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Qualidade de vida, diagnóstico e tratamento de pacientes com depressão maior: uma coorte prospectiva em cuidados primários

OBJETIVO: Descrever o seguimento de usuários de serviços de cuidados primários com depressão maior em relação as suas características demográficas, clínicas, tratamento antidepressivo potencialmente adequado, assim como mudanças encontradas na qualidade de vida ao longo do acompanhamento. MÉTODO: Foi realizado um estudo de coorte, no qual os sujeitos com depressão maior foram acompanhados ao longo de nove meses. Foram incluídas diversas medidas de avaliação, como World Health Organization Quality of Life, Quality of Life-Depression, Centers for Epidemiologic Studies- Depression Instrument, entre outras. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 179 sujeitos, a maioria do sexo feminino (73%), com uma idade média de 38 anos e 9 anos de escolaridade. Aos nove meses do estudo, 42% dos sujeitos ainda apresentavam um quadro compatível com depressão maior, 25% com remissão completa dos sintomas e somente 9% foram tratados com antidepressivo de forma adequada. Em relação à qualidade de vida, ocorreu diferenças significativas principalmente entre o período de baseline e nove meses para quase todas as medidas. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que pacientes com sintomas depressivos dificilmente são reconhecidos ou recebem tratamentos adequados em unidades de cuidados primários no sul do Brasil. A grande maioria dos pacientes permaneceu com sintomas depressivos ao longo dos nove meses, apresentando prejuízos na qualidade de vida.

Qualidade de vida; Diagnóstico; Transtorno depressivo maior; Atenção primária à saúde; Sinais e sintomas


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