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Lesão de Turco: diagnóstico e tratamento Trabalho realizado no Grupo de Traumatologia do Esporte do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Pavilhão Fernandinho Simonsen.

Este trabalho tem por objetivos alertar os médicos sobre a existência da lesão de Turco e discorrer sobre os tratamentos existentes descritos na literatura mundial. Foi feito levantamento bibliográfico da lesão de Lisfranc e da lesão de Turco de 1985 a 2013 nas bases de dados Scielo e Pubmed. Dos 193 artigos, foram excluídos os com lesão osteoligamentar da articulação de Lisfranc, os por traumas de alta energia, os relatos de caso. Foram selecionados pacientes atletas profissionais ou amadores, com lesão ligamentar exclusiva da articulação de Lisfranc (lesão de Turco), a qual foi diagnosticada pela história, pelo exame físico, pelas radiografias e pela ressonância magnética. Como fatores de exclusão, pacientes não atletas e com lesões ósseas associadas (10). De acordo com a classificação da lesão, os pacientes foram tratados cruenta ou incruentamente e submetidos a um protocolo-padrão de reabilitação. Dos 10 pacientes, cinco foram submetidos a tratamento conservador e cinco a tratamento cirúrgico, por diferentes técnicas e materiais de síntese. Obtiveram-se dois resultados ruins, um satisfatório, cinco bons e dois excelentes. Concluímos que o diagnóstico correto influencia diretamente no tratamento e no resultado final obtido e que o desconhecimento da lesão é o principal responsável pelo subdiagnóstico da lesão de Turco. Há necessidade de estudos prospectivos randomizados que comparem os tipos de síntese e a evolução dos casos tratados para uma definição do melhor tratamento para tal lesão.

Articulações tarsianas/lesões; Ossos do metatarso; Fraturas ósseas; Luxações


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