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Protocolo de Cirurgia Segura da OMS: O grau de conhecimento dos ortopedistas brasileiros Trabalho realizado no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Objetivo:

A pesquisa analisou o grau de conhecimento do Protocolo de Cirurgia Segura da OMS pelos ortopedistas brasileiros.

Métodos:

Foi feita uma pesquisa voluntária entre os 3.231 ortopedistas participantes do 44º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia (CBOT), em novembro de 2012, por meio de um questionário sobre o uso do Protocolo de Cirurgia Segura da OMS. Após o recebimento de 502 questionários respondidos, foi feita a análise estatística dos resultados.

Resultados:

Dentre os 502 ortopedistas respondentes, 40,8% relataram ter vivenciado a experiência de cirurgia em paciente ou em local errado e 25,6% deles apontaram "falhas de comunicação" como responsáveis pelo erro. Do total de respondentes, 36,5% relataram não marcar o local da cirurgia antes de encaminhar o paciente ao centro cirúrgico e 65,3%, desconhecer total ou parcialmente o Protocolo de Cirurgia Segura da OMS. Desses ortopedistas, 72,1% nunca foram treinados para o uso do protocolo.

Discussão:

Erros médicos ocorrem, principalmente em ambiente cirúrgico, e representam um alto risco para a segurança dos pacientes. Considerando que a cirurgia ortopédica é uma especialidade de grande volume e frequentemente de alta complexidade, envolve uma probabilidade grande de ocorrência de erros, a maioria evitável por meio do uso do Protocolo de Cirurgia Segura da OMS. Na amostra pesquisada, restou evidenciado que 65,3% dos ortopedistas brasileiros desconhecem tal protocolo, apesar dos esforços da OMS para a sua divulgação.

Segurança do paciente ; Erros médicos ; Procedimentos cirúrgicos operatórios ; Lista de verificação


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