RESUMO
Introdução:
A musculatura do atleta pode ser debilitada com a fadiga ocasionada pelo excesso de atividade. Essa limitação compromete sua capacidade funcional e desempenho profissional. O desempenho nas competições correlaciona-se positivamente com a qualidade da função muscular. A análise das alterações provocadas por distintas atividades atléticas na contração muscular pela tensiomiografia não invasiva reflete o estado funcional dos músculos, porém não há experimentos adaptados para verificar o grau de risco de fadiga.
Objetivo:
Verificar a possível relação entre exercício e fadiga neuromuscular utilizando tensiomiografia não invasiva.
Métodos:
90 atletas foram selecionados aleatoriamente nos esportes de halterofilismo, badminton e atletismo. Foram coletados os índices de deslocamento radial máximo, tempo de contração, tempo de atraso, duração e tempo de relaxamento. A detecção de fadiga muscular foi baseada no método de modelagem da decomposição do modo empírico com o conceito de taxa de flutuação de sensibilidade de Rogers. Os valores dos três grupos foram coletados no músculo reto femoral antes e depois dos exercícios. Foram tratados estatisticamente e comparados(P<0,05).
Resultados:
Todos os grupos de atletas apresentaram um declínio nos valores de deslocamento radial máximo após o exercício. Isso revela que seus músculos estão em grande estado de tensão, especialmente no grupo de atletismo (de 8.57±3.42mm para 5.43±2.14mm). A menor alteração no tempo de atraso, porém, foi observada no grupo de halterofilismo (16.21±4.15ms iniciais contra 18.34±3.27ms finais).
Conclusão:
Através da tecnologia de tensiomiografia foi possível obter a relação entre exercício e fadiga neuromuscular analisando os efeitos da atividade física de forma não invasiva. Nível de evidência II; Estudos Terapêuticos - Investigação de Resultados.
Descritores:
Esportes; Traumatismos em Atletas; Eletrodiagnóstico; Fadiga Muscular