A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (SUS) contribuiu para o incremento do uso e conhecimento das plantas medicinais brasileiras, incentivando e respaldando o cultivo por agricultores familiares e a inserção no mercado. O Programa de Desenvolvimento de Plantas Medicinais prioriza ações em toda a cadeia produtiva do cultivo à distribuição. O conhecimento da demanda e dos padrões de qualidade adequados permite que distribuidores e consumidores possam tomar decisões sobre a aquisição e oferta dos produtos medicinais. Entretanto, há carência de informações e tecnologias na cadeia produtiva, o que desfavorece o seu pleno desenvolvimento, condizente com o potencial de geração de renda e promoção da saúde. O objetivo deste trabalho foi identificar e analisar o padrão atual de obtenção e comercialização de plantas medicinais no Mercado Central de Belo Horizonte. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com amostra representativa de 9 comerciantes das 23 lojas de plantas medicinais do Mercado Central, de acordo com o critério de acessibilidade descrito por Berquó. Os resultados demonstraram a precariedade desse setor quanto à obtenção das plantas medicinais, principalmente pela falta de conhecimento e informações na aquisição e venda dos produtos pelos consumidores e vendedores, respectivamente.
comercialização; plantas medicinais; cadeia produtiva; mercado