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Avaliação neurocognitiva no abuso e dependência do álcool: implicações para o tratamento

A Neuropsicologia, aplicada ao abuso e dependência do álcool, busca a compreensão da relação entre danos cerebrais e seus efeitos na cognição e no comportamento do indivíduo. Estuda, ainda, os comprometimentos neurocognitivos dos pacientes, relacionando-os a achados estruturais e funcionais de neuroimagem (TC, RM, PET e SPECT). No uso agudo, o álcool tende a comprometer a atenção, memória, funções executivas e viso-espaciais, enquanto no uso crônico altera a memória, aprendizagem, análise e síntese viso-espacial, velocidade psicomotora, funções executivas e tomada de decisões, podendo chegar a transtornos persistentes de memória e demência alcoólica. Os déficits cognitivos encontrados nos dependentes de álcool, principalmente das funções executivas (frontais), têm implicação direta no tratamento, tanto para a escolha de estratégias a serem adotadas como para a análise do prognóstico. Ao final do artigo, é apresentado um instrumento útil e breve para rastreio de alterações cognitivas, a Bateria de Avaliação Frontal - FAB.15 Acredita-se que a Avaliação Neuropsicológica pode ser muito importante para a detecção e avaliação da progressão destas alterações e que a reabilitação cognitiva tem papel relevante na recuperação dos déficits e reinserção psicossocial destes pacientes.

Bebidas alcoólicas; Terapia


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