Resumo
Objetivos:
Descrever e analisar o perfil de crianças com alterações no desenvolvimento atendidas em serviços de intervenção precoce (IP) e de suas mães ou cuidadores, dando enfoque a aspectos relacionados a saúde ocular da criança.
Métodos:
Levantamento quantitativo, de caráter exploratório-descritivo. O instrumento de coleta de dados constituiu-se de um questionário aplicado com mães ou cuidadores de crianças atendidas em serviços de IP. Os dados obtidos foram transcritos em planilha do software Microsoft Excel e analisados com base em estatística descritiva simples. A amostra constituiu-se de 273 sujeitos.
Resultados:
Houve prevalência da participação das mães (84,2%) com idade entre 30 e 40 anos (38,8%). As crianças tinham entre 1 e 2 anos de idade (34,8%), e, na sua maioria, com Síndrome de Down (26,7%). A média de idade de entrada das crianças nos serviços de IP foi de 7,93 meses e da idade na primeira consulta com o oftalmologista - daqueles que já haviam realizado (82,8%) - foi de 6,8 meses, sendo que 45,6% apresentou alterações oftalmológicas, predominando o estrabismo (40,8%).
Conclusões:
Os resultados obtidos permitiram a identificação e a caracterização das mães ou cuidadores e das crianças que frequentam os serviços de IP, principalmente em questões referentes à saúde ocular. Compreender o panorama descrito deve subsidiar ações voltadas à educação em saúde ocular, prevenção e reabilitação e devem ser direcionadas aos serviços de IP, aos gestores, às famílias e às crianças.
Descritores:
Saúde ocular, Intervenção precoce (Educação); Deficiências do desenvolvimento; Saúde da criança; Cuidadores