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Como classificar as lesões da placa plantar: parâmetros de história e exame físico Trabalho desenvolvido no Setor de Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Encontrar os melhores parâmetros clínicos para definir e classificar o grau das lesões da placa plantar.

MÉTODO:

Foram classificados 68 pacientes (100 articulações metatarsofalângicas [MTF]) de acordo com a classificação anatômica artroscópica para lesão de placa plantar e divididos em cinco grupos (0 a IV). Seus registros médicos foram revisados e se correlacionou a incidência de cada parâmetro no respectivo grupo. Os parâmetros foram: uso de saltos altos, esportes, dor aguda, edema local, sinal de Mulder, alargamento do espaço interdigital, dor na cabeça do metatarso correspondente, toque ao solo, "teste da gaveta", preensão dos dedos e deformidades dos dedos (plano sagital, coronal e transversal).

RESULTADOS:

Não houve associação estatisticamente significativa entre o grau de lesão e o uso de sapatos de salto alto, trauma esportivo, dor de cabeça do metatarso, sinal de Mulder, deformidade em pronação, desvio no plano transversal e sagital (embora a sua combinação, o crossover toe, tenha mostrado correlação estatisticamente significativa). A correlação positiva com a severidade das lesões foi encontrada em: dor aguda no início, alargamento progressivo do espaço interdigital, perda de "toque ao solo"; positividade do "teste de gaveta" da MTF; diminuição da força de preensão e deformidade em supinação do dedo.

CONCLUSÕES:

O "teste de gaveta" se apresenta como a ferramenta mais confiável e precisa para classificar o grau da lesão da placa plantar, seguido pelo "toque ao solo" e as deformidades rotacionais. É possível melhorar a precisão do diagnóstico, bem como a previsão da classificação anatômica de lesão da placa plantar, por meio da combinação de história clínica e de dados de exame físico.

Palavras-chave:
Síndrome do dedo do pé em martelo; Deformidades adquiridas do pé; Articulação metatarsofalângica

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