Resumo
Este trabalho examina a importância relativa de valores e interesses na política externa de Obama, focando-se em casos críticos: as ações militares relacionadas a Afeganistão, Iraque, Líbia, não-Síria, Al-Qaeda e ISIL. Argumenta-se que sua estratégia de "leading from behind" não é muito diferente das estratégias de política externa e de defesa de seus predecessores no pós-Guerra Fria, nas quais a democracia é vista como garantia de segurança. De acordo com a estratégia de Obama, os americanos apenas apoiariam indiretamente a construção da democracia nos países-alvo, enquanto esta tarefa deveria ser realizada pelos próprios habitantes locais. Eles também proveriam treinamento militar para que os novos governos se tornassem responsáveis por sua própria segurança, o que incluía prevenir que grupos terroristas se reagrupassem em seus territórios. Se Obama se opõe à imposição da democracia pelo uso da força, os dados empíricos mostram que sua administração "não está disposta a aceitar" qualquer alternativa que ameace a segurança ou os valores liberais democráticos dos Estados Unidos, juntando desta maneira valores e interesses em sua política externa.
Palavras-chave:
Política externa americana; intervenções militares; governo Obama; valores e interesses