Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Volume: 19, Número: 4, Publicado: 2013
  • Associação entre atividade física e fatores de risco cardiovasculares em indivíduos de um programa de reabilitação cardíaca Artigos Originais

    Bernardo, Aline Fernanda Barbosa; Rossi, Renata Claudino; Souza, Naiara Maria de; Pastre, Carlos Marcelo; Vanderlei, Luiz Carlos Marques

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: A prática de atividade física (AF) apresenta relação inversa com fatores de risco (FR) de doenças cardiovasculares, com efeitos positivos na qualidade de vida e em outras variáveis físicas e psicológicas. Contudo, não estão estabelecidos os benefícios das atividades cotidianas. OBJETIVO: Investigar a prevalência e a associação entre dos fatores de risco cardiovasculares e diversas categorias de atividade física de pacientes de um programa de reabilitação cardíaca. MÉTODOS: Avaliou-se 69 participantes e foram verificados peso, altura e pressão arterial. Logo após, os pacientes responderam aos questionários autorreferidos para avaliar o nível de atividade física, nível de estresse e verificar a presença dos FR. Utilizou-se regressão logística para estimar a razão de chance. RESULTADOS: Encontrou-se alta prevalência de FR nos indivíduos, sendo idade e hipertensão arterial mais prevalentes, enquanto tabagismo e estresse apresentaram menor prevalência. A maioria foi classificada como sedentária, exceto para AF de locomoção (AFL). CONCLUSÃO: Há alta prevalência de FR em pacientes que frequentam programas de reabilitação cardíaca e os sedentários possuem maior chance de apresentarem os FR hipertensão arterial, obesidade, tabagismo, álcool e estresse que os ativos, dependendo da categoria de AF.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Physical activity (PA) practice presents an inverse relation with risk factors (RF) of cardiovascular disease, with positive effects in quality of life and other physical and psychological variables. However, the benefits of daily activities have not been established. OBJECTIVE: To investigate the prevalence and association of cardiovascular risk factors and physical activity in different categories of patients under a cardiac rehabilitation program. METHODS: 69 participants of a cardiac rehabilitation program were evaluted and weigth, heigth and blood pressure were checked. Afterwards, the patients answered questionnaires to assess self-reported physical activity level, stress level and verify the presence of RF. Logistic regression ws used to estimate odds ratio. RESULTS: High prevalence of RF was found in the subjects, age and hypertension were more prevalent while smoking and stress had lower prevalence. Most individuals were classified as sedentary, except for locomotion PA (LPA). CONCLUSION: That there is high prevalence of RF in patients attending cardiac rehabilitation programs, while sedentary ones are more likely to have the RF hypertension, obesity, smoking, alcohol and stress than the active ones, depending on the PA category.
  • Dano muscular e perfil imunológico no triatlo ironman Brasil Artigos Originais

    Mara, Lourenço Sampaio de; Carvalho, Tales de; Lineburger, Alexandra Amin; Goldfeder, Ricardo; Lemos, Roberto Melo; Brochi, Leila

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: O triatlo Ironman se caracteriza por ser uma atividade de longa duração em que alterações orgânicas agudas estão presentes. OBJETIVO: verificar a ocorrência de dano muscular e sua relação com o perfil imunológico em triatletas do Ironman - Brasil. MÉTODOS: A amostra de sangue foi obtida de 21 atletas em três momentos: dois dias antes da prova (pré), imediatamente após a prova (pós) e seis dias após a prova (seis dias pós), em que foram analisadas de forma isolada as variáveis creatinoquinase (CK), os leucócitos totais, linfócitos, subtipos de linfócitos CD4+ e CD8+, e relação CD4+/CD8+ e a correlação da CK como marcador de dano muscular, com as demais variáveis. RESULTADOS: As diferenças significativas foram observadas nos leucócitos pré (média: 6.242,9 mm³; DP: 1.233,3) e pós (média: 18.398,1 mm³; DP: 3.904,0; p < 0,0001); pós (média: 18.398,1 mm³; DP: 3.904,0) e seis dias pós (média: 6.396,4 mm³; DP: 1.299,8; p < 0,0001); CK pré (média: 173,2 U/l; DP: 103,7) e pós (média: 2.339,4 U/l; DP: 1.729,0; p < 0,0001), CK pré (média: 173,2 U/l; DP: 103,7) e seis dias pós (média: 368,1 U/l; DP: 274,4; p < 0,0053); CK pós (média: 2.339,4 U/l; DP: 1.729,0) e seis dias pós (média: 368,1 U/l; DP: 274,4; p < 0,0003); CD4+/CD8+ pré (média: 1,9; DP: 0,8) e seis dias pós (média: 2,4; DP: 1,1: p < 0,00032). CONCLUSÃO: Houve dano muscular no período pós-prova imediato e melhora do perfil imunológico após o sexto dia.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: The Ironman triathlon is characterized as an activity of long duration in which acute organic changes are present. OBJECTIVE: To investigate the relationship between muscle damage and immune system. METHODS: Blood samples were obtained from 21 athletes at three different times: 2 days before (pre), immediately after (post) and 6 days after the race (6 days post). The creatine kinase (CK), total leukocytes, lymphocytes, lymphocyte subtypes CD4+ and CD8+ variables were independently assessed, as well as the CD4+ / CD8+ ratio. Additionally, the CK correlation as a marker of muscle damage with the others variables was studied. RESULTS: Significant results observed were: leukocytes pre (6,242.9 mm3; SD: 1,233.3) and post (mean: 18,398.1 mm3; SD: 3,904.0; p< 0.0001), post (mean: 18,398.1 mm3; SD: 3,904.0) and 6 days post race (mean: 6,396.4 mm3; SD: 1299.8; p< 0.0001), CK pre (mean: 173.2 U/l; SD: 103.7) and post (2339.4 U/l; SD: 1729.0; p< 0.0001), CK pre (mean: 173.2 U/l; SD: 103.7) and 6 days post (mean: 368.1 U/l; SD: 274.4; p< 0.0053), CK post (mean: 2339.4 U/l; SD: 1729.0) and 6 days post (mean: 368.1 U/l; DP: 274.4; p< 0.0003), CD4+ / CD8+ pre (mean: 1.9; SD: 0.8) and 6 days post (mean: 2.4; SD: 1.1: p<0.00032). CONCLUSION: There was muscle damage immediately after the race and improvement in immune profile on the sixth day after the race.
  • Efeitos agudos e crônicos de um programa de alongamento estático e dinâmico no rendimento em jovens atletas do futebol Artigos Originais

    Gonçalves, Diego Laureano; Pavão, Tiago Sebastiá; Dohnert, Marcelo Baptista

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: O alongamento é uma técnica terapêutica e pode ser utilizada como forma de aquecimento para aumentar a flexibilidade ou diminuir a dor ao longo do movimento, com objetivos na melhora da performance e redução do risco de lesões. OBJETIVO: Verificar os efeitos agudos e crônicos de um programa de alongamento estático em relação ao dinâmico na performance em jovens atletas do futebol. MÉTODOS: Estudo clínico randomizado de equivalência realizado entre agosto e novembro de 2010 junto à categoria sub-17 do Grêmio Torrense. Após preencherem os critérios de inclusão, atletas foram aleatoriamente alocados em dois grupos: alongamento estático ou alongamento dinâmico. Todos realizaram uma avaliação inicial e foram submetidos à primeira intervenção. Após, foram novamente avaliados e ao término de 12 sessões de treinamento. Foram avaliadas as valências flexibilidade, impulsão, velocidade, força e recrutamento muscular. RESULTADOS: A impulsão horizontal melhorou significativamente nos dois grupos do estudo, porém esta melhora persistiu na fase crônica apenas no grupo alongamento estático (p = 0,02). A flexibilidade aumentou significativamente em ambos os grupos na fase aguda, porém só no grupo estático se verificou o seguimento desta melhora na fase crônica (p = 0,03). As duas formas de alongamento levaram a perda de rendimento no teste de velocidade. Não se observou melhora da força muscular de isquiotibiais ao longo do período do estudo em ambos os grupos. A atividade elétrica dos isquiotibiais diminuiu significativamente na fase aguda para o grupo alongamento estático (p = 0,035) e aumentou significativamente na fase crônica no grupo alongamento dinâmico (p = 0,038). CONCLUSÃO: Neste estudo conclui-se que alongamentos de forma estática melhoram a flexibilidade e impulsão horizontal, enquanto que alongamentos dinâmicos melhoram a ativação muscular.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Stretching is a therapeutic technique and may be used as a form of heating to increase flexibility or decrease pain throughout the movement, with objective to improve performance and reduce the risk of injury. OBJECTIVE: To verify the acute and chronic effects of a program of static stretching compared to the dynamic one in performance of young soccer athletes. METHODS: Randomized clinical study of equivalence carried out between August and November, 2010 with the sub-17 category of the Grêmio Torrense club. After fulfilling the inclusion criteria, the athletes were randomly allocated into two groups: static stretching or dynamic stretching. All of them underwent an initial evaluation and were submitted to the first intervention. They were evaluated once again and at the end of 12 training sessions as well. The flexibility, impulse, speed, strength and muscle recruitment valences were evaluated. RESULTS: The long jump has significantly improved in the two groups study; however, this improvement persisted in the chronic phase only in the group static stretching (p = 0.02). Flexibility increased significantly in both groups in the acute phase, but it only occurred in the group static following this improvement in the chronic phase (p = 0.03). The two examples of stretching led to decrease in performance in the velocity test. No improvement was observed in the hamstrings muscle strength throughout the study period in the two groups. Electric activity of hamstrings significantly decreased in the acute phase for the group static stretching (p = 0.035) while it significantly increased in the chronic phase in the group dynamic stretching (p = 0.038). CONCLUSION: It could be concluded that static stretching improves flexibility and long jump, while dynamic stretching improves muscular activation.
  • Efeitos da diatermia por ondas curtas no torque do músculo quadríceps femoral durante a estimulação elétrica neuromuscular e contração voluntária em indivíduos saudáveis Artigos Originais

    Boldrini, Fábio Chittero; Lopes, Alexandre Dias; Liebano, Richard Eloin

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: A influência dos efeitos do calor no torque em indivíduos de ambos os gêneros é desconhecida, principalmente quando associado à estimulação elétrica. OBJETIVOS: Analisar o efeito da diatermia por ondas curtas no torque do músculo quadríceps femoral gerado pela contração voluntária e eletricamente induzida em indivíduos assintomáticos de ambos os gêneros e avaliar o desconforto gerado pela corrente elétrica. MÉTODOS: Participaram do estudo 26 voluntários, onde foi avaliada a capacidade de produção de torque em um dinamômetro isocinético através de contrações isométricas voluntárias máximas (CIVM) e eletricamente induzida (TEI). Os voluntários foram submetidos a quatro momentos: mensuração do torque através de contração voluntária, contração voluntária após aplicação do calor, contração eletricamente induzida e contração eletricamente induzida após aplicação do calor. O desconforto sensorial durante a estimulação elétrica foi avaliado com a escala visual analógica (EVA). RESULTADOS: O torque no sexo masculino foi maior quando submetido à aplicação da corrente elétrica associado ao calor (p = 0,030). Em relação ao desconforto gerado pela corrente elétrica, foi observado aumento no sexo feminino quando associado ao calor (p = 0,044) comparado ao sexo masculino. CONCLUSÃO: A diatermia por ondas curtas não influenciou o torque produzido pela contração voluntária, porém houve aumento do torque eletricamente induzido (TEI) após aplicação de calor em indivíduos do sexo masculino e aumento do desconforto sensorial gerado pela corrente apenas nos sujeitos do sexo feminino.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: The influence of the heat effects on muscle torque in males and females is still unknown, especially when associated with electrical stimulation. OBJECTIVES: To assess the effects of shortwave diathermy on voluntary and electrically induced torque in healthy males and females, and to assess the discomfort produced by electrical stimulation. METHODS: Twenty-six subjects participated in the study. Voluntary and electrically induced torque was assessed using an isokinetic dynamometer. The subjects were asked to attend 4 different sessions: measurement of maximal voluntary contraction (MVC); MVC after SWD; maximal electrically induced torque (MEIT); MEIT after SWD. Discomfort during MEIT was measured using a visual analogue scale. RESULTS: MEIT was higher in males after SWD (p = 0.030) Females presented more discomfort during MEIT after SWD application (p = 0.044) when compared to males. CONCLUSION: SWD did not affect the MVC; however, there was increase in MEIT after SWD in males and discomfort increase in females.
  • Efeito de regimes de treinamento físico de alto impacto nas propriedades mecânicas de ossos: estudo experimental em ratas wistar Artigos Originais

    Val, Fernando Fonseca de Almeida e; Okubo, Rodrigo; Falcai, Maurício José; Asano, Fábio Senishi; Shimano, Antônio Carlos

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: A realização de atividade física garante benefícios ao tecido ósseo uma vez que o estresse provocado pelo carregamento promove adaptações positivas em suas propriedades mecânicas, sendo sua utilização uma estratégia não farmacológica para fortalecimento ósseo. OBJETIVO: investigar o efeito de protocolos de treinamento de alto impacto com frequências semanais e períodos diferentes nas propriedades mecânicas de ossos de ratas Wistar. MÉTODOS: Foram utilizadas 54 ratas Wistar, idade média de 10 semanas, divididas em seis grupos (n = 9): GCI (grupo controle, quatro semanas, sedentário), GTI3 (treinou três vezes por semana durante quatro semanas), GTI5 (treinou cinco vezes por semana, quatro semanas), GCII (grupo controle, oito semanas, sedentário), GTII3 (treinou três vezes por semana, oito semanas) e GTII5 (treinou cinco vezes por semana, oito semanas). O protocolo de alto impacto consistiu de 10 saltos verticais por sessão. RESULTADOS: Os ossos dos animais que receberam treinamento de alto impacto com frequência semanal elevada por um período maior de tempo mostraram valores superiores de suas propriedades mecânicas força máxima e rigidez relativa quando comparados aos demais grupos. CONCLUSÃO: Os resultados indicam que a realização de um protocolo de treinamento de alto impacto na forma de saltos verticais possui efeitos positivos sobre o tecido ósseo mesmo com frequência semanal reduzida, embora a realização de uma frequência semanal maior por um período mais elevado garanta melhores resultados.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Physical activity has well established benefits on bone mechanical proprieties and is a non-pharmacological treatment strategy of bone weakening pathologies where given loading stress promotes adaptive responses that enhance bone strengthening. OBJECTIVE: to investigate the effect of high-impact exercise training protocols with different durations and weekly frequencies on bone mechanical proprieties of female Wistar rats. METHODS: fifty-four female Wistar rats, 10 weeks old, were divided into six groups (n=9 each): GCI (four week sedentary group, control), GTI3 (trained three times per week, four weeks), GTI5 (trained five times per week, four weeks), GCII (eight week sedentary group, control), GTII3 (trained three times per week, eight weeks) and GTII5 (trained five times per week, eight weeks). The high-impact training protocol was based on the completion of 10 vertical jumps by the animals per session. RESULTS: Bone mechanical proprieties in the groups that trained with higher weekly frequency for longer periods had greater maximum strength and stiffness when compared with the animals that trained less. CONCLUSIONS: the present results indicate that performance of high-impact training protocol has beneficial effects on bone mechanical proprieties, even with low weekly frequency, suggesting hence, that for bone gain, daily work volume is not necessary; however, for greater result, daily exercise does present better outcome.
  • Queixas musculoesqueléticas e procedimentos fisioterapêuticos na delegação brasileira paralímpica durante o mundial paralímpico de atletismo em 2011 Artigos Originais

    Silva, Andressa da; Mattiello, Stela Márcia; Peterson, Ronnie; Zanca, Gisele Garcia; Vital, Roberto; Itiro, Roberto; Winckler, Ciro; Rocha, Edilson Alves da; Tufik, Sergio; Mello, Marco Túlio de

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: O atletismo é uma modalidade esportiva que apresenta grande incidência de lesões musculoesqueléticas. No entanto, são poucas as informações na literatura a respeito das lesões no atletismo paralímpico. OBJETIVO: Descrever o perfil das queixas musculoesqueléticas, a localização anatômica e os recursos fisioterapêuticos utilizados durante o Mundial Paralímpico de Atletismo em Christchurch Nova Zelândia 2011. MÉTODOS: A Delegação Brasileira foi composta por 34 atletas. Foram feitos registros de todos os atendimentos do setor da fisioterapia, diariamente, quanto à queixa, região anatômica acometida e os recursos fisioterapêuticos utilizados. Os atendimentos eram realizados no hotel em que a delegação estava hospedada, bem como no local da competição. Dos 34 atletas, 25 (73,5%) foram atendidos no setor de fisioterapia. RESULTADOS: As principais queixas foram as mialgias (38,4%), seguida pelas artralgias (23%). As regiões mais referidas nas queixas dos atletas foram na coxa (n = 8, 30,7%), seguida pelo joelho (n = 6, 23%). No total foram realizados 428 atendimentos fisioterapêuticos. No hotel, o recurso terapêutico mais utilizado foi o ultrassom (35,1%), seguido do TENS (31,2%), da crioterapia (23,3%). No local da competição, o recurso terapêutico que prevaleceu foi a crioterapia (44,1%), seguida pela massoterapia (37,2%). CONCLUSÃO: Estes resultados contribuem para o conhecimento das principais lesões nesta modalidade esportiva, auxiliando no desenvolvimento de programas direcionados à prevenção das mesmas.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Athletics is an umbrella sport with high incidence of musculoskeletal injuries; however, the literature presents little information on injuries in Paralympics athletics. OBJECTIVE: This study was to describe the profile of the musculoskeletal complaints, their anatomical locations, and physiotherapeutic resources used during the Paralympic Athletics World Championships in Christchurch in 2011. METHODS: The Brazilian delegation included 34 athletes. Their musculoskeletal complaints, affected anatomical regions, and the physiotherapy resources used were daily recorded for all of the physiotherapy sessions. The sessions were held in the hotel that hosted the delegation and at the competition venue. RESULTS: Out of the 34 athletes, 25 (73.5%) were treated at the Department of Physiotherapy. The main complaints were myalgia (38.4%), followed by arthralgia (23%). The region of the body with the most complaints was the thigh (n = 8, 30.7%), followed by the knee (n = 6, 23%). A total of 428 physiotherapy sessions were performed. At the hotel, the mostly used therapeutic approach was the ultrasound (35.1%), followed by TENS (31.2%) and cryotherapy (23.3%). At the competition venue, the mostly used therapeutic approach was cryotherapy (44.1%), followed by massage (37.2%). CONCLUSION: The results of this study contribute to a better understanding of the major injuries in this sport and help to develop programs aimed for injury prevention.
  • O grau de melhora na função das células progenitoras endoteliais derivadas da medula óssea é dependente do volume de treinamento físico aeróbio Artigos Originais

    Fernandes, Tiago; Hashimoto, Nara Yumi; Schettert, Isolmar Tadeu; Nakamuta, Juliana Sanajotti; Krieger, José Eduardo; Oliveira, Edilamar Menezes de

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: A angiogênese muscular esquelética induzida pelo treinamento físico aeróbio (TF) é determinante na melhora da capacidade aeróbia. Entre os fatores envolvidos, as células progenitoras endoteliais (CPE) derivadas da medula óssea são descritas por promoverem o reparo vascular e a angiogênese. Embora o papel do TF sobre os parâmetros das CPE tenha sido investigado, pouco se conhece sobre os efeitos de diferentes volumes de TF sobre a função das CPE da medula óssea, alterações metabólicas e capilarização muscular. OBJETIVO: Testar a hipótese de que o TF melhore a função das CPE da medula óssea, acompanhada por maior capilarização e capacidade oxidativa muscular dependentes do aumento de volume de TF. MÉTODOS: Vinte e uma ratas Wistar foram divididas em três grupos: sedentário controle (SC), treinado protocolo 1 (P1), treinado protocolo 2 (P2). P1: o treinamento de natação consistiu de 60 min, 1x/dia, cinco dias/semana/10 semanas, com 5% de sobrecarga corporal. P2: o mesmo de P1 até a oitava semana, na nona semana os animais treinaram 2x/dia e na 10ª semana 3x/dia. RESULTADOS: O TF promoveu bradicardia de repouso, aumento da tolerância ao esforço, do consumo de oxigênio de pico e da atividade da enzima citrato sintase muscular no grupo P1, sendo estas adaptações mais exacerbadas no grupo P2, indicando que a condição aeróbia foi mais proeminente com este TF. O TF melhorou a função das CPE da medula óssea em P1, sendo ainda maior esta resposta no grupo P2. Em paralelo, observa-se também um aumento no número de capilares dependentes do volume de TF. CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que a medula óssea como o principal reservatório de CPE é influenciada por diferentes volumes de TF, sendo possivelmente responsável pelo maior rendimento físico observado mediante uma maior mobilização endógena de CPE, participantes ativas no processo de angiogênese muscular induzido pelo TF.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Skeletal muscle angiogenesis induced by aerobic exercise training (ET) is crucial in the improvement of the aerobic capacity. The endothelial progenitor cells (EPC) derived from bone marrow have been described for promoting both the vascular repair and angiogenesis. Although the role of the ET on the parameters of the EPC has been investigated, the effect of different volumes of ET on the EPC function in bone marrow, skeletal muscle metabolic alterations and capilarization are unknown. OBJECTIVE: We hypothesized that ET improves the EPC function in bone marrow, accompanied by an increase of skeletal muscle oxidative capacity and angiogenesis dependents of the increase of volume of ET. METHODS: Twenty one Wistar rats were divided into 3 groups: sedentary control (SC), trained protocol 1 (T1) and trained protocol 2 (T2). T1: swimming training consisted of 60 min, 1x/day/10weeks, with 5% body weight load. T2 the same as T1 until 8th week, in the 9th week the rats trained 2x/day and in the 10th week 3x/day. RESULTS: ET promoted resting bradycardia, increase of exercise tolerance, peak oxygen uptake and citrate synthase enzyme activity in the T1 group, being these adaptative responses exacerbate in the P2 group, indicating that the aerobic condition was improved in this group. ET improved the EPC function of the bone marrow in T1, and the response was exacerbed in T2 group. In parallel, an increase in the number of capillaries dependent of ET volume was also observed. CONCLUSION: These findings suggest that the bone marrow as the main reservoir of EPC is influenced by different ET volume, possibly being responsible for the improvement of aerobic performance observed by higher endogenous EPC mobilization, active participants in the process of angiogenesis induced by ET.
  • Utilização da distância total percorrida no teste específico de hoff como preditor da velocidade de limiar anaeróbio no futebol Artigos Originais

    Zagatto, Alessandro Moura; Miyagi, Willian Eiji; Sakugawa, Raphael Luiz; Papoti, Marcelo

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Verificar a utilização da distância total percorrida no teste de Hoff como preditor da intensidade de limiar anaeróbio em jovens futebolistas. MÉTODOS: Para isso, 10 jovens jogadores de futebol (idade de 17 ± 1 ano e massa corporal de 64,3 ± 2,1 kg) participaram do estudo. Os sujeitos foram submetidos aos testes de 12 minutos, lactato mínimo para estimar a velocidade de limiar anaeróbio (vLAn) e ao teste de Hoff específico para o de futebol. O objetivo no teste de Hoff foi percorrer a máxima distância possível em 10 minutos de exercício conduzindo a bola de futebol em um circuito composto por dribles, saltos e corridas em direções diversas. RESULTADOS: A distância total percorrida no teste de 12 minutos foi 2.673,2 ± 64,7 m, a vLAn 11,6 ± 0,3 km.h-1 e a distância percorrida no Hoff 1.458,7 ± 49,6 m. A distância total percorrida no teste de Hoff não foi significativamente correlacionada com a vLAn (r = -0,20; P < 0,05) e com a distância percorrida no teste de 12 minutos (r = -0,15; P < 0,05). No entanto, a vLAn e a velocidade correspondente a 90% da velocidade média no teste de 12 minutos (12,0 ± 0,3 km.h-1) não foram diferentes significativamente e foram significativamente correlacionadas (r = 0,65; P < 0,05). CONCLUSÃO: Assim, pode-se concluir que a distância total percorrida no teste de Hoff não pode ser utilizada para predição da velocidade de limiar anaeróbia em futebolistas.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To verify the use of maximal running distance performed on Hoff test to predict the anaerobic threshold speed (sAnT). METHODS: Ten young soccer players (age of 17 ± 1 years and body mass of 64.3 ± 2.1 kg) were subjects of the study. The subjects performed 12-min test, lactate minimum test to estimate the anaerobic threshold speed and a field test called Hoff. The purpose of Hoff test was to cover the maximum distance during a period of 10min moving a soccer ball through the track by dribbling. RESULTS: The distance covered during 12-min was 2673.2 ± 64.7 m, the sAnT was 11.6 ± 0.3 km.h-1 and distance covered during test Hoff test was 1458.7 ± 49.6 m. The distance covered during Hoff test was not significantly correlated with sAnT (r = -0.20; P > 0.05) and distance covered during 12-min test (r = -0.15; P > 0.05). The sAnT did not differ of speed correspondent 90% at 12-min speed and they were statistically correlated (r = 0.65). CONCLUSION: Thus, we concluded that maximal distance covered during Hoff test cannot provides a valid prediction of the anaerobic threshold speed.
  • Aptidão aeróbia e amplitude dos domínios de intensidade de exercício no ciclismo Artigos Originais

    Caritá, Renato Aparecido Corrêa; Caputo, Fabrizio; Greco, Camila Coelho; Denadai, Benedito Sérgio

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: A determinação dos domínios de intensidade de exercício tem importantes implicações na prescrição do treino aeróbio e na elaboração de delineamentos experimentais. OBJETIVO: Analisar os efeitos do nível de aptidão aeróbia sobre a amplitude dos domínios de intensidade de exercício durante o ciclismo. MÉTODOS: Doze ciclistas (CIC), 11 corredores (COR) e oito indivíduos não treinados (NT) foram submetidos aos seguintes protocolos em diferentes dias: 1) teste progressivo para determinação do limiar de lactato (LL), consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e sua respectiva intensidade (IVO2máx); 2) três testes de carga constante até a exaustão a 95, 100 e 110% IVO2máx para a determinação da potência crítica (PC); 3) testes até a exaustão para determinar a intensidade superior do domínio severo (Isup). As amplitudes dos domínios (moderado < LL; LL > pesado < PC; PC > severo < Isup) foram expressas como percentual da Isup (VO2). RESULTADOS: A amplitude do domínio moderado foi similar entre CIC (52 ± 8%) e COR (47 ± 4%) e significantemente maior no CIC em relação ao NT (41 ± 7%). O domínio pesado foi significantemente menor no CIC (17 ± 6%) em relação ao COR (27 ± 6%) e NT (27 ± 9%). Em relação ao domínio severo não foram encontradas diferenças significantes entre os CIC (31 ± 7%), COR (26 ± 5%) e NT (31 ± 7%). CONCLUSÃO: O domínio pesado de exercício é mais sensível a mudanças determinadas pelo nível de aptidão aeróbia, existindo a necessidade de que se atenda ao princípio da especificidade do movimento, quando se pretende obter um elevado grau de adaptação fisiológica.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: The determination of the exercise intensity domains has important implications for the aerobic training prescription and elaboration of experimental designs. OBJECTIVE: The aim of this study was to analyze the effects of aerobic fitness level on the amplitude of the exercise intensity domains during cycling. METHODS: Twelve cyclists (CYC), eleven runners (RUN) and eight untrained subjects (NT) underwent the following protocols on different days: 1) progressive test to determine lactate threshold (LL), maximal oxygen uptake (VO2max) and its corresponding intensity (IVO(2max); 2) three constant workload tests until exhaustion at 95, 100 and 110% IVO2max to determine critical power (CP); 3) constant workload tests until exhaustion to determine the highest intensity at which VO2max is reached (Isup). RESULTS: The amplitude of the moderate domain was similar between CYC (52 ± 8%) and RUN (47 ± 4%) and significantly greater in CYC when compared with NT (41 ± 7%). The heavy domain was significantly smaller in CYC (17 ± 6%) when compared with RUN (27 ± 6%) and NT (27 ± 9%). In relation to severe domain, there were no significant differences among CYC (31 ± 7%), RUN (26 ± 5%) and NT (31 ± 7%). CONCLUSION: It can be concluded that the heavy domain is more sensitive to changes determined by the aerobic fitness level; there is a need hence to observe the training specificity, when high level of physiological adaptation is aimed.
  • Influência do grupamento muscular na recuperação da frequência cardíaca após o exercício resistido Artigos Originais

    Peçanha, Tiago; Vianna, Jeferson Macedo; Sousa, Élder Dutra de; Panza, Patrícia Silva; Lima, Jorge Roberto Perrout de; Reis, Victor Machado

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: O exercício resistido (ER) é um tipo de exercício amplamente praticado, sendo recomendado para a manutenção ou aprimoramento da força e massa musculares e utilizado com fins estéticos e de saúde. Apesar disto, pouco se sabe sobre o impacto deste tipo de exercício sobre o controle autonômico cardíaco, tampouco da influência do grupamento muscular nesta resposta. OBJETIVO: Verificar a influência do grupamento muscular utilizado durante o ER, na recuperação da frequência cardíaca (REC-FC) pós-exercício. MÉTODOS: Participaram deste estudo 14 indivíduos do sexo masculino (27,4 ± 6,1 anos; 79,4 ± 10,4 kg; 1,77 ± 0,1 m; 10,5 ± 4,6 %G) experientes na prática de ER. O protocolo experimental constou da realização de teste e reteste de 1RM nos exercícios supino horizontal e meio agachamento para determinação da força dinâmica máxima e execução do número máximo de repetições a 80% de 1RM com avaliação da REC-FC durante um minuto pós-exercício. RESULTADOS: Os resultados encontrados indicam menor REC-FC nos 10, 20, 30 e 40 segundos após o exercício meio agachamento em comparação ao supino horizontal. CONCLUSÃO: Os achados confirmam a influência do grupamento muscular na resposta autonômica cardíaca pós-esforço, no ER.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Resistance exercise (RE) is a widely practiced type of exercise and is recommended for strength and muscle mass maintenance or improvement, being used for esthetic and health purposes. Despite this, little is known about the impact of this type of exercise on cardiac autonomic control, nor the influence of muscle group in this response. OBJECTIVE: The objective of this study was to investigate the influence of muscle group used during RE, on post-resistance exercise heart rate recovery (HRR). METHODS: The study included 14 males (27.4 ± 6.1 years, 79.4 ± 10.4 kg, 1.77 ± 0.1 m) experienced in ER practice. The experimental protocol consisted in performing the 1-RM test and re-test on bench press and half squat to determine the maximum dynamic force; and execution of maximum number of repetitions at 80% 1RM with assessment of HRR for 1 minute post-exercise. RESULTS: The results indicate lower HRR at 10, 20, 30 and 40 seconds after meio squat compared to horizontal bench press (p < 0.05). CONCLUSION: The findings confirm the influence of muscle group on post-resistance exercise cardiac autonomic response.
  • Comparação entre diferentes modelos de periodização sobre a força e espessura muscular em uma sequência dos menores para os maiores grupamentos musculares Artigos Originais

    Spineti, Juliano; Figueiredo, Tiago; Salles, Belmiro Freitas de; Assis, Marcio; Fernandes, Liliam; Novaes, Jefferson; Simão, Roberto

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: Estudos comparando modelos de periodização em sequências de treinamento resistido (TR) realizadas do menor para o maior grupo muscular sobre as alterações musculares em indivíduos destreinados em TR são escassos. OBJETIVO: Comparar o efeito da periodização ondulatória (PO) e da periodização linear (PL) sobre a força máxima e hipertrofia muscular em uma sequência de execução dos exercícios dos menores para os maiores grupamentos musculares. MÉTODOS: Vinte e nove homens não experientes em (TR) foram distribuídos aleatoriamente em três grupos: PO (n =10), PL (n = 13) e grupo controle (GC, n = 9). Os indivíduos realizaram o teste de uma repetição máxima (1RM) nos exercícios rosca bíceps (RB), rosca tríceps (RT), puxada aberta (PA) e supino reto (SR), contração isométrica voluntária máxima (CIVM) e espessura muscular (EM) para flexores de cotovelo (FC) e extensores de cotovelo (EC) antes e após o período de 12 semanas de treinamento. O grupo PO variou o volume e a intensidade do treinamento diariamente, e o grupo PL a cada quatro semanas. O GC não realizou TR. Foi realizada uma ANOVA de dois caminhos com medidas repetidas, e cálculo do tamanho do efeito (TE), nas cargas obtidas para analisar o efeito do tratamento sobre as variações pré- e pós-período de TR. RESULTADOS: Os principais achados do estudo foram: 1) o grupo PO apresentou maior TE para 1RM dos exercícios RT e RB e para EM dos FC e EC quando comparado ao grupo PL; 2) não houve diferença no TE para os exercícios SR e PA que finalizavam a sessão. CONCLUSÃO: Ambos os modelos de periodização adotados foram eficientes para promover aumentos de força e hipertrofia muscular. Contudo, segundo o cálculo do TE, a PO promoveu maior incremento da força máxima nos exercícios que iniciaram a sessão e hipertrofia muscular.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Studies comparing periodization models in sequences that begin with small muscle group and progressed toward large muscle group in untrained subjects in resistance training are scarce. OBJECTIVE: The purpose of this study was to compare the effects of ondulatory periodization and linear periodization models on maximum strength and muscular hypertrophy in a muscle group increasing exercise sequence. METHODS: Twenty-nine men with no experience in RT were randomly assigned into three groups: ondulatory periodization (OP, n = 10), linear periodization (LP, n = 13), and control group (CG, n = 9). The individuals performed 1RM tests in four exercises: biceps curl (BC), triceps extension (TE), lat pull down (LPD) and bench press (BP) and evaluations of maximum voluntary isometric contraction (MVIC), muscle thickness of elbow flexors (EF) and elbow extensors (EE) before and after the 12 weeks of training were carried out. The OP group varied in volume and intensity on a daily basis, while LP group varied every four weeks. The CG did not perform ST. A two-way ANOVA with repeated measures and the effect size (ES) were used to analyze muscle thickness, 1RM load improvement in each of the four exercises and the MVIC between groups. RESULTS: The major findings of this study were: 1) OP showed major ES for 1RM of BC and TE and for muscle thickness of EF and EE when compared with LP. 3) The ES data did not show significant differences for BP and LPD which finished the training session. CONCLUSIONS: We conclude that both periodization models were efficient at improving strength gains and muscular growth. However, ES data show that OP promotes major gains in strength for exercises that are positioned at the beginning of the session and hypertrophy.
  • Interferência da L-arginina e do exercício físico sobre a morfologia do músculo estriado esquelético em ratos jovens Artigos Originais

    Melo, Maria Patrícia Pereira; Vasconcelos, Anna Carolina de Sena e; Santos, Patrícia Clara Pereira dos; Monteiro, Heloísa Mirelle Costa; Santos, Ângela Amâncio dos; Maia, Luciana Maria Silva de Seixas; Evêncio, Liriane Baratella

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: O exercício físico pode promover alterações anatomofisiológicas no músculo estriado esquelético e a ingestão do aminoácido L-arginina pode influenciar na morfometria da fibra muscular esquelética. OBJETIVO: Analisar a influência da L-arginina associada ao exercício físico sobre a fibra muscular esquelética. MÉTODOS: Foram utilizados 24 ratos da linhagem Wistar. Aos sete dias de vida, esses animais foram divididos em dois grupos: tratados com L-arginina (grupo-Ar; 300 mg/kg/dia) e tratados com volume equivalente do veículo - água destilada (grupo-Ag; controle). A L-arginina ou a água foi administrada diariamente por gavagem. Aos 15 dias de idade, os animais dos grupos Ar e Ag foram subdivididos de acordo com a condição de exercício físico a que foram submetidos: exercitados em esteira (grupo E) e não exercitado (grupo N). O exercício foi realizado em esteira (ET 2000 Insight) cinco dias por semana com duração diária de 30 minutos. Os grupos foram assim distribuídos (n = 6): AgN, AgE, ArN e ArE. Ao atingirem a idade de 35-45 dias de vida, os animais foram pesados, sacrificados e retidado o músculo gastrocnêmio. Este foi medido, pesado e processado para análise histológica. As imagens do músculo foram capturadas na objetiva de 100x para cálculo do diâmetro médio da fibra muscular. Os dados foram expressos na forma de média ± desvio padrão, analisados através do programa SPSS. Foram utilizados os testes de Shapiro-Wilk, ANOVA one way e teste de Tukey (p < 0,05). RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos, quanto ao peso corporal do animal e ao peso do músculo gastrocnêmio. No entanto, o grupo ArN apresentou diâmetro médio maior significativamente quando comparado aos dos demais grupos. CONCLUSÃO: Isto sugere que a L-arginina, em animais que não realizaram o exercício físico, promove hipertrofia muscular, enquanto que o exercício realizado não foi capaz de promover aumento do diâmetro da fibra muscular.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Exercise and amino acid L-Arginine can promote anatomical and physiological changes in skeletal muscle. OBJECTIVE: The objective of this work was to analise the influence of L-arginine associated with the exercise in skeletal muscle fibers. METHODS: To carry out our research, 24 male Wistar rats divided into 4 groups according to the administration of Arginine and physical exercise wer used. The experimental groups were distributed as follows: Arginine-Exercise (AE, n = 6), Arginine-Not Exercised (AN, n = 6), Water-Exercise (WE, n = 6) and Water-Not Exercised (WN, n = 6). The amino acid L-Arginine was administered via orogastric intubation, at dose of 300mg/kg, daily from the 7th to 35th days of life of the animal. The exercise was performed on motorized treadmill for 30 minutes/day, 5 times a week, from 15th to 35th days of life of the animal. At the age of 35-45 days, the animals were weighed and sacrificed in order to collect the gastrocnemius muscle. The gastrocnemius muscle was measured, weighed and processed for histological analysis. The muscle's images were taken in order to calculate the mean diameter of the muscle fiber. Data were expressed as mean ± standard deviation and analyzed using SPSS. The Shapiro-Wilk, one-way ANOVA and Tukey's tests (p <0.05) were applied. RESULTS: Concerning body weight and gastrocnemius weight, there was no significant difference when all the experimental groups were compared. However, the AN group presented the highest mean diameter when compared to the other groups. CONCLUSION: This fact suggests that orogastric administration of Arginine offered to the animals that were not exercised, promotes muscle hypertrophy. On the other hand, exercise by itself did not lead to increase in mean diameter of skeletal muscle.
  • Cinemática de variáveis de técnica-chave nos flic flacs de ginastas de elite Artigos Originais

    Lovecchio, Nicola; Grassi, Gianpiero; Shirai, Yuri Francesca; Galante, Domenico; Grandi, Gaia; Ferrario, Virgilio Ferruccio; Sforza, Chiarella

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: A ginástica é o esporte de habilidades fechadas mais antigo e espetacular. Contudo, parâmetros técnicos de execução geralmente são somente ensinados por treinadores experientes. Desta maneira, existe uma lacuna de informações objetivas sobre o desempenho de ginastas (referências cinemáticas). OBJETIVO: No presente estudo, tentamos quantificar movimentos de inversão linear e de hiperextensão durante a execução de flic flacs. MÉTODOS: Foi efetuada uma detecção não invasiva de flic flacs com o auxílio de um instrumento óptico eletrônico 3D. Treze marcadores esféricos retrorreflexivos (1 cm de diâmetro) foram posicionados no corpo de 9 ginastas experientes: maléolos laterais direito e esquerdo, cabeça da fíbula, trocanter maior, acrômio, olecrano, processo estiloide da ulna e vértex. Na mesma sessão e após um período de aquecimento, cada participante executou 15 repetições de flic flacs. Dez repetições forma analisadas, e os trajetos 3D das 13 manobras medidos. RESULTADOS: Em média, os homens obtiveram altura vertical maior (mulheres, 62% da altura; homens, 58%). O alinhamento dos membros inferiores foi homogêneo entre os ginastas: ângulos posteriores de joelho variaram entre 80° e 118°. Nenhuma abdução de membro inferior foi observada: a largura de joelho foi 7 cm menor do que a largura intertrocanter; a largura de tornozelo foi 8 cm menor do que a largura de joelho. Na saída do movimento, o ângulo tronco-coxa apresentou excelente alinhamento corporal, com valores bem próximos de 180°. As mulheres executaram a fase de apoio das mãos com pulsos mais próximos do que os homens (homens, 134% de largura de ombro; mulheres, 121%). CONCLUSÃO: Os resultados podem fornecer informações para melhor conhecimento, definindo assim, a execução de padrão-ouro obtida de ginastas de elite com poucas lesões.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Gymnastics is the most ancient and spectacular closed skills sport. Nonetheless, technical parameters of performance are often taught only by experienced trainers. Thus, there is a lack of objective data about gymnastics performance (kinematics references). OBJECTIVE: In the current study, we tried to quantify linear and hyperextension back movements during performance of backward handsprings. METHODS: A noninvasive detection of backward handsprings was made using a 3D optoelectronic instrument. Thirteen spherical retro-reflective markers (1-cm diameter) were positioned on the body of 9 experienced gymnasts: right and left lateral malleolus, fibular head, greater trochanter, acromion, olecranon, styloid process of the ulna; vertex. In the same session and after a warm-up period, each participant performed 15 repetitions of backward handsprings. Ten repetitions were analyzed, and the 3D tracks of the 13 landmarks measured. RESULTS: On average, men performed longer backward handsprings than women (men, 122% of height; women, 98%); women attained larger vertical height (women, 62% of height; men, 58%). Lower limb arrangement was homogenous among the gymnasts: posterior knee angles ranged between 80° and 118°. No lower limb abduction was observed: knee width was 7 cm smaller than intertrochanter width; ankle width was 8 cm smaller than knee width. At take-off, the trunk-thigh angle presented excellent body alignment, with values very close to 180°. Women performed the handstand phase with closer wrists than men (men, 134% of shoulder width; women, 121%). CONCLUSION: The results may offer data to improve understanding, defining gold-standard execution taken from high level gymnasts with few injuries.
  • Tempo para exaustão no acúmulo de lactato sanguíneo em corredores com diferentes habilidades atléticas Artigos Originais

    Santos-Concejero, Jordan; Granados, Cristina; Irazusta, Jon; Bidaurrazaga-Letona, Iraia; Zabala-Lili, Jon; María, Susana

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Caracterizar as respostas fisiológicas de corredores com diferentes habilidades de velocidade durante o lactato sanguíneo (OBLA) e determinar se 4 mmol•L-1 representam a mesma intensidade de exercício relativa para cada corredor. MÉTODOS: Onze corredores treinados e doze bem treinados completaram dois testes de corrida em esteira: primeiramente, um teste máximo de lactato com incremento para calcular o OBLA (Teste 1) e a seguir um outro no OBLA correspondente até exaustão (Teste 2). As trocas de gases e frequência cardíaca (FC) foram continuamente medidas e plotadas em porcentagem de tempo referente à exaustão no Teste 2 (TET 2). A velocidade de limite de lactato individual (VLL) e concentração de lactato ([La-1]LL) foram calculadas de acordo com o método de D-max. RESULTADOS: OBLA e VLL foram maiores em corredores bem treinados (P<0.001).[La-1]LL foi<4 mmol•L-1 nos corredores bem treinados (P<0.001), mas não nos treinados. Os corredores bem treinados foram mais rápidos em OBLA do que em VLL (P<0.001). Os corredores bem treinados correram um TET2 mais curto do que os corredores treinados (P<0.05). Além disso, os corredores bem treinados apresentaram taxa respiratória mais alta em 50, 80 e 90% de TET2 e VO2 em 20-100% de TET2 (P<0.05). TET2 se relacionou inversamente (P<0.01) com OBLA e positivamente com melhor rendimento individual em 10km (P<0.01).OBLA se relacionou positivamente com a %VO2max no Teste 2 (P<0.01). O valor padrão (4 mmol•L-1) para a concentração de lactato sanguíneo parece representar uma intensidade de exercício diferente para corredores com habilidades atléticas diferentes. CONCLUSÃO: OBLA pode não ser preciso para desenvolver sessões de treinamento de corrida ou para a avaliação da capacidade aeróbica.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To characterize the physiological responses of runners with different velocity abilities at the onset of blood lactate accumulation (OBLA) and to determine if 4 mmol•L-1 represent the same relative exercise intensity for each runner. METHODS: Eleven trained and twelve well-trained runners completed two running tests on treadmill: first, a maximal incremental lactate test to calculate OBLA (Test 1), and then another one at the corresponding OBLA until exhaustion (Test 2). Gas exchange and heart rate (HR) were continuously measured and plotted as a percentage of time to exhaustion in Test 2 (TET2). The individual lactate threshold velocity (VLT) and lactate concentration ([La-1]LT) were calculated according to the D-max method. RESULTS: VOBLA and VLT were higher in well-trained runners (P<0.001). [La-1]LT was <4 mmol•L-1 in the well-trained runners (P<0.001), but not in the trained ones. Well-trained runners were faster at VOBLA than at VLT (P<0.001). Well-trained runners ran a shorter TET2 than the trained runners (P<0.05). Moreover, well-trained runners presented a higher respiratory rate at 50, 80 and 90% of TET2 and VO2 at 20-100% of TET2 (P<0.05). TET2 was inversely correlated (P<0.01) with VOBLA and positively with personal best 10-km performance (P<0.01). VOBLA was positively correlated with the %VO2max in Test 2 (P<0.01). The standard value (4 mmol•L-1) for the concentration of blood lactate seems to represent a different exercise intensity for runners of different athletic ability. CONCLUSION: VOBLA may not be accurate for the design of running training sessions or for evaluation of aerobic capacity.
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278, 6º and., 01318-901 São Paulo SP, Tel.: +55 11 3106-7544, Fax: +55 11 3106-8611 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: atharbme@uol.com.br