RESUMO
Introdução:
Maiores níveis de aptidão física estão associados à melhor qualidade de vida e indicadores de saúde e desempenho nas forças policiais.
Objetivo:
Este estudo visa descrever e avaliar o nível de aptidão cardiorrespiratória e neuromuscular de uma amostra nacional de policiais rodoviários federais.
Métodos:
Estudo transversal, com dados de 6.212 agentes da Polícia Rodoviária Federal. Como desfechos, consideraram-se: resistência abdominal (RA); resistência muscular de membros superiores (RMMS); força muscular de membros superiores (FMMS) e aptidão cardiorrespiratória (AC). Foram incluídas as seguintes variáveis independentes: sexo, idade, região geográfica de exercício do cargo e participação no Programa de Educação Física Institucional (PEFI). O modelo de regressão linear foi utilizado para testar a associação entre desfechos e variáveis independentes.
Resultados:
A maior proporção dos policiais obteve conceito excelente para desfechos neuromusculares (RA: 63,9% homens, 69,6% mulheres; RMMS: 68,8% homens, 61,8% mulheres; FMMS: 22,2% homens, 40,0% mulheres). Na AC, maior percentual foi dos conceitos médio e bom (respectivamente, 30,6% e 43,0% para homens, 39,1% e 39,2% para mulheres). Os policiais do sexo masculino foram mais aptos do que os do sexo feminino, exceto para o desfecho de FMMS. Houve queda de aptidão em todos os desfechos conforme a idade. Os policiais da região norte foram mais aptos em comparação com as demais regiões. Os policiais não inscritos no PEFI foram mais aptos em comparação com os inscritos.
Conclusão:
Os Policiais Rodoviários Federais têm bons níveis de aptidão física, que declina com a idade. Nível de evidência III; Estudo de pacientes não consecutivos; sem padrão de referência "ouro"aplicado uniformemente.
Descritores:
Polícia; Aptidão física; Resistência física; Força muscular; Saúde