RESUMO
Objetivo:
Caracterizar os aspectos trabalhistas e epidemiológicos regionais envolvidos no trauma ocular, comparar os dados obtidos com os já publicados na literatura e fornecer subsídios para a elaboração de medidas de prevenção e fiscalização adequadas.
Metodologia:
Estudo epidemiológico, descritivo, prospectivo, realizado no serviço de Oftalmologia do HUCAM, em 60 pacientes com trauma ocular, no período de 01 de abril a 01 de outubro de 2013, quando foram colhidos dados, por meio de questionário padronizado.
Resultados:
Houve predomínio de indivíduos do sexo masculino (80%) e em sua maioria os pacientes tinham idades que variavam entre 8 e 60 anos. Predominaram os acidentes no ambiente de trabalho (56,7%) seguido dos acidentes domiciliares (28,3%). A maioria dos traumas foi do tipo fechado, com predomínio das contusões seguidas pelo corpo estranho na superfície ocular. Observou-se também que 82,9% dos pacientes que tiveram o trauma no ambiente de trabalho não usavam o equipamento de proteção individual.
Conclusões:
Trauma ocular é um importante problema de saúde pública, pois acomete principalmente a população economicamente ativa e pode ter graves consequências. Grande parte destes acidentes poderiam ser facilmente preveni-da através do uso apropriado de equipamentos de proteção individual. Desta forma, orientação, fiscalização para o fornecimento e uso dos EPIs e campanhas de prevenção são importantes para redução desses acidentes.
Descritores:
Traumatismos oculares/epidemiologia; Acidentes ocupacionais/epidemiologia; Equipamento de proteção indivi-dual; Brasil