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Avaliação das propriedades histológicas de enxertos meniscais humanos armazenados em banco de tecido* * Trabalho realizado no Grupo do Joelho do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - “Pavilhão Fernandinho Simonsen”, São Paulo, SP, Brasil.

Resumo

Objetivos

Avaliar e comparar as características histológicas de meniscos frescos e meniscos congelados armazenados em banco de tecidos por 1 mês e por 5 anos.

Métodos

Foi feito um estudo histológico com enxertos meniscais. Avaliamos 10 meniscos, sendo 2 que ficaram armazenados sob congelamento por 5 anos, 4 armazenados congelados por 1 mês, e 4 frescos, recém captados. Foram feitos cortes histológicos corados com hematoxilina e eosina e Tricrômico de Masson, para avaliação das propriedades histológicas.

Resultados

Os meniscos congelados por 1 mês apresentaram preservação parcial da estrutura das fibras colágenas, sem degeneração hidrópica significativa do tecido. Nos meniscos congelados por 5 anos, observamos dissociação evidente das fibras colágenas, com presença de múltiplos focos de degeneração hidrópica.

Discussão

Encontramos degeneração bem mais significativa nos meniscos armazenados por 5 anos, o que indica que o longo período de congelamento leva à progressão significativa da degeneração do tecido. Isto pode sugerir que o período de 5 anos, considerado período máximo que o enxerto pode permanecer armazenado antes de ser transplantado, é um período muito longo.

Conclusão

Nos enxertos armazenados por 1 mês, existiu apenas discreta alteração degenerativa das fibras colágenas, enquanto que nos meniscos com 5 anos de congelamento foi observada degeneração significativa do tecido. Tibiais

Palavras-chave
transplante; menisco; meniscos tibiais; banco de tecidos

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