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Relação entre visão referida e visão aferida na primeira avaliação oftalmológica

RESUMO

Objetivo:

Comparar a acuidade visual referida com a aferida no primeiro exame oftalmológico e correlacionar os achados com as variáveis: idade, gênero, escolaridade e nível de acuidade visual.

Métodos:

Foram levantadas fichas de pacientes atendidos em primeira consulta oftalmológica em uma clínica particular no período de um ano. Comparou-se a acuidade visual referida na história clínica com a obtida no exame oftalmológico. Para a tomada da acuidade visual utilizou-se a tabela de Snellen. Os dados foram tabulados em planilha Excel e submetidos à análise estatística. Adotou-se o nível de significância p=0,05.

Resultados:

Dos 300 pacientes avaliados, 66 (22%) apresentaram baixa visão (BV) ao exame oftalmológico; destes 46 (69,69%) referiram BV antes do exame e 20 (30,30%) não. Em relação ao gênero, não houve diferença estatística na presença (p=0,78) nem na percepção de BV (p=0,30). Todos os pacientes acima dos 75 anos tinham BV (p<0, 0001); não houve diferença estatística significativa em relação à percepção de BV entre as faixas etárias (p=0, 166). O nível de escolaridade não influenciou na presença de BV (p=0, 112) e nem na percepção de BV (p=0, 945). Com relação ao nível da acuidade visual, todos os pacientes com perda visual severa haviam se apercebido deste fato e referiram BV na anamnese.

Conclusão:

Não houve diferença estatística significativa quanto à presença nem a percepção de BV entre gênero e escolaridade. No entanto, houve diferença estatística na presença de BV em relação às faixas etárias e na percepção de BV em relação ao nível de acuidade visual.

Descritores:
Baixa Visão; Grupos etários; Identidade de gênero; Escolaridade; Acuidade visual

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