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Avaliação da correção espontânea da curva lombar após a fusão da torácica principal na escoliose idiopática do adolescente Lenke 1 Trabalho desenvolvido no Grupo de Coluna, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Santa Casa da Misericórdia de Santos, Santos, SP, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Avaliar a resposta clínica e radiográfica da curva lombar após a fusão da torácica principal, em pacientes com escoliose idiopática do adolescente (EIA) Lenke 1.

MÉTODOS:

Foram avaliados prospectivamente 42 pacientes portadores de EIA tipo Lenke 1 operados por via posterior com parafusos pediculares. Fizeram-se mensurações clínicas (tamanho da giba e translação do tronco no plano coronal pelo fio de prumo) e radiográficas (ângulo de Cobb, nível distal da artrodese, translação da vértebra apical lombar e Risser). As avaliações foram feitas no pré-operatório, pós-operatório imediato (POI) e dois anos após a cirurgia.

RESULTADOS:

Foi observada correção de 68,9%, em média, do ângulo de Cobb da curva torácica principal (TPR) e 57,1% da lombar. Oitenta por cento dos pacientes apresentaram melhora do equilíbrio coronal do tronco dois anos após a cirurgia. Em quatro pacientes foi observada piora dos valores da medida do fio de prumo, sem, entretanto, haver necessidade de nova intervenção cirúrgica. Os resultados menos satisfatórios foram observados em pacientes com modificador lombar B.

CONCLUSÕES:

Em pacientes Lenke 1, a fusão exclusiva da curva torácica proporcionou correção espontânea da curva lombar e compensação do tronco. Os resultados menos satisfatórios foram observados em curvas com modificador lombar B e podem estar relacionados à hipercorreção da curva torácica principal.

Palavras-chave:
Escoliose; Parafusos ósseos; Resultado de tratamento

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