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Estrutura da comunidade de helmintos de Didelphis marsupialis (Didelphimorphia, Didelphidae) em uma área de transição entre a Amazônia brasileira e o Cerrado

Resumo

Embora o gambá comum, Didelphis marsupialis (Didelphimorphia: Didelphidae) seja uma espécie amplamente distribuída na América do Sul, o conhecimento sobre seus helmintos parasitos e a estrutura da comunidade de helmintos são escassos. Os objetivos deste estudo foram descrever a composição de espécies e analisar a estrutura da comunidade helmíntica do gambá comum em uma área do Arco Amazônico, no norte de Mato Grosso. Os helmintos foram recuperados, contados e identificados em 32 indivíduos. Ao todo, 10.198 espécimes foram categorizados em 9 táxons de helmintos (sete nematoides, um cestoide e um acantocéfalo). As espécies mais abundantes foram Aspidodera raillieti, Viannaia hamata e Travassostrongylus orloffi. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na abundância e prevalência de helmintos entre os sexos dos hospedeiros. No entanto, hospedeiros jovens apresentaram maior abundância e prevalência de Didelphonema longispiculata, enquanto Oligacanthorhynchus microcephalus apresentou maior abundância e prevalência em hospedeiros adultos. Este foi o primeiro estudo a analisar a helmintofauna e a estrutura da comunidade helmíntica de D. marsupialis no Arco Amazônico. Este é o primeiro relato da presença de A. raillieti, D. longispiculata, T. orloffi, T. minuta, V. hamata e O. microcephalus no estado de Mato Grosso, Brasil.

Palavras-chave:
Amazônia; Brasil; Nematoda; Acanthocephala; ecologia de parasitos; parasitismo

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