Acessibilidade / Reportar erro

Índice glicêmico da refeição pré-exercício e metabolismo da glicose na atividade aeróbica

Glycemic index of pre-exercise meal and glucose metabolism in aerobic physical activity

Índice glicémico de la comida pre-ejercicio y metabolismo de la glucosa en la actividad aeróbica

Resumos

O índice glicêmico (IG) é um indicador funcional que pode ser usado para classificar carboidratos de acordo com sua resposta glicêmica e insulinêmica em relação a um alimento conhecido, pão branco ou glicose. No ramo da nutrição esportiva, este é considerado principalmente para compor a refeição pré-exercício, pois afeta diretamente a resposta glicêmica pós-prandial, e dependendo de alguns fatores, tais como o tempo prévio de ingestão, existe o risco de hipoglicemia de rebote durante o exercício. Elucidar, atraves de uma revisão sistematizada, qual estratégia nutricional é a mais adequada empregando refeições de diferentes índices glicêmicos pré-exercício. Foi consultada a base de dados PubMed, utilizando os descritores: aerobic exercise, glicemic index e glycemia, de forma combinada. Foram adotados como critérios de inclusão artigos originais, publicados em inglês nos últimos cinco anos e realizados com humanos, e como critério de exclusão, amostra não saudável e exercício sem predominância aeróbica. Foram selecionados 11 artigos, os quais variavam quanto ao gênero da amostra e seu condicionamento, o tipo de exercício selecionado, assim como sua duração e intensidade, o valor de IG adotado, e o tempo prévio de ingestão alimentar, de 15 minutos a três horas. Pela recorrência de alguns resultados, alimentos de baixo índice glicêmico causam menor alteração glicêmica pós-prandial, o que pode acarretar em um comportamento mais estável ao longo do exercício, tornando-se uma estratégia nutricional mais conservadora para a população em geral.

exercício físico; nutrição; hidratação; glicemia


The glycemic index (GI) is a functional indicator that can be used to classify carbohydrates according to their glycemic and insulin response in relation to a known food, white bread or glucose. In the field of sports nutrition,it is mainly considered to constitute the meal prior to exercise, as it directly affects the postprandial glycemic response, and depending on certain factors, such as time prior to intake, there is the risk of rebound hypoglycemia during exercise. To elucidade, through a systematic review, which nutritional strategy is the most appropriate, employing pre-exercise meals of different glycemic indexes. The PubMed database was consulted using the combined keywords: aerobic exercise, glycemic index and glycemia. The inclusion criteria were original articles published in English in the last five years and performed with humans. Exclusion criteria were unhealthy subjects and non aerobic exercises. Eleven articles were selected, varying by gender of the sample and its conditioning, the type of exercise selected, as well as its duration and intensity, the IG value adopted, and the time prior to food intake from 15 minutes to three hours. Based on the recurrence of some results, low glycemic index foods cause fewer postprandial glycemic alterations which may entail a more stable behavior throughout the exercise, making it a more conservative nutritional strategy for the general population.

exercise; nutrition; fluid therapy; blood glucose


El índice glicémico (IG) es un indicador funcional que puede ser usado para clasificar a los carbohidratos de acuerdo con su respuesta glicémica e insulinémica en relación a un alimento conocido, pan blanco o glucosa. En el ramo de la nutrición deportiva, éste es considerado principalmente para componer la comida pre-ejercicio, pues afecta directamente la respuesta glicémica postprandial, y dependiendo de algunos factores, tales como el tiempo previo de ingestión, existe el riesgo de hipoglicemia de rebote durante el ejercicio. Elucidar, a través de una revisión sistematizada, qué estrategia nutricional es la más adecuada empleando comidas de diferentes índices glicémicos pre-ejercicio. Fue consultada la base de datos PubMed, utilizando los descriptores: aerobic exercise, glycemic index e glycemia, de forma combinada. Fueron adoptados como criterios de inclusión artículos originales, publicados en inglés en los últimos cinco años y realizados con humanos, y como criterio de exclusión, muestra no saludable y ejercicio sin predominio aeróbico. Fueron seleccionados 11 artículos, que variaban sobre el género de la muestra y su condicionamiento, el tipo de ejercicio seleccionado, así como su duración e intensidad, el valor de IG adoptado, y el tiempo previo de ingestión alimentaria de 15 minutos a tres horas. Por la recurrencia de algunos resultados, los alimentos de bajo índice glicémico causan menor alteración glicémica postprandial, lo que puede acarrear un comportamiento más estable a lo largo del ejercicio, transformándose en una estrategia nutricional más conservadora para la población en general.

ejercicio; nutrición; fluidoterapia; glucemia


INTRODUÇÃO

A refeição pré-exercício representa uma etapa fundamental para que este possa ser realizado de forma adequada, pois tem como objetivo manter adequados os níveis de glicemia11. Burke LM, Hawley JA, Wong SHS, Jeukendrup AE. Carbohydrates for training and competition. J Sports Sci. 2011;29:S17-S27., sem risco de quadros hiper ou hipoglicêmicos, além de não produzir desconforto gástrico no momento da realização da atividade11. Burke LM, Hawley JA, Wong SHS, Jeukendrup AE. Carbohydrates for training and competition. J Sports Sci. 2011;29:S17-S27..

Existem várias formas de se estabelecer um planejamento dietético pré-exercício, entre elas o índice glicêmico (IG) que é um indicador funcional que pode ser usado para classificar os carboidratos (CHO) de acordo com sua resposta glicêmica e insulinêmica em relação a um alimento conhecido, pão branco ou glicose, que foi utilizado pela primeira vez em 198122. Jenkins DJA, Wolever TMS, Taylor RH, Barker H, Fielden H, Baldwin JM, et al. Glycemic index of foods: a physiological basis for carbohydrate exchange. Am J Clin Nutr. 1981;34:362-6.. Os CHO podem ser categorizados em baixo (<55), moderado (56-70) e alto (70-100) IG33. Jeukendrup AE, Killer SC. The Myths Surrounding Pre-Exercise Carbohydrate Feeding. Ann Nutr Metab. 2010;57:18-25..

Este índice tem sido amplamente estudado, compondo estratégias dietéticas para prevenção e intervenção de doença cardiovascular, diabetes, e obesidade, entre outros44. Brand-Miller J, Buyken AE. The glycemic index issue. Curr Opin Lipidol. 2012;23:62-7.

5. Brand-Miller J, McMillan-Price J, Steinbeck K, Caterson I. Dietary Glycemic Index: Health Implications. J Am Coll Nutr. 2009;28:446S-9S.
- 66. Esfahani A, Wong JMW, Mirrahimi A, Srichaikul K, Jenkins DJA, Kendall CWC. Glycemic Index: Physiological Significance. J Am Coll Nutr. 2009;28:439S-45S., e principalmente no ramo da nutrição esportiva77. Mondazzi L, Arcelli E. Glycemic Index in Sport Nutrition. J Am Coll Nutr. 2009;28:455S-63S. , 88. O' Reilly J, Wong SHS, Chen Y. Glycemic Index, Glycaemic Load and Exercise Performance. Sports Med. 2010;40:27-39., pois a última refeição antes do exercício pode ter influência nos níveis de glicose e insulina no sangue, ácidos graxos livres, na taxa de oxidação de CHO e gordura, além do conteúdo de glicogênio muscular77. Mondazzi L, Arcelli E. Glycemic Index in Sport Nutrition. J Am Coll Nutr. 2009;28:455S-63S.. Esta refeição também tem influência funcional, expressa pelo desempenho no exercício77. Mondazzi L, Arcelli E. Glycemic Index in Sport Nutrition. J Am Coll Nutr. 2009;28:455S-63S..

Após a refeição pré-exercício, dependendo do CHO ingerido, o pico glicêmico ocorre entre 15 a 40 minutos33. Jeukendrup AE, Killer SC. The Myths Surrounding Pre-Exercise Carbohydrate Feeding. Ann Nutr Metab. 2010;57:18-25. , 99. Faria VC, Cazal MM, Cabral CAC, Marins JCB. Influência do índice glicêmico na glicemia em exercício físico aeróbico. Motriz: Rev de Educ Fís. 2011;17: 395-405.

10. Cocate PG, Marins JCB. Efeito de três ações de "café da manhã" sobre a glicose sanguínea durante um exercício de baixa intensidade realizado em esteira rolante. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2007;9:67-75.
- 1111. Altoé JL, Silva RP, Ferreira FG, Makkai L, Amorim PRS, Volpe S, et al. Blood glucose changes before and during exercise with three meal conditions. Gazzetta Medica Italiana. Arch Sci Med. (Testo stampato) 2011;170:177-84., e os níveis de glicemia aumentados acarretam liberação de insulina1212. McArdle WD, Katch FI, Katch LF. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.. Dessa forma, quando o exercício é iniciado com níveis altos de insulina, a captação de glicose pelo músculo é aumentada em virtude da translocação da proteína transportadora de glicose (GLUT-4) para a superfície das fibras musculares, provocada pelas suas contrações, portanto, através de um mecanismo independente da insulina33. Jeukendrup AE, Killer SC. The Myths Surrounding Pre-Exercise Carbohydrate Feeding. Ann Nutr Metab. 2010;57:18-25. , 77. Mondazzi L, Arcelli E. Glycemic Index in Sport Nutrition. J Am Coll Nutr. 2009;28:455S-63S..

Em decorrência deste processo, ocorre uma rápida diminuição da glicemia na fase inicial do exercício, normalmente, após 15 minutos33. Jeukendrup AE, Killer SC. The Myths Surrounding Pre-Exercise Carbohydrate Feeding. Ann Nutr Metab. 2010;57:18-25., fenômeno conhecido como hipoglicemia de rebote ou reativa1313. Coyle EF, Coggan AR, Hemmert MK, Lowe RC, Walters TJ. Substrate usage during prolonged exercise following a preexercise meal. J Appl Physiol. 1985;59:429-33., que é causado pela combinação dos fatores descritos anteriormente, havendo ainda a supressão da produção de glicose hepática. Portanto, a ocorrência da hipoglicemia de rebote pode prejudicar o desempenho de um atleta, que por uma condição próxima de um estado de hipoglicemia, tenderá a ter reduzida a capacidade de produção energética e, consequentemente, redução de desempenho.

Da mesma forma, os praticantes de atividade física de cunho recreativo ou não competitivo, também podem ser prejudicados, tendo em vista que níveis de hipoglicemia estão relacionados com enjôos, náuseas, mal estar e em certos casos extremos, desmaio, prejudicando não somente a qualidade da atividade, como expondo o organismo a uma condição de risco1414. Nybo L, Moller K, Pedersen BK, Nielsen B, Secher NH. Association between fatigue and failure to preserve cerebral energy turnover during prolonged exercise. Acta Physiol Scand. 2003;179:67-74..

Ter bem estabelecido os impactos metabólicos sobre a resposta glicêmica de uma refeição pré-exercício pode auxiliar principalmente os profissionais de nutrição e médicos esportistas à estabelecerem condutas nutricionais adequadas, aprimorando a qualidade do exercício físico. Desta forma, o objetivo desta revisão sistematizada é elucidar qual é a estratégia nutricional mais adequada, empregando refeições pré-exercício de diferentes índices glicêmicos.

MÉTODOS

Dois revisores realizaram uma busca de artigos que estudaram o efeito das refeições pré-exercício, considerando seus índices glicêmicos, no comportamento da glicose sanguínea durante o exercício aeróbico.

A estratégia de busca baseou-se na consulta à base de dados PubMed, utilizando os descritores: aerobic exercise, glicemic index e glycemia, de forma combinada. Foram utilizados como filtros da pesquisa artigos de periódicos publicados entre 1 de janeiro de 2007 a 9 de fevereiro de 2012 no idioma inglês, e amostras composta por humanos. Como critério de inclusão os artigos deveriam ser originais, e como critérios de exclusão foram considerados os artigos que avaliaram uma amostra não saudável e que utilizaram exercícios sem predominância aeróbica.

A figura 1 apresenta a estratégia de busca adotada até chegar aos artigos selecionados para esta revisão, tendo como base os critérios de inclusão e exclusão.

Figura 1
Fluxograma da seleção dos artigos

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram selecionados 11 artigos a partir dos critérios estabelecidos para a busca, porém apenas 10 compõem a tabela 1, pois dois desses artigos foram agrupados por tratarem de um mesmo estudo, apesar das abordagens diferentes.

Tabela 1
Resumo dos estudos com índice glicêmico (IG) pré-exercício.

Inicialmente, é importante considerar que uma série de fatores influencia o comportamento da glicose sanguínea decorrente de um uma alimentação pré-exercício. Esses fatores podem ser nutricionais, das características do exercício ou individuais.

Quanto ao fator nutricional se destacam o tempo de jejum, o IG dos alimentos e o tempo de consumo do(s) alimento(s) prévio ao exercício; enquanto que, referente ao exercício, a intensidade, duração e modalidade executada podem ser determinantes. Já certas características individuais como idade, gênero e capacidade atlética, também poderiam alterar os resultados. Assim, é extremamente difícil uniformizar todos os estudos. Contudo, é possível estabelecer evidências científicas que possam orientar a prática profissional.

Os trabalhos discutidos nesta revisão tiveram uma variação do tempo de ingestão pré-exercício de 15 minutos a 3 horas, o que foi adotado como estratégia para discorrer a discussão. Essa grande variação de tempo prévio adotada nos estudos, destacando que os mais recentes utilizam tempos mais curtos, reflete a busca incessante por práticas nutricionais adequadas à realidade do praticante.

Com 3 horas de ingestão prévia foram selecionados dois artigos1515. Backhouse SH, Williams C, Stevenson E, Nute M. Effects of the glycemic index of breakfast on metabolic responses to brisk walking in females. Eur J Clin Nutr. 2007;61:590-6. , 1616. Stevenson EJ, Astbury NM, Simpson EJ, Taylor MA, Macdonald IA. Fat Oxidation during Exercise and Satiety during Recovery Are Increased following a Low-Glycemic Index Breakfast in Sedentary Women. J Nutr. 2009;139:890-7., ambos avaliaram uma amostra composta por mulheres saudáveis, submetidas a 60 minutos de caminhada com intensidade semelhante(≈ 50% VO2pico). Entretanto, no estudo de Backhouse et al 1515. Backhouse SH, Williams C, Stevenson E, Nute M. Effects of the glycemic index of breakfast on metabolic responses to brisk walking in females. Eur J Clin Nutr. 2007;61:590-6., foram testadas refeições de alto índice glicêmico (AIG), moderado índice glicêmico (MIG) e jejum, enquanto que Stevenson et al.16 16. Stevenson EJ, Astbury NM, Simpson EJ, Taylor MA, Macdonald IA. Fat Oxidation during Exercise and Satiety during Recovery Are Increased following a Low-Glycemic Index Breakfast in Sedentary Women. J Nutr. 2009;139:890-7.testaram refeições de AIG e baixo índice glicêmico (BIG).

Em relação ao período pós-prandial, a área abaixo da curva glicêmica (AACG) não apresentou diferenças significativas entre os procedimentos nutricionais (AIG e MIG) no primeiro estudo citado1515. Backhouse SH, Williams C, Stevenson E, Nute M. Effects of the glycemic index of breakfast on metabolic responses to brisk walking in females. Eur J Clin Nutr. 2007;61:590-6., mas estes apresentaram a AACG significativamente maior em relação ao procedimento de jejum. Já no segundo estudo1616. Stevenson EJ, Astbury NM, Simpson EJ, Taylor MA, Macdonald IA. Fat Oxidation during Exercise and Satiety during Recovery Are Increased following a Low-Glycemic Index Breakfast in Sedentary Women. J Nutr. 2009;139:890-7., a AACG foi significativamente maior na refeição de AIG em comparação com a de BIG. Essas respostas sugerem que uma diferença modesta no valor do IG das refeições pode acarretar em respostas metabólicas similares.

Com 15 minutos de exercício, no trabalho de Backhouse et al.1515. Backhouse SH, Williams C, Stevenson E, Nute M. Effects of the glycemic index of breakfast on metabolic responses to brisk walking in females. Eur J Clin Nutr. 2007;61:590-6., a glicemia diminuiu significativamente no AIG em relação ao MIG e jejum, e persistiu assim por 30 minutos, já no final do exercício os valores glicêmicos foram similares, o que também foi observado no estudo de Stevenson et al. 1515. Backhouse SH, Williams C, Stevenson E, Nute M. Effects of the glycemic index of breakfast on metabolic responses to brisk walking in females. Eur J Clin Nutr. 2007;61:590-6..

Embora a similaridade das respostas entre AIG e MIG, o procedimento alimentar de MIG parece manter mais estável a glicemia, o que pode influenciar o praticante a não abandonar o exercício por sintomas hipoglicêmicos, como náuseas e tontura1212. McArdle WD, Katch FI, Katch LF. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003..

Apesar do período de 1 a 3 horas de ingestão pré-exercício ser tempo suficiente para restaurar o equilíbrio hormonal1212. McArdle WD, Katch FI, Katch LF. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003., e assim atingir valores normoglicêmicos antes da atividade física (70 a 99 mg/dL)1717. ADA. Standards of Medical Care in Diabetes - 2012. Diabetes Care 2012; 35: S11-S63., trata-se de um tempo impraticável para quem se exercita nas primeiras horas do dia.

Com duas horas de ingestão prévia foram selecionados quatro artigos1818. Chen Y, Wong SH, Wong C, Lam C, Huang Y, Siu PM. The effect of a pre-exercise carbohydrate meal on immune responses to an endurance performance run. Br J Nutr. 2008;100:1260-8. , 2121. Wong SHS, Chan OW, Chen YJ, Hu HL, Lam CW, Chung PK. Effect of Preexercise Glycemic-lndex Meal on Running When CHO-Electrolyte Solution Is Consumed During Exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2009;19:222-42., sendo que os dois primeiros1818. Chen Y, Wong SH, Wong C, Lam C, Huang Y, Siu PM. The effect of a pre-exercise carbohydrate meal on immune responses to an endurance performance run. Br J Nutr. 2008;100:1260-8. , 1919. Chen YJ, Wong SH, Wong CK, Lam CW, Huang YJ, Siu PM. Effect of Preexercise Meals With Different Glycemic Indices and Loads on Metabolic Responses and Endurance Running. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2008;18:281-300. tratam do mesmo trabalho, mas com abordagens diferentes, no entanto, os resultados são semelhantes.

Estes estudos, sem excessão, avaliaram uma amostra masculina, treinada em corrida e com condicionamento comparável, submetida a exercício em esteira, sempre iniciando com intensidade contínua de 70% do VO2máx e encorajados a percorrer determinada distância no menor tempo possível, sendo nos dois primeiros estudos1818. Chen Y, Wong SH, Wong C, Lam C, Huang Y, Siu PM. The effect of a pre-exercise carbohydrate meal on immune responses to an endurance performance run. Br J Nutr. 2008;100:1260-8. , 1919. Chen YJ, Wong SH, Wong CK, Lam CW, Huang YJ, Siu PM. Effect of Preexercise Meals With Different Glycemic Indices and Loads on Metabolic Responses and Endurance Running. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2008;18:281-300. durante 60 minutos seguidos de 10 km de sprint, e nos demais2020. Chen YJ, Wong SHS, Chan COW, Wong CK, Lam CW, Siu PMF. Effects of glycemic index meal and CHO-electrolyte drink on cytokine response and run performance in endurance athletes. J Sci Med Sport. 2009; 12:697-703. , 2121. Wong SHS, Chan OW, Chen YJ, Hu HL, Lam CW, Chung PK. Effect of Preexercise Glycemic-lndex Meal on Running When CHO-Electrolyte Solution Is Consumed During Exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2009;19:222-42. durante 5 km seguidos de 21 km de sprint.

Nos estudos de Chen et al. 1818. Chen Y, Wong SH, Wong C, Lam C, Huang Y, Siu PM. The effect of a pre-exercise carbohydrate meal on immune responses to an endurance performance run. Br J Nutr. 2008;100:1260-8. , 1919. Chen YJ, Wong SH, Wong CK, Lam CW, Huang YJ, Siu PM. Effect of Preexercise Meals With Different Glycemic Indices and Loads on Metabolic Responses and Endurance Running. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2008;18:281-300., nos quais foram testados diferentes IG e carga glicêmica (CG), a AACG no período pós-prandial foi significativamente maior na refeição de AIG/ACG (AIG/alta carga glicêmica) em relação à de AIG/BCG (AIG/baixa carga glicêmica) e de BIG/BCG.

Além disso, durante o exercício as refeições com BCG mantiveram igualmente as concentrações glicêmicas. Em 20 minutos de exercício (70% do VO2máx), a dieta de BIG/BCG apresentou o maior nível glicêmico em exercício, sendo significativamente maior do que a refeição de AIG/ACG, que nesse tempo obteve uma diminuição rápida na glicemia, porém não atingiu valores hipoglicêmicos (< 70 mg/dL)1717. ADA. Standards of Medical Care in Diabetes - 2012. Diabetes Care 2012; 35: S11-S63..

Nesses dois estudos1818. Chen Y, Wong SH, Wong C, Lam C, Huang Y, Siu PM. The effect of a pre-exercise carbohydrate meal on immune responses to an endurance performance run. Br J Nutr. 2008;100:1260-8. , 1919. Chen YJ, Wong SH, Wong CK, Lam CW, Huang YJ, Siu PM. Effect of Preexercise Meals With Different Glycemic Indices and Loads on Metabolic Responses and Endurance Running. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2008;18:281-300., os autores concluíram que refeições de BCG, mesmo com diferentes IG, induzem a melhor mudança metabólica durante o período pós-prandial e durante o exercício do que com ACG. Deve-se, ainda, destacar que a refeição de AIG pode não ser recomendada, pois foi observado nesse mesmo trabalho maior incidência de desconforto abdominal para a dieta de AIG/BCG.

Já nos trabalhos de Chen et al. e Wong et al. 2020. Chen YJ, Wong SHS, Chan COW, Wong CK, Lam CW, Siu PMF. Effects of glycemic index meal and CHO-electrolyte drink on cytokine response and run performance in endurance athletes. J Sci Med Sport. 2009; 12:697-703. , 2121. Wong SHS, Chan OW, Chen YJ, Hu HL, Lam CW, Chung PK. Effect of Preexercise Glycemic-lndex Meal on Running When CHO-Electrolyte Solution Is Consumed During Exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2009;19:222-42., que possuem o mesmo desenho experimental, testando refeições pré-exercício de AIG, BIG e controle, mas com consumo de bebida CHO durante o exercício, a AACG no período pós-prandial foi significativamente maior no AIG em relação às outras duas sessões experimentais.

Porém, em ambos os estudos2020. Chen YJ, Wong SHS, Chan COW, Wong CK, Lam CW, Siu PMF. Effects of glycemic index meal and CHO-electrolyte drink on cytokine response and run performance in endurance athletes. J Sci Med Sport. 2009; 12:697-703. , 2121. Wong SHS, Chan OW, Chen YJ, Hu HL, Lam CW, Chung PK. Effect of Preexercise Glycemic-lndex Meal on Running When CHO-Electrolyte Solution Is Consumed During Exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2009;19:222-42. a resposta glicêmica foi semelhante durante o exercício entre as refeições testadas. Dessa forma, o consumo de CHO durante o exercício parece minimizar as diferenças metabólicas advindas do IG da refeição, pois é uma fonte energética prontamente absorvida, sem necessitar da produção de insulina1212. McArdle WD, Katch FI, Katch LF. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003., garantindo a manutenção da glicemia em níveis normoglicêmicos.

Com uma proposta de estudo diferente, Cocate et al. 2222. Cocate PG, Pereira LG, Marins JCB, Cecon PR, Bressan J, Alfenas RCG. Metabolic responses to high glycemic index and low glycemic index meals: a controlled crossover clinical trial. Nutr J. 2011;10:1-10. avaliaram o efeito de duas refeições diárias de AIG ou BIG por cinco dias consecutivos, em uma amostra também composta por homens, porém submetidos ao exercício em cicloergômetro, a uma intensidade superior (85 a 95% da FCmáx) por 30 minutos, que foi realizado 90 minutos após o desjejum no primeiro e quinto dia do período da intervenção.

Neste estudo2222. Cocate PG, Pereira LG, Marins JCB, Cecon PR, Bressan J, Alfenas RCG. Metabolic responses to high glycemic index and low glycemic index meals: a controlled crossover clinical trial. Nutr J. 2011;10:1-10. o pico glicêmico foi atingido após 30 minutos, sendo o único momento em que houve diferença significativa entre as refeições pré-exercício, com a de AIG atingindo valores maiores em relação à de BIG no primeiro e quinto dias do teste. Além disso, a AACG foi significativamente maior após o consumo de AIG em relação ao BIG.

Apesar de não haver diferença significativa entre os dias de teste para a refeição de BIG, observou-se uma diferença temporal entre 30 e 60 minutos após a ingestão no quinto dia, com níveis mais elevados em 30 minutos, sugerindo que a resposta glicêmica mais estável, esperada após o consumo de BIG, pode não ser mantida quando alimentos de BIG são ingeridos por vários dias consecutivos.

Esse resultado ressalta a importância de um acompanhamento nutricional por um profissional da área, não permitindo que o organismo sofra uma estagnação metabólica.

Com 45 minutos de ingestão pré-exercício três estudos foram selecionados2323. Kern M, Heslin CJ, Rezende RS. Metabolic and performance effects of raisins versus sports gel as pre-exercise feedings in cyclists. J Strength Cond Res. 2007;21:1204-7.

24. Moore LJS, Midgley AW, Thomas G, Thurlow S, McNaughton LR. The Effects of Low - and High - Glycemic Index Meals on Time Trial Performance. Int J Sports Physiol Perform. 2009;4:331-44.
- 2525. Moore LJS, Midgley AW, Thurlow S, Thomas G, Mc Naughton LR. Effect of the glycaemic index of a pre-exercise meal on metabolism and cycling time trial performance. J Sci Med Sport. 2010;13:182-8., todos realizaram exercício em cicloergômetro com intensidade alta, e para isso contavam com uma amostra bem treinada, sendo que o primeiro estudo avaliou homens e mulheres, enquanto os outros, apenas homens.

O estudo de Kern et al. 2323. Kern M, Heslin CJ, Rezende RS. Metabolic and performance effects of raisins versus sports gel as pre-exercise feedings in cyclists. J Strength Cond Res. 2007;21:1204-7. avaliou o efeito de uma alimentação pré-exercício de AIG e MIG, e a resposta glicêmica foi avaliada apenas no momento pré e pós exercício. No resultado, observou-se uma diminuição significativa da glicemia com o exercício em ambos os procedimentos, e esta resposta foi similar entre os gêneros.

Este comportamento sugere que a diferença glicêmica não foi suficiente para obter um impacto significativo na glicemia, o que também foi observado no estudo de Backhouse et al. 1515. Backhouse SH, Williams C, Stevenson E, Nute M. Effects of the glycemic index of breakfast on metabolic responses to brisk walking in females. Eur J Clin Nutr. 2007;61:590-6..

Nos outros dois estudos2424. Moore LJS, Midgley AW, Thomas G, Thurlow S, McNaughton LR. The Effects of Low - and High - Glycemic Index Meals on Time Trial Performance. Int J Sports Physiol Perform. 2009;4:331-44. , 2525. Moore LJS, Midgley AW, Thurlow S, Thomas G, Mc Naughton LR. Effect of the glycaemic index of a pre-exercise meal on metabolism and cycling time trial performance. J Sci Med Sport. 2010;13:182-8. foram testadas refeições de AIG e BIG, e em ambos a glicemia teve um aumento significativamente maior nos 45 minutos pós-prandial no AIG. Porém, apenas o estudo de Moore et al. 24 24. Moore LJS, Midgley AW, Thomas G, Thurlow S, McNaughton LR. The Effects of Low - and High - Glycemic Index Meals on Time Trial Performance. Int J Sports Physiol Perform. 2009;4:331-44. apresentou diferença entre os procedimentos durante o exercício, sendo que após 20 minutos de exercício com ingestão de BIG a glicemia se manteve mais alta em relação ao AIG em todos os outros pontos de medição, mas significativamente maior apenas no fim do exercício.

Apesar da glicemia ter se mantido em níveis normoglicêmicos durante todo o exercício nos dois estudos citados a cima2424. Moore LJS, Midgley AW, Thomas G, Thurlow S, McNaughton LR. The Effects of Low - and High - Glycemic Index Meals on Time Trial Performance. Int J Sports Physiol Perform. 2009;4:331-44. , 2525. Moore LJS, Midgley AW, Thurlow S, Thomas G, Mc Naughton LR. Effect of the glycaemic index of a pre-exercise meal on metabolism and cycling time trial performance. J Sci Med Sport. 2010;13:182-8., diferentemente dos demais trabalhos selecionados para essa revisão, esses apresentaram um achado em comum, observaram valores de glicemia abaixo de 63 mg/dL (3,5 mmol/L) durante o exercício, sendo que foram dois indivíduos no estudo de Moore et al. 2424. Moore LJS, Midgley AW, Thomas G, Thurlow S, McNaughton LR. The Effects of Low - and High - Glycemic Index Meals on Time Trial Performance. Int J Sports Physiol Perform. 2009;4:331-44. e três no trabalho de Moore et al. 2525. Moore LJS, Midgley AW, Thurlow S, Thomas G, Mc Naughton LR. Effect of the glycaemic index of a pre-exercise meal on metabolism and cycling time trial performance. J Sci Med Sport. 2010;13:182-8., tanto no procedimento com AIG quanto no de BIG.

No entanto, em nenhum episódio foram relatados sintomas de hipoglicemia, e não foi citado nos trabalhos se os avaliados foram os mesmos em ambos os procedimentos, o que reforçaria o posicionamento de Jeukendrup et al. 33. Jeukendrup AE, Killer SC. The Myths Surrounding Pre-Exercise Carbohydrate Feeding. Ann Nutr Metab. 2010;57:18-25. a partir da observação de alguns estudos realizado pelo seu grupo de trabalho, que alguns indivíduos são mais propensos a desenvolver hipoglicemia enquanto outros são mais resistentes, embora ainda não esteja claro na literatura todos os fatores que contribuem para essa suscetibilidade individual.

Diante disso, é recomendado um estudo individual, por parte de um nutricionista, destinado a identificar a existência dessa suscetibilidade, com a intenção de encontrar soluções para evitar episódios de hipoglicemia.

Neste sentido, a partir dos resultados discutidos nessa revisão, essas soluções poderiam ser a preferência pela ingestão de CHO de BIG antes da atividade, a adoção de um tempo de ingestão pré-exercício mais longo, o consumo de bebida CHO durante o exercício, ou até mesmo o consumo de CHO bem próximo ao início do exercício, como apresentado no estudo de Karamanolis et al. 2626. Karamanolis IA, Laparidis KS, Volaklis KA, Douda HT, Tokmakidis SP. The Eff ects of Pre-Exercise Glycemic Index Food on Running Capacity. Int J Sports Med. 2011;32:666-71..

Por fim, os autores2626. Karamanolis IA, Laparidis KS, Volaklis KA, Douda HT, Tokmakidis SP. The Eff ects of Pre-Exercise Glycemic Index Food on Running Capacity. Int J Sports Med. 2011;32:666-71. avaliaram o consumo alimentar 15 minutos pré-exercício, comparando o efeito de refeições de AIG, BIG e placebo, em uma amostra composta por homens durante um exercício em esteira com intensidade variando progressivamente de 60 a 80% do VO2máx, aproximadamente durante 90 minutos, pois se tratava de um exercício até a exaustão.

Com 15 minutos pós-prandiais a glicemia aumentou significativamente no AIG em relação às outras duas condições, mas após 15 minutos de exercício a concentração glicêmica caiu rapidamente nessa mesma condição, tendendo ao mesmo nível do BIG e placebo. Em seguida, a glicemia aumentou gradualmente durante o exercício em todos os procedimentos, sendo significativamente maior no final do exercício no BIG em relação aos demais.

Apesar de 15 minutos pré-exercício para ingestão alimentar ser um tempo que mais se aproxima da realidade do praticante de atividade física matinal, era esperado uma redução acentuada na glicemia na fase inicial do exercício, normalmente 15 minutos, devido ao efeito somatório da ação da insulina e da contração muscular no consumo da glicose33. Jeukendrup AE, Killer SC. The Myths Surrounding Pre-Exercise Carbohydrate Feeding. Ann Nutr Metab. 2010;57:18-25. , 77. Mondazzi L, Arcelli E. Glycemic Index in Sport Nutrition. J Am Coll Nutr. 2009;28:455S-63S.. Porém, não foi o que ocorreu nesse estudo2626. Karamanolis IA, Laparidis KS, Volaklis KA, Douda HT, Tokmakidis SP. The Eff ects of Pre-Exercise Glycemic Index Food on Running Capacity. Int J Sports Med. 2011;32:666-71., o que sugere que esse período de 15 minutos entre a refeição e o exercício pode não ser suficiente para aumentar a insulina a seu nível máximo de ação, que ocorre entre 20 a 40 minutos33. Jeukendrup AE, Killer SC. The Myths Surrounding Pre-Exercise Carbohydrate Feeding. Ann Nutr Metab. 2010;57:18-25..

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É possível considerar que existem evidências científicas indicando que alimentos de BIG causam menor alteração glicêmica pós-prandial, o que pode acarretar em um comportamento mais estável ao longo do exercício, tornando-se uma estratégia nutricional mais conservadora para a população em geral.

Deve-se destacar ainda que uma refeição oferecida entre 15 e 45 minutos antes do início do exercício pode não ser o mais indicado, devido ao pico de ação da insulina ocorrer normalmente nesse período, o que somado à ação da contração muscular poderia desencadear um quadro de hipoglicemia de rebote. Além disso, existe a necessidade de estudos futuros que determinem e expliquem quais fatores contribuem para a suscetibilidade individual para desenvolver hipoglicemia.

REFERÊNCIAS

  • 1
    Burke LM, Hawley JA, Wong SHS, Jeukendrup AE. Carbohydrates for training and competition. J Sports Sci. 2011;29:S17-S27.
  • 2
    Jenkins DJA, Wolever TMS, Taylor RH, Barker H, Fielden H, Baldwin JM, et al. Glycemic index of foods: a physiological basis for carbohydrate exchange. Am J Clin Nutr. 1981;34:362-6.
  • 3
    Jeukendrup AE, Killer SC. The Myths Surrounding Pre-Exercise Carbohydrate Feeding. Ann Nutr Metab. 2010;57:18-25.
  • 4
    Brand-Miller J, Buyken AE. The glycemic index issue. Curr Opin Lipidol. 2012;23:62-7.
  • 5
    Brand-Miller J, McMillan-Price J, Steinbeck K, Caterson I. Dietary Glycemic Index: Health Implications. J Am Coll Nutr. 2009;28:446S-9S.
  • 6
    Esfahani A, Wong JMW, Mirrahimi A, Srichaikul K, Jenkins DJA, Kendall CWC. Glycemic Index: Physiological Significance. J Am Coll Nutr. 2009;28:439S-45S.
  • 7
    Mondazzi L, Arcelli E. Glycemic Index in Sport Nutrition. J Am Coll Nutr. 2009;28:455S-63S.
  • 8
    O' Reilly J, Wong SHS, Chen Y. Glycemic Index, Glycaemic Load and Exercise Performance. Sports Med. 2010;40:27-39.
  • 9
    Faria VC, Cazal MM, Cabral CAC, Marins JCB. Influência do índice glicêmico na glicemia em exercício físico aeróbico. Motriz: Rev de Educ Fís. 2011;17: 395-405.
  • 10
    Cocate PG, Marins JCB. Efeito de três ações de "café da manhã" sobre a glicose sanguínea durante um exercício de baixa intensidade realizado em esteira rolante. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2007;9:67-75.
  • 11
    Altoé JL, Silva RP, Ferreira FG, Makkai L, Amorim PRS, Volpe S, et al. Blood glucose changes before and during exercise with three meal conditions. Gazzetta Medica Italiana. Arch Sci Med. (Testo stampato) 2011;170:177-84.
  • 12
    McArdle WD, Katch FI, Katch LF. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
  • 13
    Coyle EF, Coggan AR, Hemmert MK, Lowe RC, Walters TJ. Substrate usage during prolonged exercise following a preexercise meal. J Appl Physiol. 1985;59:429-33.
  • 14
    Nybo L, Moller K, Pedersen BK, Nielsen B, Secher NH. Association between fatigue and failure to preserve cerebral energy turnover during prolonged exercise. Acta Physiol Scand. 2003;179:67-74.
  • 15
    Backhouse SH, Williams C, Stevenson E, Nute M. Effects of the glycemic index of breakfast on metabolic responses to brisk walking in females. Eur J Clin Nutr. 2007;61:590-6.
  • 16
    Stevenson EJ, Astbury NM, Simpson EJ, Taylor MA, Macdonald IA. Fat Oxidation during Exercise and Satiety during Recovery Are Increased following a Low-Glycemic Index Breakfast in Sedentary Women. J Nutr. 2009;139:890-7.
  • 17
    ADA. Standards of Medical Care in Diabetes - 2012. Diabetes Care 2012; 35: S11-S63.
  • 18
    Chen Y, Wong SH, Wong C, Lam C, Huang Y, Siu PM. The effect of a pre-exercise carbohydrate meal on immune responses to an endurance performance run. Br J Nutr. 2008;100:1260-8.
  • 19
    Chen YJ, Wong SH, Wong CK, Lam CW, Huang YJ, Siu PM. Effect of Preexercise Meals With Different Glycemic Indices and Loads on Metabolic Responses and Endurance Running. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2008;18:281-300.
  • 20
    Chen YJ, Wong SHS, Chan COW, Wong CK, Lam CW, Siu PMF. Effects of glycemic index meal and CHO-electrolyte drink on cytokine response and run performance in endurance athletes. J Sci Med Sport. 2009; 12:697-703.
  • 21
    Wong SHS, Chan OW, Chen YJ, Hu HL, Lam CW, Chung PK. Effect of Preexercise Glycemic-lndex Meal on Running When CHO-Electrolyte Solution Is Consumed During Exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2009;19:222-42.
  • 22
    Cocate PG, Pereira LG, Marins JCB, Cecon PR, Bressan J, Alfenas RCG. Metabolic responses to high glycemic index and low glycemic index meals: a controlled crossover clinical trial. Nutr J. 2011;10:1-10.
  • 23
    Kern M, Heslin CJ, Rezende RS. Metabolic and performance effects of raisins versus sports gel as pre-exercise feedings in cyclists. J Strength Cond Res. 2007;21:1204-7.
  • 24
    Moore LJS, Midgley AW, Thomas G, Thurlow S, McNaughton LR. The Effects of Low - and High - Glycemic Index Meals on Time Trial Performance. Int J Sports Physiol Perform. 2009;4:331-44.
  • 25
    Moore LJS, Midgley AW, Thurlow S, Thomas G, Mc Naughton LR. Effect of the glycaemic index of a pre-exercise meal on metabolism and cycling time trial performance. J Sci Med Sport. 2010;13:182-8.
  • 26
    Karamanolis IA, Laparidis KS, Volaklis KA, Douda HT, Tokmakidis SP. The Eff ects of Pre-Exercise Glycemic Index Food on Running Capacity. Int J Sports Med. 2011;32:666-71.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Mar-Apr 2014

Histórico

  • Recebido
    24 Nov 2012
  • Aceito
    26 Mar 2013
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278, 6º and., 01318-901 São Paulo SP, Tel.: +55 11 3106-7544, Fax: +55 11 3106-8611 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: atharbme@uol.com.br