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Repercussões clínicas da anastomose de Martin-Gruber: estudo anatômico Trabalho desenvolvido no Departamento de Cirurgia, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Campus Sorocaba, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.

OBJETIVOS:

Descrever anatomicamente a anastomose de Martin-Gruber e reconhecer suas repercussões clínicas.

MÉTODO:

Foram dissecados 100 antebraços de 50 cadáveres adultos no laboratório de anatomia. A dissecção foi feita através uma incisão mediana em todo o antebraço e terço inferior do braço, dois retalhos incluindo a pele e subcutâneo foram rebatidos, para o lado radial e ulnar respectivamente.

RESULTADOS:

A comunicação nervosa entre os nervos medianos e ulnar no antebraço (anastomose de Martin-Gruber) foi registrada em 27 antebraços. Classificamos a anastomose em seis tipos. Tipo I: anastomose entre o nervo interósseo anterior e o nervo ulnar (nove membros); Tipo II: anastomose entre o nervo interósseo anterior e o nervo ulnar em dois pontos (dupla anastomose - dois membros); Tipo III: anastomose entre o mediano e o nervo ulnar (quatro membros); Tipo IV: anastomose entre ramos dos nervos mediano e ulnar destinada ao músculo flexor profundo os dedos, esses fascículos formam uma alça de convexidade distal (cinco membros); Tipo V: anastomose intramuscular (cinco membros); Tipo VI: anastomose entre ramo do nervo mediano para o músculo flexor superficial e nervo ulnar (dois membros).

CONCLUSÃO:

O conhecimento das variações anatômicas em relação à inervação da mão tem importância relevante, principalmente quando se considera o exame físico, diagnóstico, prognóstico e tratamento cirúrgico. Se essas variações não forem valorizadas, erros e consequências serão inevitáveis.

Anastomose arteriovenosa/anatomia e histologia; Nervo mediano; Nervo ulnar


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