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Revista Brasileira de Oftalmologia e sua bem-sucedida trajetória rumo às indexações

EDITORIAL

Revista Brasileira de Oftalmologia e sua bem-sucedida trajetória rumo às indexações

Quando, em janeiro de 2007, assumimos a Revista Brasileira de Oftalmologia, nossas aspirações eram muitas: aumentar o número de artigos submetidos e publicados, aprimorar a qualidade das revisões, buscar indexações nacionais e internacionais, melhorar o processo editorial e dar maior visibilidade às nossas publicações.

Sabíamos que não seria uma tarefa fácil, pois iríamos nos envolver na atividade de editoração como uma tarefa paralela, sem reunir, de início, as condições e conhecimentos que seriam desejáveis para assumir tal responsabilidade.

Paralelamente, as expectativas da Sociedade Brasileira de Oftalmologia para que a RBO conquistasse maior reconhecimento também eram muitas. De outra parte, a quantidade de artigos era insuficiente e as dificuldades de revisão, da mesma forma, muitas.

Logo no início de 2007, recebemos a triste notícia de que a Revista Brasileira de Oftalmologia não reunia os requisitos necessários para ser indexada à SciELO (Electronic Library Online, biblioteca eletrônica que abrange uma seleta coleção de periódicos científicos brasileiros). Era o resultado do processo de seleção de periódicos da Coleção SciELO, avaliada pelo seu Comitê Consultivo, em resposta ao Processo de Seleção da RBO feita em 2006. Mas isto não nos esmoreceu, pelo contrário, nos deu maior motivação.

Daí em diante, procuramos buscar obstinadamente atender aos critérios estabelecidos pela SciELO. Fizemos várias e importantes adequações até chegarmos ao reconhecimento do Comitê Consultivo da SciELO em fins de 2007. Vale ressaltar que, entre 19 periódicos, a Revista Brasileira de Oftalmologia foi a única publicação a ser aprovada e incluída à coleção SciELO Brasil após avaliação feita pelo seu Comitê Consultivo. Também recuperamos a indexação nas bases de dados do LILACS.

Continuamos a perseguir indexações internacionais. Submetemos, inicialmente, à base de dados Embase, uma base européia, com grande potencial de publicações científicas, que entendeu não termos o perfil adequado para complementar seu conteúdo. Enfim, não fomos aceitos.

Ainda no final de 2007, submetemos à análise da Thomson Reuters, responsável pela base de dados Web of Science. Essa base agrega um conjunto de bases de referências bibliográficas conhecidas como Citation Indexes, compiladas pelo Institute for Scientific Information (ISI), cujo objetivo é gerar os indicadores de impacto das publicações de todas as áreas do conhecimento.

Poucos acreditavam ser possível, mas era preciso tentar. Após um ano de cumprimento dos requisitos necessários, recebemos a carta de aceite. Essa indexação na Web of Science permitirá aos autores brasileiros ter conhecimento dos índices de citações de suas publicações na Revista Brasileira de Oftalmologia e os colocar junto a publicações internacionais da oftalmologia.

Todo este processo exigiu muito trabalho e dedicação por parte dos editores e de nossos revisores; mas, sem dúvida alguma, o mérito da Revista está na excelência das colaborações científicas. É dela que emana toda a força para sustentação de uma revista científica nas bases de dados nacionais e internacionais e a geração dos indicadores de qualidade condizentes com uma publicação que represente a produção oftalmológica brasileira.

Temos consciência dos inúmeros desafios que ainda vamos enfrentar para manter a qualidade da Revista Brasileira de Oftalmologia em sua trajetória rumo aos parâmetros exigidos e desejados pela comunidade oftalmológica.

Hoje a RBO já conseguiu acumular um suficiente número de submissões de trabalhos originais que nos permitem trabalhar absolutamente dentro de prazos editoriais. Temos que continuar trabalhando na qualidade e eficiência, pois conquistar o Medline deverá ser a próxima meta da RBO.

Agradecemos àqueles que conosco percorreram estes dois anos: editores, revisores, autores, à Sociedade Brasileira de Oftalmologia e ao seu Presidente Luiz Carlos Pereira Portes, que acreditaram ser possível colocar a RBO no cenário científico nacional e começar a ter visibilidade internacional, almejada por todos os autores de artigos científicos.

Muito ainda há para ser feito. Manter e aprimorar uma publicação científica é um trabalho contínuo, que pede a colaboração de todos nela envolvidos. Não tem prazo para acabar. Cada dia há novos desafios a serem vencidos. A RBO, portanto, ainda tem um longo caminho a trilhar, mas as sementes lançadas pelo professor Evaldo Campos vêm dando frutos há 66 anos e as expectativas para o futuro são promissoras.

Riuitiro Yamane

Editor Chefe da Revista Brasileira de Oftalmologia; Professor Titular de Oftalmologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Edna Terezinha Rother

Bibliotecária, Editora Técnica de Publicações Científicas

Arlindo José Freire Portes

Co-editor da Revista Brasileira de Oftalmologia; Professor Adjunto de Oftalmologia e Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá; Coordenador do Curso de Educação Médica Continuada da SBO

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    30 Jan 2009
  • Data do Fascículo
    Dez 2008
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