RESUMO
Introdução:
Os exercícios prévios de alongamento estático (AE) podem promover decréscimo transitório da força muscular. Características dos protocolos de AE e da amostra estudada podem interferir no desempenho neuromuscular subsequente às rotinas de alongamento.
Objetivo:
Investigar o efeito agudo de dois diferentes volumes de AE sobre o sistema neuromuscular de mulheres jovens e idosas durante a execução do leg press horizontal.
Métodos:
Vinte e quatro mulheres (12 jovens e 12 idosas), aparentemente saudáveis, compareceram ao local de realização do experimento em seis ocasiões distintas. Nas três primeiras visitas realizaram-se coleta dos dados pessoais, de dados antropométricos, familiarização com o protocolo de AE e registro de esforço isométrico no leg press horizontal. Nas três últimas visitas, foram realizados registros da curva força-tempo isométrica e atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos vasto medial e vasto lateral após realização de uma de três condições experimentais: controle (sem alongamento), alongamento com volume total de 60 segundos e 120 segundos. A ordem das condições experimentais foi aleatorizada. O protocolo de AE envolveu três exercícios executados em duas séries de 30 segundos (AE60) ou em quatro séries de 30 segundos (AE120). O teste ANOVA two-way foi utilizado para análises dos dados.
Resultados:
Nenhuma das rotinas de AE acarretou alteração de taxa de desenvolvimento de força (TDF), contração voluntária máxima e atividade EMG nas mulheres jovens e idosas.
Conclusões:
Diferentes volumes de AE, em conformidade com recomendações atuais, não influenciaram o desempenho neuromuscular de mulheres jovens e idosas no exercício leg press horizontal.
Descritores:
amplitude de movimento articular; força muscular; envelhecimento