Acessibilidade / Reportar erro

Distrofia macular oculta

Resumo

Apresentamos um caso de distrofia macular oculta bilateral, em paciente de 70 anos com queixa de baixa acuidade visual progressiva, sem achados fundoscópicos ou angiográficos justificáveis. Foram realizados exames de imagem do sistema nervoso central que afastaram lesões expansivas e testes eletrofisiológicos que sugeriram diagnóstico.

Descritores:
Degeneração macular; Eletrorretinograma; Eletrofisiologia; Acuidade visual

Abstract

We report a case of bilateral occult macular dystrophy in a 70-year-old woman with progressive low visual acuity, without justifiable fundoscopic or angiographic findings. Imaging tests were done to excluding expansive lesions and electrophysiological tests that suggested the diagnosis.

Keywords:
Macular degeneration; Electroretinogram; Electrophysiology; Visual acuity

Introdução

A distrofia macular oculta consiste na perda progressiva da visão (11 Davidson AE, Sergouniotis PI, Mackay DS, Wright GA, Waseem NH, Michaelides M, et al. RP1L1 variants are associated with a spectrum of inherited retinal diseases including retinitis pigmentosa and occult macular dystrophy. Hum Mutat. 2013;34(3):506-14.,22 Ahn SJ, Cho SI, Ahn J, Park SS, Park KH, Woo SJ. Clinical and genetic characteristics of Korean occult macular dystrophy patients. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2013;54(7):4856-63.) devido a perda dos cones foveais (11 Davidson AE, Sergouniotis PI, Mackay DS, Wright GA, Waseem NH, Michaelides M, et al. RP1L1 variants are associated with a spectrum of inherited retinal diseases including retinitis pigmentosa and occult macular dystrophy. Hum Mutat. 2013;34(3):506-14.) com eletroretinograma (ERG) macular focal anormal associado a fundoscopia, angiografia fluoresceínica e ERG full-field normais.(22 Ahn SJ, Cho SI, Ahn J, Park SS, Park KH, Woo SJ. Clinical and genetic characteristics of Korean occult macular dystrophy patients. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2013;54(7):4856-63.

3 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.
-44 Fujinami K, Tsunoda K, Hanazono G, Shinoda K, Ohde H, Miyake Y. Fundus autofluorescence in autosomal dominant occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2011;129(5):597-602.)

Inicialmente foi descrita como doença autossômica dominante, de caráter hereditário.(55 Chen CJ, Scholl HP, Birch DG, Iwata T, Miller NR, Goldberg MF. Characterizing the phenotype and genotype of a family with occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2012;130(12):1554-9.) Entre os genes mapeados está o RP1L1,(11 Davidson AE, Sergouniotis PI, Mackay DS, Wright GA, Waseem NH, Michaelides M, et al. RP1L1 variants are associated with a spectrum of inherited retinal diseases including retinitis pigmentosa and occult macular dystrophy. Hum Mutat. 2013;34(3):506-14.

2 Ahn SJ, Cho SI, Ahn J, Park SS, Park KH, Woo SJ. Clinical and genetic characteristics of Korean occult macular dystrophy patients. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2013;54(7):4856-63.
-33 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.) que codifica um fotorreceptor de 2400 aminoácidos.(11 Davidson AE, Sergouniotis PI, Mackay DS, Wright GA, Waseem NH, Michaelides M, et al. RP1L1 variants are associated with a spectrum of inherited retinal diseases including retinitis pigmentosa and occult macular dystrophy. Hum Mutat. 2013;34(3):506-14.) Sabe-se que a existência desta mutação tem grande importância na progressão na doença.(22 Ahn SJ, Cho SI, Ahn J, Park SS, Park KH, Woo SJ. Clinical and genetic characteristics of Korean occult macular dystrophy patients. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2013;54(7):4856-63.) Entretanto, as mutações do RP1L1 não são exclusivas da distrofia macular oculta, e estão associados também a fenótipos de retinose pigmentar.(11 Davidson AE, Sergouniotis PI, Mackay DS, Wright GA, Waseem NH, Michaelides M, et al. RP1L1 variants are associated with a spectrum of inherited retinal diseases including retinitis pigmentosa and occult macular dystrophy. Hum Mutat. 2013;34(3):506-14.)

Atualmente são descritas duas formas de distrofia macular oculta, sendo elas: hereditárias e esporádicas.(33 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.) Na forma esporádica ocorre defeito na junção do segmento externo e interno dos fotorreceptores.(44 Fujinami K, Tsunoda K, Hanazono G, Shinoda K, Ohde H, Miyake Y. Fundus autofluorescence in autosomal dominant occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2011;129(5):597-602.)

O início dos sintomas pode ser amplo (6-81 anos), com perda da acuidade visual e visão de cores.(33 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.) O diagnóstico da doença costuma ser tardio em razão da normalidade da fundoscopia,(33 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.) visto que, mesmo em estágios avançados permanece inalterado.(44 Fujinami K, Tsunoda K, Hanazono G, Shinoda K, Ohde H, Miyake Y. Fundus autofluorescence in autosomal dominant occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2011;129(5):597-602.) A boa aparência do fundo de olho provavelmente é atribuída a boa função do epitélio pigmentar da retina.(44 Fujinami K, Tsunoda K, Hanazono G, Shinoda K, Ohde H, Miyake Y. Fundus autofluorescence in autosomal dominant occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2011;129(5):597-602.,66 Fujinami K, Kameya S, Kikuchi S, Ueno S, Kondo M, Hayashi T, et al. Novel RP1L1 variants and genotype-photoreceptor microstructural phenotype associations in cohort of japanese patients with occult macular dystrophy. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2016;57(11):4837-46.)

A fim de definir precocemente o diagnóstico e com menor custo, casos suspeitos devem ser avaliados seguindo ordem de Tomografia de Coerência Óptica (OCT), seguida de Angiografia Fluoresceína (AF), ERG full field, ERG multifocal e posteriormente exames mais avançados, como Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM) de crânio.(33 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.) O teste genético é o exame diagnóstico mais preciso, entretanto de difícil acesso. Desta forma, o diagnóstico depende de exame oftalmológico multimodal.(33 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.)

Até o momento, não existe tratamento efetivo por ser uma forma idiopática de degeneração macular.(33 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.)

Relato de caso

IRN, gênero feminino, 70 anos, dona de casa, natural do Rio de Janeiro, procurou atendimento devido a insatisfação com facectomia realizada no olho esquerdo (OE) e baixa acuidade visual (BAV) progressiva em ambos os olhos. Ao exame, apresentava acuidade visual corrigida de 20/200 em olho direito (OD) e 20/400 em OE, biomicroscopia de segmento anterior demonstrando catarata nuclear 2+/4+ em OD e lente intraocular tópica em OE, tonometria de aplanação dentro da normalidade em ambos os olhos (AO). Fundoscopia evidenciando discos ópticos com contornos regulares e escavação fisiológica, arcadas vasculares preservadas, brilho foveal preservado e degeneração paving stone inferior em AO (Figura 1).

Figura 1
Retinografia de olho direito (A) e olho esquerdo (B)

Diante do quadro de BAV sem causa aparente justificável ao exame oftalmológico, exames complementares foram solicitados. O OCT demonstrou atrofia foveal central com alteração da zona elipsoide em AO (Figura 2). A AF (Figura 3) e o Potencial Evocado Visual (PEV) encontravam-se dentro da normalidade. A RM de crânio excluiu lesões expansivas ou vasculares e evidenciou dilatação de ventrículos supratentoriais, sulcos corticais e cisternas da base. O exame de RM de órbita encontrava-se dentro da normalidade. O ERG escotópico e fotópico de campo total foram normais em OD e subnormais em OE. O ERG multifocal (Figura 4) demonstrava diminuição da amplitude da onda P1 na região central em AO.

Figura 2
Tomografia de Coerência Óptica de olho direito (A) e olho esquerdo (B)

Figura 3
Angiografia fluoresceínica do olho direito (A) e esquerdo (B)

Figura 4
Eletrorretinograma multifocal do olho direito (A) e olho esquerdo (B).

Diante do caso de BAV em ambos os olhos, com fundoscopia inespecífica, atrofia foveal em OCT, ERG com amplitude reduzida, sem anormalidades em exames de imagem, PEV ou AF, sugeriu-se o diagnóstico de maculopatia oculta. O teste genético não foi realizado devido dificuldade de acesso ao exame.

Discussão

Vários estudos tem demonstrado que a idade característica de apresentação da distrofia macular oculta varia entre 6 e 81 anos(33 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.) e não costuma progredir após os 60 anos.(77 Miyake Y, Tsunoda K. Occult macular dystrophy. Jpn J Ophthalmol. 2015;59(2):71-80.) Em nosso relato a paciente foi diagnosticada aos 70 anos correspondendo a faixa etária citada.

Na maculopatia oculta ocorre piora progressiva da acuidade visual com fundoscopia e AF geralmente normais, contribuindo pouco com o diagnóstico. A AF pode evidenciar hiperfluorescência, principalmente em doença avançada,(44 Fujinami K, Tsunoda K, Hanazono G, Shinoda K, Ohde H, Miyake Y. Fundus autofluorescence in autosomal dominant occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2011;129(5):597-602.) com sinal circular ao redor da fóvea que pode significar lesão nos fotorreceptores ou no epitélio pigmentar da retina.(77 Miyake Y, Tsunoda K. Occult macular dystrophy. Jpn J Ophthalmol. 2015;59(2):71-80.) No caso descrito, não foi observada nenhuma alteração na fundoscopia e na AF.

O OCT é essencial no diagnóstico da distrofia macular oculta pois demonstra aspecto característico de perda bilateral da zona elipsoide na região central.(33 Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.

4 Fujinami K, Tsunoda K, Hanazono G, Shinoda K, Ohde H, Miyake Y. Fundus autofluorescence in autosomal dominant occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2011;129(5):597-602.
-55 Chen CJ, Scholl HP, Birch DG, Iwata T, Miller NR, Goldberg MF. Characterizing the phenotype and genotype of a family with occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2012;130(12):1554-9.,88 Agange N, Sarraf D. Occult macular dystrophy with mutations in the rp1l1 and kcnv2 genes. Retin Cases Brief Rep. 2017;11 Suppl 1:S65-7.) Baseado nos achados tomográficos, sabe-se que a distrofia oculta está relacionada a deformidades dos fotorreceptores.(22 Ahn SJ, Cho SI, Ahn J, Park SS, Park KH, Woo SJ. Clinical and genetic characteristics of Korean occult macular dystrophy patients. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2013;54(7):4856-63.) Desta forma, o padrão de perda visual está diretamente relacionado ao grau de acometimento de cones e das hastes de fotorreceptores.(11 Davidson AE, Sergouniotis PI, Mackay DS, Wright GA, Waseem NH, Michaelides M, et al. RP1L1 variants are associated with a spectrum of inherited retinal diseases including retinitis pigmentosa and occult macular dystrophy. Hum Mutat. 2013;34(3):506-14.)

A paciente do caso relatado apresentou afinamento da região foveal ao OCT, achado que corrobora com diagnóstico de distrofia oculta. Entretanto, apesar de característico, a perda da zona elipsoide não é patognomônica de distrofia macular oculta (55 Chen CJ, Scholl HP, Birch DG, Iwata T, Miller NR, Goldberg MF. Characterizing the phenotype and genotype of a family with occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2012;130(12):1554-9.) e pode ser encontrado ainda na exposição a nitrito de alquila e tamoxifeno, e na retinopatia solar.(88 Agange N, Sarraf D. Occult macular dystrophy with mutations in the rp1l1 and kcnv2 genes. Retin Cases Brief Rep. 2017;11 Suppl 1:S65-7.)

Os testes eletrofisiológicos e genéticos são importantes para diferenciar a distrofia macular oculta da distrofia de cones e bastonetes, e da acromatopsia. (88 Agange N, Sarraf D. Occult macular dystrophy with mutations in the rp1l1 and kcnv2 genes. Retin Cases Brief Rep. 2017;11 Suppl 1:S65-7.)

O PEV nesta afecção pode cursar com redução da amplitude ou aumento da latência, achado não específico, porém adicional no diagnóstico diferencial de ambliopia e doenças do nervo óptico como a neurite óptica retrobulbar.(55 Chen CJ, Scholl HP, Birch DG, Iwata T, Miller NR, Goldberg MF. Characterizing the phenotype and genotype of a family with occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2012;130(12):1554-9.,99 Hanazono G, Ohde H, Shinoda K, Tsunoda K, Tsubota K, Miyake Y. Pattern-reversal visual-evoked potential in patients with occult macular dystrophy. Clin Ophthalmol . 2010; 4:1515-20.) No caso apresentado o PEV era normal.

Segundo Fujinami et al. o ERG multifocal da distrofia macular oculta demonstra caracteristicamente alteração nos 15º centrais.(44 Fujinami K, Tsunoda K, Hanazono G, Shinoda K, Ohde H, Miyake Y. Fundus autofluorescence in autosomal dominant occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2011;129(5):597-602.) Nosso paciente apresentava ERG full-field normal em OD e subnormal em OE, e ERG multifocal com redução central bilateral, semelhante aos casos encontrados na literatura. (77 Miyake Y, Tsunoda K. Occult macular dystrophy. Jpn J Ophthalmol. 2015;59(2):71-80.,1010- Sayman Muslubas I, Arf S, Hocaoglu M, Özdemir H, Karaçorlu M. Occult MacularDystrophy. Turk J Ophthalmol. 2016;46(2):91-94.,1111 Kitaguchi Y, Kusaka S, Yamaguchi T, Mihashi T, Fujikado T. Detection of photoreceptor disruption by adaptive optics fundus imaging and Fourier-domain optical coherence tomography in eyes with occult macular dystrophy. Clin Ophthalmol . 2011;5:345-51.)

A Microperimetria oferece melhor capacidade de avaliar escotomas e déficit visual relacionado a fixação nos casos de distrofia macular oculta quando comparado a outras técnicas perimétricas.(1212 Freund PR, Macdonald IM. Microperimetry in a case of occult macular dystrophy. Can J Ophthalmol. 2013;48(5):e101-3.) Normalmente apresenta diminuição da sensibilidade foveal.(1313 Viana KI, Messias A, Siqueira RC, Rodrigues MW, Jorge R. Structure-functional correlation using adaptive optics, OCT, and microperimetry in a case of occult macular dystrophy. Arq Bras Oftalmol . 2017;80(2):118-21.)

Relatamos o caso de uma paciente com distrofia macular oculta diagnosticada com exames clínico, testes eletrofisiológicos, OCT e AF mesmo na ausência de teste genético. Salientamos a importância deste diagnóstico diferencial em casos sintomáticos com poucos ou nenhum achado fundoscópico.

Referências

  • 1
    Davidson AE, Sergouniotis PI, Mackay DS, Wright GA, Waseem NH, Michaelides M, et al. RP1L1 variants are associated with a spectrum of inherited retinal diseases including retinitis pigmentosa and occult macular dystrophy. Hum Mutat. 2013;34(3):506-14.
  • 2
    Ahn SJ, Cho SI, Ahn J, Park SS, Park KH, Woo SJ. Clinical and genetic characteristics of Korean occult macular dystrophy patients. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2013;54(7):4856-63.
  • 3
    Fu Y, Chen KJ, Lai CC, Wu WC, Wang NK. Clinical features in a case of occult macular dystrophy with rp1l1 mutation. Retin Cases Brief Rep. 2019;13(2):158-161.
  • 4
    Fujinami K, Tsunoda K, Hanazono G, Shinoda K, Ohde H, Miyake Y. Fundus autofluorescence in autosomal dominant occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2011;129(5):597-602.
  • 5
    Chen CJ, Scholl HP, Birch DG, Iwata T, Miller NR, Goldberg MF. Characterizing the phenotype and genotype of a family with occult macular dystrophy. Arch Ophthalmol . 2012;130(12):1554-9.
  • 6
    Fujinami K, Kameya S, Kikuchi S, Ueno S, Kondo M, Hayashi T, et al. Novel RP1L1 variants and genotype-photoreceptor microstructural phenotype associations in cohort of japanese patients with occult macular dystrophy. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2016;57(11):4837-46.
  • 7
    Miyake Y, Tsunoda K. Occult macular dystrophy. Jpn J Ophthalmol. 2015;59(2):71-80.
  • 8
    Agange N, Sarraf D. Occult macular dystrophy with mutations in the rp1l1 and kcnv2 genes. Retin Cases Brief Rep. 2017;11 Suppl 1:S65-7.
  • 9
    Hanazono G, Ohde H, Shinoda K, Tsunoda K, Tsubota K, Miyake Y. Pattern-reversal visual-evoked potential in patients with occult macular dystrophy. Clin Ophthalmol . 2010; 4:1515-20.
  • 10
    - Sayman Muslubas I, Arf S, Hocaoglu M, Özdemir H, Karaçorlu M. Occult MacularDystrophy. Turk J Ophthalmol. 2016;46(2):91-94.
  • 11
    Kitaguchi Y, Kusaka S, Yamaguchi T, Mihashi T, Fujikado T. Detection of photoreceptor disruption by adaptive optics fundus imaging and Fourier-domain optical coherence tomography in eyes with occult macular dystrophy. Clin Ophthalmol . 2011;5:345-51.
  • 12
    Freund PR, Macdonald IM. Microperimetry in a case of occult macular dystrophy. Can J Ophthalmol. 2013;48(5):e101-3.
  • 13
    Viana KI, Messias A, Siqueira RC, Rodrigues MW, Jorge R. Structure-functional correlation using adaptive optics, OCT, and microperimetry in a case of occult macular dystrophy. Arq Bras Oftalmol . 2017;80(2):118-21.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Jun 2020
  • Data do Fascículo
    Mar-Apr 2020

Histórico

  • Recebido
    25 Mar 2019
  • Aceito
    24 Jun 2019
Sociedade Brasileira de Oftalmologia Rua São Salvador, 107 , 22231-170 Rio de Janeiro - RJ - Brasil, Tel.: (55 21) 3235-9220, Fax: (55 21) 2205-2240 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rbo@sboportal.org.br