Resumo
Objetivo
O objetivo principal do presente estudo é avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 na prevalência da síndrome de burnout entre residentes de ortopedia Como objetivo secundário, foram avaliadas características associadas ao risco de desenvolver a forma grave da síndrome.
Método No presente estudo transversal, foram avaliados residentes antes e durante a pandemia de COVID-19. Estudantes de medicina formaram um grupo de controle. Os participantes responderam a um questionário sociodemográfico, ao Inventário Maslach Burnout, e à versão validada brasileira do Short Form Health Survey 36 (SF-36). Cinquenta e dois residentes foram avaliados antes da pandemia e 19 durante a pandemia.
Resultados
Quarenta e quatro (84,6%) residentes tinham critérios para síndrome de burnout, e a forma grave da síndrome estava presente em 16 (30,7%). Não houve alteração significativa nos escores avaliados após o início da pandemia de COVID-19. Também não houve aumento na prevalência da síndrome de burnout ou da forma grave da síndrome. Observou-se correlação negativa entre os itens SF-36 e o desenvolvimento da forma grave da síndrome de burnout.
Conclusão
A prevalência da síndrome de burnout e da forma grave da doença foi muito alta entre os residentes em cirurgia ortopédica. A pandemia de COVID-19 não aumentou o burnout nos residentes.
Palavras-chave
médicos do trabalho; síndrome do esgotamento; esgotamento profissional; treinamento de campo médico; ortopedia