RESUMO
Objetivos:
Determinar a contribuição do estudo imuno-histoquímico na identificação do sítio primário da neoplasia, além de estabelecer quais os ossos mais frequentemente comprometidos, sua relação com o sítio primário neoplásico e a frequência de fratura em osso patológico como primeira manifestação do tumor maligno.
Métodos:
Foram levantados, retrospectivamente, todos os prontuários de metástases ósseas de janeiro de 2006 a dezembro de 2011 do Departamento de Ortopedia e Traumatologia.
Resultados:
O estudo imuno-histoquímico determinou corretamente o sítio primário neoplásico em 61,2% dos casos analisados. Com relação à localização metastática, o osso mais acometido foi o fêmur, correspondeu a 49,6% da amostra. A metástase óssea foi a primeira manifestação da neoplasia em apenas 20,2% dos pacientes; desses, 95% deram entrada com quadro de fratura do osso patológico.
Conclusão:
O estudo evidenciou que os sítios primários e sua frequência de incidência são compatíveis com a literatura avaliada. Observou-se que, na presente amostra, a maior parte dos pacientes não apresentou a fratura do osso patológico como primeira manifestação clínica da doença neoplásica. Entretanto, quando analisados os pacientes que apresentaram como primeiro sintoma clínico a metástase, essa se manifestou por meio de fratura patológica em quase todos os pacientes. O estudo imuno-histoquímico foi compatível com o sítio primário neoplásico na maioria dos casos, demonstrou a relevância de tal método no auxílio da identificação do sítio primário.
Palavras-chave:
Fratura, espontâneas; Imuno-histoquímica; Metástase neoplásica