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Helmintos de lobos-marinhos-sul-americanos (Arctocephalus australis) da Zona de Convergência Subtropical do Atlântico Sudoeste

Resumo

Os parasitas são componentes importantes dos ecossistemas e podem contribuir com os aspectos ecológicos de seus hospedeiros e indicar a integridade de seus ambientes. Com o objetivo de identificar os helmintos gastrointestinais de Lobos-marinhos-sul-americanos, Arctocephalus australis, 52 animais, encontrados mortos no litoral do Rio Grande do Sul, sul do Brasil, foram necropsiados. Todos os animais estudados estavam parasitados, e 104.670 espécimes de helmintos de três filos e 14 táxons foram coletados. Foram representadas por espécimes adultos cinco espécies: Contracaecum ogmorhini, Adenocephalus pacificus, Stephanoprora uruguayense, Ascocotyle (Phagicola) longa, e Corynosoma australe; e um gênero: Strongyloides sp. Oito táxons foram representados por formas imaturas: Anisakidae gen. sp., Anisakis sp., Pseudoterranova sp., Contracaecum sp., Tetrabothriidae gen. sp., Cestoda gen. sp., Corynosoma cetaceum, e Bolbosoma turbinella. O acantocéfalo C. australe foi o parasita mais prevalente e abundante, enquanto Strongyloides sp. foi o de maior intensidade. Este é o primeiro registro do nematódeo Anisakis sp., do digenético S. uruguayense e do acantocéfalo B. turbinella neste hospedeiro. Espécies de elevado nível trófico como A. australis podem ser bons indicadores da composição da helmintofauna de seus ecossistemas, alertando-se para a presença de parasitas zoonóticos transmitidos pelo consumo de peixes.

Palavras-chave:
Região neotropical; Pinnipedia; ecologia de parasitas; zoonoses

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