As relações entre Psicanálise, Ciência e Universidade são antigas. Remontam à época de Freud e têm se mostrado tema importante para a Psicanálise no século XXI. Os psicanalistas que trabalham nas Universidades sofrem demandas por evidenciar o funcionamento e os resultados de sua disciplina. Este artigo comenta os modelos possíveis de pesquisa psicanalítica e defende a pesquisa clínica de caso individual por meio do próprio método psicanalítico acrescido por elementos da pesquisa qualitativa. Para tanto, as autoras estudam o processo de psicoterapia psicanalítica e o funcionamento mental de uma paciente borderline atendida durante quatro anos em uma clínica universitária pública. Aproximadamente 120 sessões foram registradas de um total de 340 sessões. Estas foram lidas e relidas como se fossem narrativas pela psicanalista investigadora, revelando momentos significativos do trabalho da dupla analista-paciente.
Psicanálise; Estudos de casos; Pesquisa qualitativa; Transtorno de personalidade borderline; Tentativa de suicídio