INTRODUÇÃO: O principal objetivo desse estudo foi revisar a agenda de prioridades em pesquisa em saúde mental no Brasil. MÉTODO: Foram selecionados 28 especialistas (22 pesquisadores, cinco legisladores e o coordenador) de diferentes regiões. Responderam ao que consideravam mais relevante em pesquisa para a saúde mental para os próximos 10 anos. Dezessete responderam e configuraram 110 questões, que foram reavaliadas por eles, com atribuição de escore, a partir de 15 itens distribuídos segundo grau de responsividade, eficácia, aplicabilidade, equidade e impacto na redução da carga da doença mental. 35 questões, e dentre elas as 10 mais bem pontuadas, foram destacadas. RESULTADOS: Prevaleceram indicações para estudos de efetividade das intervenções, matriciamento, comparação entre modelos de intervenção e detecção e tratamento de transtornos mais prevalentes na Estratégia da Saúde da Família. Avaliação de serviços quanto às barreiras ao tratamento; custo-efetividade dos antipsicóticos, intervenções contra efeitos do álcool e outras drogas, e aplicação de tecnologias (telemedicina) para educação e supervisão dos generalistas foram outros. CONCLUSÃO: Apontou-se para necessidade de investimentos na saúde mental na atenção primária à saúde; avaliação do sistema de serviços de cuidados de saúde mental, e pesquisas para romper barreiras ao acesso e à equidade no tratamento dos transtornos mentais.
Serviços de saúde mental; Prioridades em saúde; Agenda de prioridades em saúde; Dotação de recursos para cuidados de saúde