Este artigo argumenta que o Brasil passou de uma postura de desavença em relação ao projeto hemisférico representado pela Área de Livre Comércio das Américas (Alca) para uma estratégia de cooperação hegemônica visando a institucionalizar o espaço sul-americano e aumentar os custos da Alca para os Estados Unidos. Apesar de o Brasil ter estado inicialmente isolado em sua posição, a falta de liderança norte-americana combinada com eventos no nível sub-regional acabaram por criar uma situação favorável aos interesses brasileiros. Tais fatores ajudam a compreender a atual configuração institucional da América do Sul.
Política Externa Brasileira; Alca; América do Sul