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Custo social e de saúde do consumo do álcool

Baseando-se numa revisão, apresentada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de recentes estudos sobre avaliação do custo social e de saúde decorrentes do uso do álcool, este artigo tem o objetivo de expor as evidências que permitem avaliar o consumo do álcool para além da esfera médica assistencial, pessoal e familiar, como questão prioritária do ponto de vista sócio-político e de saúde pública. São discutidos os dados mundiais e enfatizados os dados específicos do cenário brasileiro. O custo social é dimensionado com metodologia aplicada a diversos fatores, sendo unificados dados sobre violência, problemas familiares, abuso de menores, desordem pública, problemas profissionais, entre outros. O custo dos problemas de saúde é evidenciado pelo método epidemiológico, por meio de uma categorização elementar de dados de morbi-mortalidade geral de cada região e sub-região continental e triangulando-se dados de volume médio de consumo e padrões de consumo. Os resultados finais são obtidos através de análise comparativa de risco, utilizando-se basicamente um indicador representativo do número de anos de vida útil perdidos por adoecimento ou mortalidade precoce atribuíveis ao consumo do álcool, na língua inglesa designado "DALYs" (Disability Adjusted Life Years). O valor global do "DALYs", no ano de 2000, para o álcool, foi de 4% da morbi-mortalidade mundial, revelando tendência de ascensão. Os gradientes encontrados entre as diversas regiões do planeta são analisados à luz de uma crítica de seus potenciais determinantes.

Bebidas alcoólicas; Consumo de bebidas alcóolicas; Risco atribuível; Prevenção & controle


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