OBJETIVO: Pesquisadores têm conduzido vários estudos relacionados a parafilias e compulsão sexual, mas há poucos dados sobre a prevalência de práticas sexuais não usuais que são subliminares para estes diagnósticos. Foi investigada a associação entre comportamento sexual não convencional e parâmetros sociodemográficos e de saúde. MÉTODO: Estudo transversal, de 7.022 indivíduos (54,6% de homens), realizado por meio de questionário autorresponsivo, comparou indivíduos com pelo menos um comportamento sexual não convencional (grupo 1) e indivíduos sem esta referência (grupo 2). RESULTADOS: A idade média das mulheres (35,0 vs. 35,9 anos; p < 0,05) e dos homens (36,5 vs. 37,8 anos; p < 0,05) foi menor no grupo 1 do que no grupo 2, respectivamente. Mais homens (52,3%) que mulheres (30,4%) (p < 0,001) apresentaram comportamento sexual não convencional. Comportamentofetichista (13,4%) evoyeurista(13,0%) foramosmaisfrequentes. Comportamento sexual não convencional foi associado com: gênero masculino; estado civil solteiro e separado; raça negra e parda; nível educacional médio e fundamental; histórico de tratamento para transtorno do estresse pós-traumático; dependência por álcool; contracepção de emergência; dificuldade no início da vida sexual; violência sexual sofrida; bissexualidade; e prática de sexo anal e oral. CONCLUSÃO: Os comportamentos sexuais nãoconvencionaissão importantes porque estão associados a piores condições de saúde e a baixo nível educacional.
Comportamento sexual; Sexualidade; Parafilia; Sexo sem proteção; Parceiros sexuais