RESUMO
Objetivo:
Avaliar a irritação ocular aguda em coelhos, após a administração tópica de óleo essencial.
Métodos:
Para tanto, os animais foram divididos em três grupos, cada um com três coelhos, totalizando 6 olhos por grupo, e a diferença entre eles foi a concentração utilizada ( 1, 3 e 9%). Aplicou-se no saco conjuntival, de um dos olhos do animal, uma dose única de 0,1 ml do produto e o olho contralateral foi usado como controle. Analisou-se os efeitos causados pelo óleo essencial na conjuntiva, íris e córnea após 1, 24, 48, 72 horas e no final do sétimo dia após a aplicação tópica. As avaliações oftalmológicas foram feitas com o auxílio de um oftalmoscópio binocular indireto com e sem fluoresceína. As reações observadas foram graduadas segundo a escala de Draize. Foram realizados exames anatomopatológicos em todos os olhos estudados no final do experimento.
Resultados:
No grupo de animais submetidos à instilação ocular do óleo essencial a 1%, não se observou alterações. O tratamento com o óleo a 3% provocou alteração conjuntival no exame feito em 1 hora, o que foi reduzindo. A administração do óleo essencial a 9% induziu hiperemia conjuntival, não havendo qualquer alteração nos outros tempos de avaliação oftalmológica.
Conclusão:
A avaliação contribuiu para conhecer as alterações clínicas na superfície ocular. Desta forma, foi possível classificar o óleo a 1% como não irritante e nas concentrações de 3 e 9% como pouco irritante, tornando possível estudos clínicos, a fim de estabelecer o óleo como alternativa terapêutica em conjuntivites bacterianas.
Descritores:
Origanum vulgare; Óleos essenciais; Irritantes/toxicidade; Conjuntiva; Conjuntivite bacteriana