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FORÇA MUSCULAR E MASSA MAGRA REGIONAL INFLUENCIAM A SAÚDE MINERAL ÓSSEA ENTRE JOVENS MULHERES

RESUMO

Introdução:

O treinamento de força é capaz de estimular o metabolismo do tecido ósseo, aumentando o estresse mecânico sobre o sistema esquelético. No entanto, a relação direta ainda não está bem estabelecida entre as mulheres mais jovens, uma vez que deve ser descrito qual nível de aprimoramento da força é capaz de induzir mudanças efetivas na integridade óssea.

Objetivos:

Este estudo analisou a influência da força muscular sobre o conteúdo mineral ósseo (BMC) e a densidade mineral óssea (BMD) entre estudantes universitárias.

Métodos:

Quinze mulheres (24,9±7,2 anos) foram avaliadas quanto à composição regional e corporal através de absorciometria com raios-X de dupla energia (DEXA). Os testes de repetição máxima (1RM) foram avaliados no supino reto (SR), puxada alta (PA), flexão do joelho (FJ), extensão do joelho (EJ) e leg press 45° (LP45). A regressão linear analisou as relações de BMC/BMD com a composição regional e valores dos testes 1RM. As medidas de dispersão e erro (R2 aj e SEE) foram testadas definindo p ≤0,05. Resultados: O valor médio do BMC corporal foi de 1925,6 ± 240,4 g e BMD de 1,03 ± 0,07 g/cm2. A massa magra (MM) foi relacionada ao BMC (R2 aj=0,86, p<0,01 e SEE=35,6 g) e à BMD (R2 aj=0,46, p<0,01, SEE = 0,13 g/cm2) nos membros inferiores (MI). Os testes 1RM no SR associaram-se com o BMC e à BMD (R2 aj=0,52, p<0,01, SEE=21,4 g, e R2 aj=0,68, p<0,01, SEE=0,05 g/cm2, respectivamente) nos membros superiores, assim como os testes 1RM na EJ relacionaram-se ao BMC e à BMD (R2 aj=0,56, p<0,01, SEE=62,6 g, e R2 aj=0,58, p<0,01, SEE=0,11 g/cm2, respectivamente) nos MI.

Conclusões:

Dessa forma, os testes 1RM para exercícios multiarticulares são relevantes para o BMC/BMD regional, intensificando a necessidade de incluir exercícios resistivos nas rotinas de treinamento com o propósito de melhorar a força muscular e a massa magra regional e, portanto, assegurar uma massa mineral óssea saudável. Nível de Evidência II; Desenvolvimento de critérios diagnósticos em pacientes consecutivos (com padrão de referência “ouro” aplicado).

Descritores:
Composição corporal; Força muscular; Absorciometria de fóton; Densidade óssea; Adultos jovens

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