. 17-33.

MILLER, C. R. Genre as Social Action. Quartely Journal of Speech, 70, p. 151-167, 1984.

MOTTA-ROTH, D.; HENDGES, G. R. Uma análise de gênero de resumos acadêmicos (abstracts) em Economia, Linguística e Química. Revista do Centro de Artes e Letras. Santa Maria, v.18, n.1 e 2, 1996, p.53-90.

MUNHOZ, R. Inglês Instrumental: estratégias de leitura, módulo I. São Paulo: Textonovo, 2000.

MUNHOZ, R. Inglês Instrumental: estratégias de leitura, módulo II. São Paulo: Textonovo, 2001.

OLIVEIRA, S. Para ler e entender: Inglês Instrumental. Brasília: Edição Independente, 2003.

RAMOS, R. C. G. Gêneros textuais: uma proposta de aplicação em cursos de inglês para fins específicos.The ESPecialist. v. 25, n. 2, p. 107-129, 2004.

RAMOS, R. C. G. ESP in Brazil: history, new trends and challenges. In: KRZANOWSKI, M. (Org.). English for academic and specific purposes in developing, emerging and leastdeveloped countries. Canterbury: IATEFL, 2008. v.1, p. 68-83.

ROBINSON, P. C. ESP _ English for Specific Purposes. The present position. Oxford: Pergamon Press, 1980.

SEDYCIAS, J. Gramática Instrumental da Língua Inglesa. Recife, 2002. Disponível em: <http://www.sedycias.com/projeto_03.htm>. Acesso em: 22 abr. 2009.

SELIGER, H. W; SHOHAMY, E. Second Language Research Methods. Oxford: Oxford University Press, 1989.

SOUZA, A. G. F; ABSY, C. A.; COSTA, G. C.; MELLO, L. F. Leitura em Língua Inglesa. São Paulo: Disal, 2005.

SWALES, J. M. Genre analysis. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

SWALES, J. M. Research Genres: exploration and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

SWALES, J. M.; FEAK, C. B. Academic Writing for graduate students: a course for nonnative speakers of English. USA: Universityof Michigan, 1994.

ANEXO A

ANPAD _ Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração

Edição de Setembro de 2001

Competitive priorities and managerial performance:

a taxonomy of small manufacturers

Introduction

(1) (Mov.1) Manufacturing strategy is an area of growing interest to academics, and a top ranked strategic issue for manufacturing managers (Malhora et al., 1994). (2) (Mov.1)Bozarth and McDermott (1998) observed that much of the research in this area had focused on specific relationships between a few constructs, with relatively little emphasis on typologies and taxonomies. (3) (Mov.1)With some notable exceptions, there are few empirically derived taxonomies that characterize manufacturers by manufacturing task or competitive priorities, such as quality, delivery, flexibility or cost. (4) (Mov.1) Using data from the 1987 Manufacturing Futures Project Survey, Miller and Roth (1994) identified three strategic groups of manufacturers with similar manufacturing tasks, which they labeled caretakers, marketers, and innovators. (5) (Mov.1)They also observed differences among groups with regard to the improvement programs emphasized (zero defects, new product introductions, etc), and the importance placed on several performance measures (outgoing quality, headcount, number of grievances, etc).

(6) (Mov.1)Youndt et al. (1996) cluster-analyzed 97 manufacturers across four manufacturing strategies orientations (quality, delivery flexibility, scope flexibility, and cost), while examining the moderating effect of different manufacturing strategies on the human resource systems _ performance relationship. (7) (Mov.1)Though their main objective was not to develop or test any taxonomy of manufacturing strategy, their findings have a bearing on this research stream. (8) (Mov.1) Their analysis yielded five groups of manufacturers, which they labeled by the emphasis on corresponding manufacturing strategies, as follows: (1) quality emphasis, (2) cost and quality emphasis, (3) cost, quality, delivery flexibility and scope flexibility emphasis, (4) quality and delivery flexibility emphasis, and (5) no strategic emphasis (p.855). (9) (Mov.1)They, however, did not find these strategy clusters to have any direct impact on manufacturing performance as captured by self-reported measures of product quality, employee productivity, on-time delivery, equipment utilization, etc.

(10) (Mov.1) The lack of performance differences among clusters in the Youndt et al. (1996) study could be explained using the equifinality argument that different organizations could pursue different strategies and be equally effective (Van and Bozarth). (11) (Mov.1) Further, the findings of Youndt et al. (1996) and Miller and Roth (1994) are not directly comparable since, among other things, the former examined the relationship between cluster membership and a unit's performance, whereas the latter examined the relationship between cluster membership and the perceived importance of various competitive dimensions. (12) (Mov.2)The findings of the two studies, however, are conflicting enough to warrant further investigation. (13) (Mov.2) This study is a step in that direction.

Kathuria, Ravi. Competitive priorities and managerial performance: a taxonomy of small manufacturers. JournalofOperations Management, v.18, n.6, p. 627-641, November 2000.

ANEXO B

ANPAD _ Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração

Edição de Fevereiro de 2008

Vietnam: A cross-cultural comparison of upward influence ethics

(1)(Mov.1)An effective manager is one who successfully "manages" the upward influence relationshipwith superiors, as well as the downward influence relationship (i.e., leadership) with subordinates(Schilit and Locke, 1982; Ansari and Kapoor, 1987; Schermerhorn and Bond, 1991). (2)(Mov.1)Thus,leadership and upward influence might be viewed as the opposite sides of the same coin. (3)(Mov.1)Moreover, upward influence, like leadership, is a critical aspect of ethics (Connerley andPedersen, 2005). (4)(Mov.1)While upward influence behavior obviously represents only a part of the totalityof ethics in organizations, we believe that the degree of acceptance of the various upwardinfluence strategies is pertinent, because the upward influence used within organizations by itsmembers is an ethics issue that permeates all areas of organizational life (Porter et al., 1981;Kipnis and Schmidt, 1988). (5)(Mov.1)Understanding this pervasive organizational issue can be crucial tothe success, or the failure, of the day-to-day operations in terms of employee motivation,communication and team activities, as well as the implications that these organizational activitieshave upon the success or failure of the organization as a whole (Fu and Yukl, 2000; Ralston et al.,2001). (6)(Mov.1)For example, since upward influence behavior may affect the personal success of amanager, managers oftentimes face ethical challenges when deciding what strategies to apply inbalancing personal growth with the well-being of the organization.

(7)(Mov.1)Further, studying upward influence from a cross-cultural perspective is of particular relevancebecause it assists us in understanding employees' ethicality and resultant management behavior ininternational joint ventures or subsidiaries of multinational corporations(MNCs). (8)(Mov.1)This appears to be especially true intransition economies where, oftentimes, superiors are from one cultural background (e.g.,Western) and subordinates are from a very different one (e.g., Asian, Central-East European). (9)(Mov.1)Moreover, recent empirical research (Ralston et al., 1993, 1994, 1995; Xin and Tsui, 1996; Egri etal., 2000; Fu and Yukl, 2000; Fu et al., 2004) has shown that there are significantly differentinfluence preferences between managers from developedWestern economies (e.g., France and theUS) and those from transition economies (e.g., Vietnam and China). (10)(Mov.1) By being more aware ofsubordinates' differences in their ethics and values and by understanding the reasons behind thesedifferences, managers will become more effective and less frustrated in a mixed-culture worksetting (Donaldson, 1996; Butler et al., 2000).

(11)(Mov.2)In this study, we chose to focus our attention on Vietnam because it is becoming economicallysignificant, attracting both foreign direct investment (FDI) and MNCs. (12)(Mov.2) Furthermore, previous research has not systematicallyexamined Vietnam's modern, managerial ethics, even though understanding the Vietnamesemanagerial dynamics may provide greater insights into the behavior of other transitioneconomies, as well as Vietnam's (Hiebert, 1995; Hung et al., 1999; Borton, 2000). (13)(Mov.3) Since the trueimpact of individuals' perceptions regarding the ethicality of the various influence behaviorsbecomes more palpable when placed in a context of comparison with the perceptions ofindividuals from other cultures, we applied a comparative approach by examining managers fromVietnam with three other countries_China, France and the United States_that have played asignificant role in shaping Vietnam's past, as well as its present. (14)(Mov.3)Furthermore, in this study, weutilized an ethic set of upward influence strategies that range from organizationally positive, legaland socially desirable to negative, illegal and ethically questionable (Ralston et al., 1993) in orderto cover the spectrum of ethicality. (15)(Mov.3) Therefore, our primary research question in this study is: Howdoes the prevalence of the various upward influence behaviors used in Vietnam compare withthose used in China, France, and the US?

RALSTON, D. et al. Vietnam: A cross- cultural comparison of upward influence ethics. Journal of International Management, v.12, n.1, p.85-105, Mar. 2006.

ANEXO C

ANPAD _ Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração

Edição de Setembro de 2002

Dominating Interpersonal Behavior and Perceived Victimization in Groups: Evidence for a Curvilinear Relationship

(1)(Mov.1)The prevalence of rude, discourteous, and thoughtless behaviors in the workplace has been widely documented by organizational researchers (Andersson& Pearson, 1999; Aquino, Grover, Bradfield & Allen, 1999; Bies, Tripp & Kramer, 1997; Björkqvist, Österman&Hjelt-Bäck, 1994; Neuman and Robinson). (2)(Mov.1) Although the extreme forms of interpersonal mistreatment, such as homicide or assault, capture the attention of the media and general public, most injurious behaviors directed by one employee against another are verbal rather than physical, passive rather than active, indirect rather than direct, subtle rather than overt (Baron &Neuman, 1996). (3)(Mov.1) Past studies of these behaviors have typically focused on either the characteristics or motives of perpetrators (e.g., Ashforth and Bies) or on situational factors that may provoke such acts (e.g., O' Leary-Kelly, Griffin &Glew, 1996; Robinson & O' Leary-Kelly, 1998). (4)(Mov.1) Recently, Aquino et al. (1999) suggested that the characteristics of potential targets of harmful action should also be considered.

(5)(Mov.1) Aquino and his associates based their argument on theory and research in criminal victimology. (6)(Mov.1) An important insight from victimology is that some persons become targets of harmful actions because they exhibit characteristics that make them appear as vulnerable to or deserving of mistreatment (e.g. Curtis; Felson and Schafer; Sparks, Genn& Dodd, 1997). (7)(Mov.3)We explore this question in the present study by testing whether certain behavioral tendencies could predict perceived victimization in workgroups. (8)(Mov.3) We define a workgroup as an intact, bounded system, with interdependent members and differentiated member roles, that pursue shared, measurable goals (Hackman, 1983). (9)(Mov.3) In the context of student workgroups, we address two questions: (1) Will group members who are perceived by others as being high or low in dominating behavior become more frequent targets of mistreatment than those who are perceived as moderately dominating? and (2) Is this relation moderated by the target's gender?

(10)(Mov.2)A review of the literature on victimization and a consideration of ethical and legal issues suggest several practical reasons why managers should be interested in these questions. (11)(Mov.2)First, people who are victimized often experience high levels of fear and anxiety (Tayler, Wood &Lichtman, 1983). (12)(Mov.2)In organizations, such experiences can adversely affect work performance and motivation (Bennis, 1989). (13)(Mov.2) Second, repeated exposure to victimization can trigger a pattern of retaliatory responses from the victim culminating in destructive acts of workplace aggression and violence (e.g., Bies and Skarlicki). (14)(Mov.2) Third, it can be argued that organizations have a moral responsibility to provide a safe working environment for their employees (Waterman &Peteros, 1992). (15)(Mov.2) And, lastly, employers have a legal obligation to minimize the risk of the most extreme forms of victimization such as threats, harassment, or physical assault (Fenton, Kelley, Ruud & Bulloch, 1997). (16)(Mov.2)For these reasons, we believe the concept of workplace victimization deserves systematic investigation.

(17)(Mov.3)In the following sections, we present a definition of victimization and outline the theoretical rationale for our predictions.

AQUINO, Karl, BYRON, Kristin. Dominating Interpersonal Behavior and Perceived Victimization in Groups: Evidence for a Curvilinear Relationship. Journal of Management, v.28, n.1, p.69-87, February 2002.

Recebido em 28/02/2011. Aprovado em 03/11/2011.

  • ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO _ ANPAD. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/teste.php>. Acesso em: 30 mai. 2009.
    » link
  • ARANHA, S. Contribuições para a introdução acadêmica. 2004. 72 f. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) _ Faculdade de Ciências e Letras. Universidade Estadual Paulista _ Campus de Araraquara, 2004.
  • ARANHA, S. Além dos movimentos retóricos: os tipos de verbos como ferramenta de análise. Intercâmbio, São Paulo, v. 14, p. 1-10, 2005.
  • ARAÚJO, D. A; SAMPAIO, S. Caminhos para leitura: inglês instrumental. Teresina: Alínea Publicações Editora, 2002.
  • BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 261-306.
  • BERKENKOTTER, C.; HUCKIN, T. Genre knowledge in disciplinary communication: cognition/culture/power. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates, 1995.
  • BEZERRA, B. G. Gêneros introdutórios em livros acadêmicos 2006. 256 f. Tese (Doutorado em Linguística) _ Centro de Artes e Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
  • BHATIA, V. K. Analysing genre: language use in professional settings. London: Longman, 1993.
  • BHATIA, V. K. Genre-Mixing in Academic Introductions. English for Specific Purposes, v. 16, n. 3, p. 181-195, 1997.
  • BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 1998.
  • BRONCKART, J. P. Os textos e seu estatuto. In: BRONCKART, J. P. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Raquel Machado, Péricles Cunha. São Paulo: EDUC, 1999. p.69-89. Activité langagièré, texts et discourse. Pour un interactionisme socio-discursif.
  • CELCE-MURCIA, M.; OLSHTAIN, E. Discourse and context in language teaching Cambridge: Cambridge, 2000.
  • COELHO, J. G. R. Um novo olhar às Introduções do artigo de pesquisa da prova de inglês do teste ANPAD em um contexto de ensino instrumental 2009. 120 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) _ Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.
  • DIAS, R. Reading Critically in English Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.
  • DIAS, R. Proposta Curricular de Língua Estrangeira para a Rede Pública de Ensino do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educação, 2005. Disponível em: <http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/INDEX.HTM>. Acesso em: 23 mar. 2009.
  • DUDLEY-EVANS, T. English for specific purposes. In: CARTER, R.; NUNAN, D. (Ed.). The Cambridge guide to Teaching English to Speakers of Other Languages Cambridge: Cambridge University Press, 2001. p. 131-136.
  • GUANDALINI, O. E. Técnicas de leitura em Inglês: ESP _ English For EspecificPurposes: estágio 1. São Paulo: Textonovo, 2002.
  • HALLIDAY, M. A. K.; HASAN, R. Language, context, and text: aspects of language in social-semiotic perspective. Australia: Deakin University, 1985.
  • HAMMOND, J.; DEREWIANKA, B. Genre. In: CARTER, R.; NUNAN, D. (Ed.). The Cambridge guide to Teaching English to Speakers of Other Languages Cambridge: Cambridge University Press, 2001. p. 186-193.
  • HUTCHINSON, T.; WATERS, A. English for specific purposes: a learner_centered approach. 8th ed. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.
  • JOHNS, A. M.; PRICE-MACHADO, D. English for specific purposes: tailoring courses to student needs _ and to the outside world. In: CELCE-MURCIA, M. (Ed.). Teaching English as a second or foreign language 3rd.ed. Cambridge: Cambridge, 2001. p. 43-54.
  • KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
  • LARSEN-FREEMAN, D.; LONG, M.H. An introduction to second language acquisition research. New York: Addison Wesley Longman, 1991.
  • MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In: KARWOSKI, A. M. et al (Org.). Gêneros Textuais: reflexões e ensino. União da Vitória, PR: Kaygangue, 2005. p. 17-33.
  • MILLER, C. R. Genre as Social Action. Quartely Journal of Speech, 70, p. 151-167, 1984.
  • MOTTA-ROTH, D.; HENDGES, G. R. Uma análise de gênero de resumos acadêmicos (abstracts) em Economia, Linguística e Química. Revista do Centro de Artes e Letras Santa Maria, v.18, n.1 e 2, 1996, p.53-90.
  • MUNHOZ, R. Inglês Instrumental: estratégias de leitura, módulo I. São Paulo: Textonovo, 2000.
  • MUNHOZ, R. Inglês Instrumental: estratégias de leitura, módulo II. São Paulo: Textonovo, 2001.
  • OLIVEIRA, S. Para ler e entender: Inglês Instrumental. Brasília: Edição Independente, 2003.
  • RAMOS, R. C. G. Gêneros textuais: uma proposta de aplicação em cursos de inglês para fins específicos.The ESPecialist v. 25, n. 2, p. 107-129, 2004.
  • RAMOS, R. C. G. ESP in Brazil: history, new trends and challenges. In: KRZANOWSKI, M. (Org.). English for academic and specific purposes in developing, emerging and leastdeveloped countries Canterbury: IATEFL, 2008. v.1, p. 68-83.
  • ROBINSON, P. C. ESP _ English for Specific Purposes. The present position. Oxford: Pergamon Press, 1980.
  • SEDYCIAS, J. Gramática Instrumental da Língua Inglesa. Recife, 2002. Disponível em: <http://www.sedycias.com/projeto_03.htm>. Acesso em: 22 abr. 2009.
  • SELIGER, H. W; SHOHAMY, E. Second Language Research Methods Oxford: Oxford University Press, 1989.
  • SOUZA, A. G. F; ABSY, C. A.; COSTA, G. C.; MELLO, L. F. Leitura em Língua Inglesa São Paulo: Disal, 2005.
  • SWALES, J. M. Genre analysis Cambridge: Cambridge University Press, 1990.
  • SWALES, J. M. Research Genres: exploration and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
  • SWALES, J. M.; FEAK, C. B. Academic Writing for graduate students: a course for nonnative speakers of English. USA: Universityof Michigan, 1994.
  • 1
    COELHO, J. G. R. Um novo olhar às Introduções do artigo de pesquisa da prova de inglês do teste ANPAD em um contexto de ensino instrumental. 2009. 120 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) _ Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. Orientada pela Profa. Dra. Reinildes Dias.
  • 2
    ANPAD _ Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. O acrônimo é ao mesmo tempo o nome do teste e da associação que o aplica.
  • 3
    Focamos a disciplina de língua estrangeira devido a nossa área de interesse neste estudo.
  • 4
    A análise gráfica foi retratada em outro artigo ainda sem data para publicação. Para mais detalhes,confira Coelho (2009).
  • 5
  • 6
  • 7
    Nossa tradução para "[ ] help readers distinguish between the main plot of a story and the background" (CELCE-MURCIA; OLSHTAIN, 2000, p.132).
  • 8
    Nossatraduçãopara [ ] "an ESP course is purposeful and is aimed at the successful performance of occupational or educational roles. It is bases on a rigorous analysis of students' needs and should be `tailor-made'. Any ESP course may differ from another in its selection of skills, topics, situations and functions and also language. It is likely to be of limited duration. Students are more often adults but not necessarily so, and may be at any level of competence in the language [ ]" (ROBINSON,1980, p.13).
  • 9
    Nossa tradução para "Tell me what you need English for and I will tell you the English that you need [ ]" (HUTCHINSON; WATERS, 1993, p.8).
  • 10
    Nossa tradução para "A genre comprises a class of communicative events, the members of which share some set of communicative purposes. These purposes are recognized by the expert members of the parent discourse community, and thereby constitute the rationale for the genre. This rationale shapes the schematic structure of the discourse and influences and constrains choice of content and style" (SWALES, 1990, p.58).
  • 11
    Grifo no original.
  • 12
    Nossa tradução para "[...] a common communicative purpose of
    introducing an academic work, whether it is an academic discipline, a book, a research article, a student essay, or a lecture" (BHATIA, 1997, p.82-183).
  • 13
    Nossa tradução para "[...] dynamicrhetoricalstructures [...]"(BERKENKOTTER; HUCKIN, 1995, p. 3).
  • 14
    Os textos foram retirados das provas da ANPAD e as fontes são periódicos internacionais, porém não há menção quanto à nacionalidade do autor, e sim à universidade a qual ele pertence. Mesmo assim, não podemos afirmar se o autor é falante de inglês como L1.
  • 15
    Swales (1990, p.144-161) e Swales e Feak (1994, cap. 8) exploram com mais detalhes os itens linguísticos ora apresentados.
  • 16
    Na tabela, encontramos abreviados alguns termos: mov. retóricos = movimentos retóricos; t.verbal = tempo verbal; voz pas. = voz passiva. O item "outros" refere-se aos tempos verbais:
    Simple Future, Past Perfect e
    Present Continuous.
  • 17
    Segundo Koch (2003, p.133) "O encadeamento de segmentos textuais, de qualquer extensão (períodos, parágrafos, subtópicos, sequências textuais ou partes inteiras do texto), é estabelecido, em grande número de casos, por meio de recursos linguísticos que se denominam articuladores textuais ou operadores de discurso".
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      02 Fev 2012
    • Data do Fascículo
      2011
    Faculdade de Letras - Universidade Federal de Minas Gerais Universidade Federal de Minas Gerais - Faculdade de Letras, Av. Antônio Carlos, 6627 4º. Andar/4036, 31270-901 Belo Horizonte/ MG/ Brasil, Tel.: (55 31) 3409-6044, Fax: (55 31) 3409-5120 - Belo Horizonte - MG - Brazil
    E-mail: rblasecretaria@gmail.com