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Efeito antiiflamatório e antinociceptivo de proteínas extraídas de sementes de Acacia farnesiana

RESUMO

Sementes de Acacia farnesiana são comumente vendidas em feiras locais no nordeste do Brasil como agente terapêutico. O presente trabalho objetivou avaliar as atividades antiinflamatória e antinociceptiva de proteínas obtidas de sementes de A. farnesiana. Cinco frações protéicas distintas (albuminas, globulinas, prolaminas, glutelinas ácidas e básicas) foram obtidas e investigadas quanto o perfil de proteínas, presença de atividade hemaglutinante e proteolítica. A fração globulina (GLB) também foi avaliada quanto a presença de atividade antiinflamatória e analgésica. Globulinas reduziram o edema de pata induzido por carragenina de modo dependente da dose que foi acompanhada da redução da atividade da mieloperoxidase (p < 0,05). Em adição, GLB reduziu a migração de neutrófilos para cavidade peritoneal induzida por carragenina. Entretanto, GLB não foi capaz de inibir o edema induzido por dextrana. O pré-tratamento com globulinas reduziu as contorções abdominais induzidas por ácido acético, bem como o tempo de lambedura da pata induzida por formalina (69.1% na primeira fase). Por outro lado, GLB não produziu um efeito antinociceptivo significante no teste de placa quente (55-56 °C). O pré-tratamento de GLB com calor (100 °C por 30 min) aboliu sua atividade anti-edematogênica e hemaglutinante. Nossos resultados mostraram que sementes de A. farnesiana são fonte de proteínas com propriedades antiinflamatórias e analgésicas.

Palavras chave
proteases cisteínicas; Coronha; inflamação; lectina; nocicepção

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