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Aplicação da terapia por pressão negativa no tratamento de feridas infectadas. Estudo de casos Trabalho desenvolvido no Hospital São Rafael, Salvador, BA, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Avaliar os resultados e benefícios trazidos pela aplicação tópica da terapia por pressão negativa (TPN) em pacientes com feridas infectadas.

MÉTODOS:

Estudo retrospectivo de série de casos composta por 20 pacientes (17 homens e três mulheres e média de 42 anos) com feridas infectadas tratadas pela TPN. As feridas infectadas em sua maioria foram de causa traumática. O sistema de pressão a vácuo usado foi o VAC(r) (Vacuum Assisted Closure, KCI, San Antonio, Estados Unidos), aplicado à ferida em modo contínuo na ordem de 100 a 125 mmHg. Na casuística, os parâmetros relacionados à ferida (localização, quantidade de trocas do VAC, tamanhos dos defeitos de partes moles, evolução do grau da ferida), o tempo de internamento, o tempo de antibioticoterapia venosa e as complicações relacionadas ao uso da terapia foram avaliados.

RESULTADOS:

O tempo médio de internamento, uso da terapia a vácuo e antibioticoterapia foi, respectivamente, de 41, 22,5 e 20 dias. O uso do VAC promoveu uma redução média da área das feridas de 29% (95,65 cm2 para 68,1 cm2; p < 0,05). Apenas um paciente não obteve melhoria do aspecto final da ferida, com erradicação completa da infecção. Nenhuma complicação atribuída diretamente ao uso da TPN foi observada.

CONCLUSÃO:

A terapia por pressão negativa, por facilitar a formação de um tecido de cicatrização ausente de infecção local num curto intervalo de tempo, representa uma opção rápida e confortável aos métodos convencionais no tratamento de feridas infectadas.

Palavras-chave:
Tratamento de ferimentos com pressão negativa; Cicatrização; Ferimentos e lesões; Infecção

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