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Frequência da resistência ao benzimidazol em populações de Haemonchus contortus isoladas de rebanhos de bubalinos, caprinos e ovinos

A resistência aos anti-helmínticos é um problema crescente que ameaça a produção pecuária em todo o mundo. A compreensão da base genética da resistência ao benzimidazol permitiu, recentemente, o desenvolvimento de métodos diagnósticos moleculares promissores. Neste estudo, isolados de Haemonchus contortus obtidos a partir de rebanhos de caprinos, ovinos e bubalinos criados no Brasil foram avaliados quanto à presença do polimorfismo F200Y no gene da β-tubulina1, o qual confere resistência ao benzimidazol. A frequência alélica da mutação variou de 7% a 43%, indicando que a resistência ao benzimidazol pode ser encontrada em nematoides isolados a partir de todas as espécies de ruminantes pesquisadas. Embora tenha sido observada variação significativa das frequências de mutação F200Y entre rebanhos/espécies hospedeiros distintos, não foi encontrada variação significativa entre populações isoladas de animais dentro de um mesmo rebanho. Estes achados sugerem que a avaliação de amostras de alguns poucos animais tem o potencial de fornecer informações sobre o nível de resistência ao benzimidazol de todo o rebanho, possibilitando uma redução considerável dos custos de diagnóstico para o produtor. O diagnóstico molecular apresenta vantagens práticas, uma vez que pode guiar a escolha da base anti-helmíntica a ser utilizada antes da sua aplicação no rebanho, reduzindo, portanto, as perdas ocasionadas pela resistência aos fármacos anti-helmínticos.

Resistência a anti-helmínticos; benzimidazóis; diagnóstico molecular; ruminantes domésticos; polimorfismo genético


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