Este artigo procura examinar a questão da herdabilidade na dependência do álcool. Através da revisão de estudos em famílias, em gêmeos e de adoção, encontramos evidências para afirmar a importância dos fatores genéticos na transmissão da vulnerabilidade a esta dependência. Essa transmissão pode ser melhor compreendida através de um modelo epigenético de desenvolvimento do transtorno, no qual condições biológicas hereditárias associem-se a situações ambientais ao longo da vida para a produção da dependência. Neste artigo, apresentamos essas condições biológicas intermediárias vinculadas ao alto risco para dependência do álcool. Por fim, descrevemos os estudos moleculares que vêm estabelecendo associações entre polimorfismos e a dependência do álcool, com relevo para o sistema dopaminérgico.
Dependência à substância; Predisposição genética para doença; Vulnerabilidade