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Psiquiatria geriátrica

PSIQUIATRIA GERIÁTRICA

Comprometimento cognitivo entre a população de rua

Heckert, Uriel; Alves, Márcio JM; Pavione, Marcos A

Fac. de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora

Rua Rei Alberto, 103/1000 (36016300) Juiz de Fora, MG

Fone (032) 3212-8895

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Heckert, Uriel E-mail uriel@medicina.ufjf.br

OBJETIVOS: O trabalho avaliou o déficit cognitivo (declínio das funções intelectivas, a ponto de afetar a vida funcional) entre a população de rua de Juiz de Fora, Brasil.

MÉTODO: Baseou-se em levantamento no banco de dados construído a partir de pesquisa anterior que apurou a prevalência de transtornos mentais entre a população de rua da cidade. O instrumento de aferição de comprometimento cognitivo foi o Mini Mental State Examination (MMSE). O subgrupo composto pelos considerados casos foi comparado com o restante da amostra, buscando-se características demográficas, biográficas e clínicas que os distinguisse.

RESULTADOS: Foram analisados 79 indivíduos, com idade de 18 anos ou mais e tempo mínimo de exposição à rua de 12 meses, sendo encontrados 12 que apresentavam escore que os incluía como portadores de déficit cognitivo (15,2%). Encontrou-se diferença significativa entre a média de anos de educação formal, além do grau de escolaridade, que eram significativamente menores entre os casos. Os indivíduos com comprometimento cognitivo apresentaram índice maior de diagnósticos de Transtornos Mentais Orgânicos.

CONCLUSÕES: A prevalência de déficit cognitivo encontrada foi maior que a de estudos anteriores, realizados em outros países. Os achados reforçam a necessidade de ações preventivas que alcancem este grupo específico da população.

Doença de Alzheimer pré-senil – avaliação do impacto psicossocial: resultados preliminares

Dourado, M; Mezzasalma, M; Marinho, V; Laks, J; Engelhardt, E

Instituto de Psiquiatria/IPUB, CDA e Instituto de Neurologia Deolindo Couto, Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Brasil

tel/fax: (oxx21)2235-3049

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: proneuro@centroin.com.br

OBJETIVOS: Avaliar o impacto psicossocial da doença de Alzheimer (DA) de início pré-senil (início<65 anos).

METODOLOGIA: Pacientes (n=10; f=8/m=2) com diagnósticos de DA provável (DSM-IV e NINCDS-ADRDA), CDR 1&2, Cornell e NPI (exclusão de depressão e manifestações psicóticas), idade atual 63.5(7.2), idade de início 59.8(8.1), instrução: 1ºgrau/superior, MMSE=19.7(3.8), submetidos direamente à entrevista semi-estruturada "Avaliação do Impacto Psicossocial do Diagnóstico de Demência" – APSID (perguntas nas seguintes áreas: consciência da doença, sentimento de depressão, ansiedade e irritabilidade, situação econômica, capacidade de direção, situação social, pessoal, familiar e afetiva, religiosidade). Aprovado pelo Comitê de Ética do IPUB/UFRJ/consentimento informado assinado.

RESULTADOS: O APSID monstrou que a maior parte dos pacientes relatou impacto diante da doença, principalmente nas áreas consciência da doença, situação familiar e pessoal, situação afetiva e religiosidade. Quanto à situação econômica e social, os pacientes com CDR 1 apresentaram percepção maior das suas dificuldades do que os com CDR 2. Em relação à direção, 5 pacientes da amostra tinham carteira de motorista e pararam de dirigir devido ao comprometimento cognitivo.

CONCLUSÃO: Estas observações iniciais revelam que a maior parte dos pacientes demonstrou reações ao diagnóstico e aos déficits cognitivos nas áreas avaliadas pela APSID, sendo que em duas áreas o impacto foi relacionado ao grau de severidade da doença.

Demência em idosos hospitalizados em clínica médica: prevalência e perfil sóciodemográfico e clínico

Cordini, K; Castells, M; Fornari, L; Furlanetto, L

Laboratório de Estudos dos Transtornos do Humor, Depto de Clínica Médica, Hospital

Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU, UFSC), Florianópolis, SC

Tel:(48)3319149, Fax:(48)3319014,

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Cordini, K e-mail: karinylc@hotmail.com

OBJETIVOS: Verificar a freqüência de demência em idosos internados nas enfermarias de clínica médica do HU-UFSC e descrever o perfil sóciodemográfico e clínico deste grupo.

MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo observacional transversal, no qual foram randomizados 498 pacientes com idade maior ou igual a 60 anos internados na clínica médica do HU-UFSC. Destes, foram excluídos: pacientes com mais de uma semana de internação, com incapacidade física ou que se recusaram. Os pacientes que preencheram os critérios do DSM-IV para demência tiveram descritos seus dados sócio-demográficos e clínicos.

RESULTADOS: Da amostra composta de 349 pacientes, 24% (n=84) preencheram os critérios para demência, os quais apresentavam as seguintes características: mesma distribuição entre os sexos, média de idade±Desvio Padrão (DP)= 74±8,7 anos, 81% brancos, 48% analfabetos, sendo 48% casados ou amasiados e 44% viúvos. Quanto à freqüência de doenças crônicas, 50% tinham história de hipertensão arterial sistêmica (HAS), 30% de diabetes mellitus (DM), 21% com história prévia ou atual de acidente vascular encefálico (AVE) e 20% com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

CONCLUSÕES: Quase um quarto dos pacientes idosos internados na clínica médica do HU-UFSC apresentaram demência. O perfil deste grupo foi de: brancos, com baixa escolaridade e com alta freqüência de doenças crônicas, tais como HAS, DM, AVE e DPOC. Estes resultados não permitem conclusões quanto às causas ou os tipos de demência, mas realçam a importância da detecção de quadros demenciais em idosos internados com estas características.

Demência e Doença de Parkinson. Uma revisão nacional

Silberman, C; Marinho, V; Laks, J; Engelhardt, E

IPUB/UFRJ, CDA. Av. Venceslau Brás, 71 fundos. Tel: 22751122

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Silberman, C e-mail: cdsilberman@uol.com.br

OBJETIVOS: Revisão bibliográfica de artigos brasileiros publicados nos últimos vinte anos sobre DPI e demência, avaliando se houve acompanhamento da evolução dos conceitos de DPI e doenças afins na literatura nacional sobre o tema.

MÉTODO: Revisão bibliográfica do período de 1980-2000 nas bases de dados Medline, Scielo e LILACS, com as seguintes palavras-chaves: demência; doença de Parkinson; cognição e memória. Os trabalhos realizados há mais de vinte anos, publicados internacionalmente e considerados clássicos foram incluídos. Procurou-se avaliar os seguintes dados: estudos clínicos de evolução com pacientes, estudos que continham avaliação neuropsicológica, estudos com avaliação eletroencefalográfica e/ou de neuroimagem, ensaios clínicos e artigos de revisão.

RESULTADOS: Três dos artigos nacionais encontrados foram ensaios clínicos. Seis dos artigos nacionais encontrados foram de revisão.

CONCLUSÕES: A revisão da literatura nacional sobre o assunto soma experiência com 137 pacientes. Apenas duas das pesquisas nacionais incluíram exame complementar (Eletroencefalograma), as demais são revisões, compilações sobre o tema.. Na literatura internacional 2187 pacientes com doença de Parkinson foram estudados de 1966 até 1986. A freqüência de demência nesses pacientes variou de 14% até 40% A demência associada a DPI necessita de mais estudos para que seus aspectos neuropatológicos sejam melhor definidos. O país necessita de trabalhos estruturados de pesquisas que possam melhor estudar os déficits cognitivos e sintomas não cognitivos associados a DPI além de esboçar o perfil desses pacientes com tendência á desenvolver síndrome demencial.

Avaliação do uso de antidepressivos na população de um lar abrigado

Laks J; Munk M; Castro P; Morais C; Pessanha M

CASA GERONTOLÓGICA DE AERONÁUTICA BRIG. EDUARDO GOMES (CGABEG), RJ

R. Maj.Av.CarlosBiavatti, s/n, I.do Governador, Tel.2462.2333r.286

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: tresemes@marlin.com.br

OBJETIVOS: Avaliar a prescrição de antidepressivo em idosos residentes em um lar abrigado.

MÉTODOS: Foram analisadas as prescrições de antidepressivos numa amostra de 103 idosos residentes, comparando com a prevalência de depressão destes idosos pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS, Yesavage,1983).

RESULTADOS: Na amostra de 103 idosos residentes os escores totais de GDS são: Normal (N)- 72,81%; Leve(L)-22,33%; Grave(G)- 4,85% . Os idosos que utilizam antidepressivos são 12 (11,65%), sendo que deste total 7 idosos utilizam antidepressivo tricíclicos(TCA) sendo a GDS normal para 5; leve para 1; grave para 1; 3 idosos utilizam inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) sendo a GDS leve para os 3 e os 2 idosos outros tipos de antidepressivos com GDS grave para os 2.

CONCLUSÃO: O estudo não demonstrando nenhuma relação direta entre a o baixo índice de depressão e a utilização de medicação antidepressiva. Sendo a utilização de antidepressivos de apenas 11,65%. Isto talvez se deva às características e intervenção terapêutica existente na instituição. Sub-áreas: Neuropsicologia e Serviços

Desenvolvimento de um instrumento para rastreamento de depressão em idosos: aspectos metodológicos

Gazalle, F; Lima, M; Tavares, B

Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Medicina Social, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia

Av. Duque de Caxias, N 250, 3 Piso, 96030-000, Pelotas, RS

Fone: (53)2712442, Fax: (53) 2712646

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail mmarques@epidemio-ufpel.org.br

OBJETIVOS: Elaborar um instrumento para rastreamento de depressão em idosos que seja simples e com uma abordagem voltada para a prática clínica em atenção primária. Elaborar escores de sintomas depressivos e determinar a prevalência de depressão na população de 60 anos ou mais na cidade de Pelotas-RS e identificar alguns de seus determinantes.

MÉTODO: Os sintomas depressivos mais freqüentes na população idosa foram pesquisados na literatura, e realizou-se um estudo pré-piloto, para o refinamento do instrumento a ser elaborado. Este pré-piloto consistiu de uma amostra aleatória sistemática de 28 idosos em um setor censitário de classe média, com o objetivo de garantir a cada indivíduo a mesma chance de ser selecionado.

RESULTADOS: Observaram-se as seguintes prevalências de sintomas depressivos neste pré-piloto, entre outras: tristeza 35,7%, ansiedade 46,4%, falta de energia 25%, dificuldade para dormir 28,6%, ruminações sobre o passado 17,9% e perda de prazer nas atividades habituais 17,9%. Estes dados permitiram uma estimativa dos sintomas depressivos mais freqüentes e a elaboração do instrumento final com os escores.

CONCLUSÃO: Os sintomas depressivos provavelmente são subestimados por critérios diagnósticos tradicionais de depressão, que além de não serem dirigidos exclusivamente aos idosos, não condizem com a identificação da depressão na prática clínica rotineira.

Distúrbio do sono como sintoma de depressão em idosos

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: zeliavr@terra.com.br

OBJETIVOS: Avaliar a associação de sintomas relacionados ao sono com o diagnóstico de depressão em uma amostra de idosos atendidos ao nível da atenção primária.

MATERIAL E MÉTODO: A amostra consistiu de 98 indivíduos (45 homens e 53 mulheres) selecionados aleatoriamente entre todos os pacientes atendidos pela primeira vez em ambulatório de geriatria entre janeiro de 1998 e dezembro de 2001, com igual ou superior a 60 anos (média de 75 + 7 para homens e 69 + 7 para mulheres). O instrumento utilizado no diagnóstico de depressão foi a Escala de Depressão Geriátrica e os dados referentes ao sono foram obtidos a partir de questionário específico. (Avaliação Rápida do Paciente Idoso – ARPI). A análise estatística foi baseada no teste do X2 ao nível de significância de p < 0,05.

RESULTADOS: A prevalência de queixas relacionadas ao sono foi de 37% em toda a amostra. No total 38 dos 50 "casos" preencheram os critérios diagnóstico de depressão. A associação de queixas relacionadas ao sono e depressão em homens (54,5%) foi inferior ao das mulheres (85,7%) (p < 0,05). O uso de medicação hipnótica foi relatado por 22 dos 50 pacientes com queixas relacionadas ao sono. Apenas 1 dos casos usava medicação antidepressiva.

CONCLUSÃO: Pacientes com queixas relacionadas ao sono mostraram uma associação significativa com o diagnóstico de depressão. A larga utilização de drogas hipnóticas em contraste com a mínima utilização de antidepressivos sugere que as queixas de sono são abordadas de maneira separada, não sendo consideradas dentro do repertório de sintomas depressivos. Esta situação é compatível com uma baixa sensibilidade diagnóstica da depressão entre médicos generalistas. Todo paciente geriátrico com queixa relacionada ao sono deve ser avaliado quanto a possibilidade de depressão, devendo a terapêutica considerar a doença depressiva como um todo e não apenas algum sintoma isolada.

Sintomatologia depressiva dos idosos numa área do programa saúde da família (PSF) em Maringá-PR

Porcu, M; Fritzen, CV; Cano, MFF

Departamento de Medicina, UEM

Av. Mandacarú, 1590, CEP: 87080-000, fone: (044) 255-8484 ramal 219, FAX: 262-0904, Maringá,PR, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: sec-dmd@uem.br

OBJETIVOS: Verificar a prevalência da sintomatologia depressiva na população de idosos com idade superior a 60 anos, numa área adstrita do PSF , no município de Maringá-PR.

MÉTODOS: Foi realizado um estudo seccional-transversal, utilizando o Inventário para Depressão de Beck (IDB). Foi considerado o escore de 0 a 14 como normal, de 15 a 19 como disforia e acima de 20 como "depressão". A população estudada foi de 451 indivíduos, da qual foi utilizada uma amostra de 118 pessoas correspondendo a 26% do total.

RESULTADOS: Obtivemos: 1) idade média @ 69 ± 8 anos; 2) homens 45% e mulheres 55%; 3) disforia: 15,1% dos homens e 17,2% das mulheres (p=0,7590); depressão: 34% dos homens e 37,7% das mulheres (p=0,6942); sem diferença significativa; 4) a prevalência de "depressão" foi 5,5 vezes maior que a população brasileira e 2,3 vezes a dos idosos americanos.

CONCLUSÃO: Nos idosos estudados, a sintomatologia depressiva foi bem mais prevalente que na população geral brasileira e nos idosos americanos, possivelmente pela diferença no nível sócio-econômico.

Avaliação do impacto da escolaridade e da idade no do estado cognitivo de idosos em lar abrigado

Laks J; Munk M; Castro P; Belusci LN; Hermolin MK; Pessanha M; Engelhardt E

CDA/IPUB UFRJ e Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes (CCABEG), RJ

Av.Venceslau Brás, 71. fundos. Tel: 2751122

Endereço para correspondência Endereço para correspondência emal:proneuro@painet.com.br

OBJETIVOS: Avaliar estado cognitivo dos residentes de lar abrigado. Comparar resultados em função de faixa etária e escolaridade

MÉTODOS:Idosos residentes no lar abrigado (n= 106) foram avaliados com o Mini-Mental State Examination (MMSE. Folstein et al., 1975). divididos por faixa etária (65-84 anos; > 85 anos) e por escolaridade (analfabetos, baixa: até 8 anos, média/alta: > 8 anos). Pontos de corte para transtorno cognitivo definidos de acordo com a escolaridade (13 analfabetos, 18 baixa e 26 média/alta).

RESULTADOS: Os idosos jovens (65-84 anos) n=70, apresentaram escore de 20.18± 8.76. Os escores para essa faixa etária com I grau (n=36) e II grau e superior (n=34) foram de 21.05±7.09 e 19.26±10.15 respectivamente. Os idosos acima de 85 anos (n=36) tiveram desempenho total de 17.84± 7.88, sendo os escores dos indivíduos de I grau e II grau/superior 17.29± 8.30 e 21.38± 6.98, respectivamente . Os escores das amostras não apresentaram diferença significativa quando comparados para desempenho em função da idade (t=1 .34; p=0). assim como nos grupos divididos por escolaridade (65-84, II grau-superior/ I grau, t=0.84;p=0; >85 anos, II grau-superior/ I grau. t=0.55; p=0).

CONCLUSÃO: Na amostra estudada de um lar abrigado para idosos, o desempenho cognitivo medido pelo MMSE não apresentou a queda progressiva observada em relação a escolaridade e com o envelhecimento, de outros estudos sobre o tema. Talvez esse resultado se deva à características dessa população, mais homogênea do ponto de sócio-cultural e níveis educacionais mais altos.

Comorbidade entre doença cardíaca e mental em idosos na comunidade

Marinho V; Andreoli SB; Gastal FL; Blay S

Departamento de Psiquiatria UNIFESP, R. Dr. Bacelar, 334 Vila Clementino São Paulo

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Marinho V valeskamarinho@domain.com.br

OBJETIVOS: Estudar a comorbidade entre doença cardíaca e morbidade psiquiátrica numa população de idosos vivendo na comunidade, verificar se as condições sócio-demográficas como sexo, escolaridade, estado civil, idade interferem na distribuição de doença cardíaca e mental.

METODOLOGIA: Estudo de corte transversal. 6963 pessoas com 60 anos ou mais, vivendo no Estado do Rio Grande do Sul, foram selecionados aleatoriamente e responderam a uma entrevista estruturada. A morbidade psiquiátrica foi avaliada através do Short Psychiatric Evaluation Schedule (SPES) e os dados de saúde geral através de inventário de problemas médicos referidos. A análise estatística foi conduzida utilizando-se o software SPSS para microcomputadores.

RESULTADOS: A população total do estudo foi de 6963 sujeitos, sendo 4593 mulheres e 2368 homens. A prevalência de doença cardíaca foi de 28,2 % na população geral, 30,9 % nas mulheres e 23,0 % nos homens. Nos sujeitos com doença cardíaca o relato de desconforto psíquico esteve presente em 69,6 %, comparados com 27,1 % de relato de problemas psíquicos entre os sujeitos sem doença cardíaca. Qui-quadrado = 0,0001. Nos homens com doença cardíaca a morbidade psiquiátrica foi relatada em 61,2 % em comparação com 21,8 % naqueles sem doença cardíaca. Nas mulheres com doença cardíaca a morbidade psiquiátrica foi relatada em 72,8 % e naquelas sem doença cardíaca em 30,2 %. Qui-quadrado = 0,0001.

CONCLUSÃO: O estudo populacional evidenciou associação significativa entre doença cardíaca e mental, podendo haver correlação com prognóstico e qualidade de vida nestes sujeitos. Estudos subseqüentes são necessários para avaliar a relação etiológica, de prognóstico e impacto sobre a qualidade de vida neste grupo populacional.

Blay S

blay@uol.com.br

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    Heckert, Uriel
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    Cordini, K
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    Marinho V
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      10 Mar 2003
    • Data do Fascículo
      Out 2002
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