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Tríade terrível do cotovelo: avaliação do tratamento cirúrgico

OBJETIVOS: Avaliar a epidemiologia e os resultados cirúrgicos do tratamento das fraturas-luxações de cotovelo, incluindo apenas os casos que associam a luxação com a fratura do processo coronoide e da cabeça do rádio (tríade terrível). MÉTODO: Foram avaliados 19 pacientes, sendo 12 do gênero masculino e sete do gênero feminino. Foi feita uma análise dos prontuários para coleta de dados a respeito do mecanismo do trauma, padrão das fraturas, tempo para a cirurgia e tipo de procedimento realizado. Foi realizada a avaliação clínica para mensuração dos arcos de movimento do cotovelo e aplicação do questionário MEPS. RESULTADOS: O mecanismo de trauma mais comum em nossa casuística foi a queda de altura (12 pacientes). Todos os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico sendo que o tempo médio entre a data do trauma e a cirurgia foi de 16,1 dias. O seguimento médio foi de 50,3 meses. Foram obtidos arcos de flexo-extensão média de 112° e pronossupinação de 127,9°. A média do questionário MEPS foi de 86 pontos, sendo encontrados resultados excelentes e bons em 15 dos pacientes (79%). O tempo para a cirurgia, arco de flexoextensão final maior que 100° e a contratura em flexão menor que 30° se mostraram estatisticamente significantes para o bom resultado clínico final. Cinco pacientes tiveram complicações, sendo três em relação a nervos periféricos, uma pseudoartrose e uma instabilidade recorrente. CONCLUSÃO: Apesar da gravidade da lesão encontrada na tríade terrível do cotovelo, a maioria dos pacientes avaliados obteve um cotovelo estável com bons resultados clínicos. Os fatores que levam a melhores resultados clínicos são: cirurgia antes de 14 dias de lesão, arco de flexo-extensão maior que 100° e contratura em flexão menor que 30°.

Luxações; Articulação do Cotovelo; Fraturas do Rádio


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