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A governança climática em um sistema internacional sob a hegemonia conservadora: o papel das grandes potências

Nos últimos cinco anos, a mudança climática tem se estabelecido como um condutor central de nosso tempo. Como resultado desse desenvolvimento, os mais diversificados processos sociais - bem como os campos científicos que os estudam - têm tido suas dinâmicas alteradas. Em Relações Internacionais, esse duplo desafio pode ser explicado da seguinte maneira: 1) em termos empíricos, a mudança climática impõe um aprofundamento nos níveis de cooperação na comunidade internacional, considerando o caráter comum global da atmosfera; e 2) para as Relações Internacionais enquanto disciplina, a mudança climática demanda da comunidade cientifica uma revisão conceitual das categorias concebidas para abordar o desenvolvimento da governança climática global. O objetivo deste artigo é discutir em ambos termos empírico e conceitual a estrutura da governança em mudança climática global, por meio de uma pesquisa exploratória, com o objetivo de identificar os elementos-chave que permitam entender sua dinâmica. Para isso, levamos em conta o conceito de potências climáticas. Esta discussão está fundamentada sob o seguinte quadro: nós agora vivemos em um sistema internacional sob uma hegemonia conservadora que é incapaz de responder adequadamente aos problemas da interdependência, dentre os quais - e principalmente -, a questão climática.

mudança climática; potências climáticas; governança global; o sistema internacional


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