Implicações dos cães domésticos na epidemiologia da Rickettsia parkeri cepa Mata Atlântica e da Rangelia vitalii no Sudeste do Brasil

Fournier, Gislene Fátima da Silva Rocha; Pinter, Adriano; Muñoz-Leal, Sebastian; Labruna, Marcelo Bahia; Lopes, Marcos Gomes; Martins, Thiago Fernandes; Colácio, Luciana; Môra, Cayo Rodrigo Santos; Moraes-Filho, Jonas; Dias, Ricardo Augusto

Acessibilidade / Reportar erro

Brasil

Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária

Español English

Brasil

Español English

sumário « anterior atual seguinte »

Sumário

Original Article • Rev. Bras. Parasitol. Vet. 29 (1) • 2020 • https://doi.org/10.1590/S1984-29612020003 copiar

Implicações dos cães domésticos na epidemiologia da Rickettsia parkeri cepa Mata Atlântica e da Rangelia vitalii no Sudeste do Brasil

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

A ocorrência de doenças transmitidas por Amblyomma ovale em 61 cães monitorados por três anos através de coletas de carrapatos, sangue, entrevistas, telemetria e armadilhas fotográficas foi avaliada em três áreas do Parque Estadual da Serra do Mar - SP. Amostras de sangue foram utilizadas para investigação de Rangelia vitalii através de PCR TaqMan em tempo real e Rickettsia parkeri através da RIFI. Carrapatos coletados foram submetidos à PCR convencional para investigação de R. parkeri . Estes dados foram comparados considerando os resultados do monitoramento e entrevistas. Cães de companhia apresentaram risco de infecção pela R. parkeri cepa Mata Atlântica 5,4 vezes maior que os não considerados como de companhia (p = 0,009). Cães que tiveram pelo menos um A. ovale coletado apresentaram risco de infecção por R. parkeri cepa Mata Atlântica 10 vezes maior do que aqueles que não tiveram (p = 0,009). Um cão positivo para R. vitalii através de PCR TaqMan em tempo real foi parasitado por A. ovale durante o monitoramento. Amostras positivas para o gene ompaA possuíam 100% de identidade do clone As106 de R. parkeri cepa de Mata Atlântica. Assim, é urgente o controle de cães na Mata Atlântica para redução dos riscos de zoonoses.

Palavras-chave:
Cão; Rickettsia parkeri; Rangelia vitalii; Mata Atlântica; Brasil

Owners’ responses	Area 1 (n = 26)	Area 2 (n = 25)	Area 3 (n = 27)	Chi-square comparisons (p-value)
Dog was let free (off the property) all the time	24 (92%)	9 (36%)	7 (26%)	0.02
Dog was let free only at certain times of the day	0 (0%)	11 (44%)	11 (40.7%)	0.007
The dog was never let free	2 (7.7%)	3 (12%)	6 (22.2%)	0.40
The dog had access to the forest during the period when it was let loose	24 (92%)	18 (72%)	16 (59.3%)	0.58
The dog had access to the interior of the house	10 (38.5%)	13 (52%)	16 (59.3%)	0.67
The dog was vaccinated during the monitoring year	15 (57.7%)	23 (92%)	26 (96.3%)	0.43
The dog was sterilised or used contraceptive drugs	0 (0%)	5 (20%)	13 (48.1%)	0.004
The dog used a collar or some method to eliminate ectoparasites	0 (0%)	2 (8%)	20 (74.0%)	<0.001
The dog was used as guardian of the house	19 (73.1%)	21 (84%)	10 (37.1%)	0.19
The dog was used as a hunter	17 (65.4%)	0 (0%)	0 (0%)	<0.001
The dog was considered a companion dog	6 (23.0%)	15(60%)	19 (70.4%)	0.10

Area	Dog ID	Day of the week	Time	Trap 1 (forest edge)	Trap 2 (forest interior)	Presence of humans
1	1	Tuesday	2:58 pm		X
	1	Thursday	1:53 pm	X
	1	Thursday	6:10 pm	X
	1	Thursday	6:57 am	X
	1	Friday	12:47 pm	X
	1	Saturday	11:11 am	X		X
2	2	Friday	2:43 pm	X
3	3	Friday (holidays)	1:37 pm	X		X
3	3	Saturday	11:20 am	X		X

Season	Campaign	Area	Monitored dogs	Dogs parasitized by A. ovale	Ticks collected	Positive dogs	Medians of the IIFA	Titres comparison (p-value)
Dry	1	1 ^a	19	3	3	10	64	0.03
		2 ^b	24	1	3	3	0
		3 ^b	18	0	0	5	0
	2	1 ^a	17	3	5	14	256	0.01
		2 ^b	20	0	0	8	0
		3 ^b	21	0	0	9	0
	3	1 ^a	16	7	15	15	384	< 0.01
		2 ^b	20	2	5	12	64
		3 ^b	18	3	7	6	0
Rainy	4	1 ^a	11	2	20	10	512	0.01
		2 ^b	18	4	4	11	64
		3 ^b	20	0	0	9	0
	5	1 ^a	16	7	32	15	2048	< 0.01
		2 ^b	16	1	1	15	256
		3 ^b	18	1	1	13	64
	6	1 ^a	19	3	54	18	1024	< 0.01
		2 ^b	19	1	1	11	64
		3 ^b	19	2	4	9	0

Variables	Univariate analysis (p)	Multivariate analysis (p)	Odds ratio and confidence interval (95%)
Study area (A1, A2, A3) ^* * Reference category: Area 1 (A1).	0.117	> 0.050	-
At least one tick collected during the campaigns	0.007	0.009	10.05 (2.10; 76.47)
Guard dog	0.222	> 0.050	-
Companion dog	0.078	0.009	5.39 (1.61; 20.32)
Dog with access to the forest	0.002	> 0.050	-
Dog without movement restriction	0.008	> 0.050	-
Dog occasionally left free	1.000	> 0.050	-

Dog	IFA	Area	Number of the positive ticks for campaigns						ompA	Total
Dog	IFA	Area	C1	C2	C3	C4	C5	C6	ompA	Total
0039	Positive	1	0	0	0	0	3	0	amplified	3
2954	Positive	1	2	0	0	2	3	0	amplified	7
0036	Positive	1	0	1	0	0	0	0	-	1
2968	Positive	1	0	0	5	0	0	0	amplified	5
2966	Positive	1	0	0	1	0	0	0	-	1
2967	-	1	0	0	3	0	0	0	amplified	3
2960	Positive	1	0	0	0	0	3	0	amplified	3
0042	Positive	1	0	0	0	0	2	0	-	2
0048	Positive	1	0	1	0	0	0	1	-	2
3090	Positive	2	1	0	0	0	0	0	-	1
7087	Positive	2	0	0	0	1	0	0	-	1
3008	Positive	3	1	0	0	0	0	0	amplified	1
3108	Positive	3	1	0	2	0	0	0	amplified	3
2964	Positive	3	0	0	2	0	0	0	-	2
Total positive ticks			5	2	13	3	11	1	-	35

Colégio Brasileiro de Parasitologia Veterinária FCAV/UNESP - Departamento de Patologia Veterinária, Via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n, Zona Rural, , 14884-900 Jaboticabal - SP, Brasil, Fone: (16) 3209-7100 RAMAL 7934 - Jaboticabal - SP - Brazil
E-mail: cbpv_rbpv.fcav@unesp.br

Acompanhe os números deste periódico no seu leitor de RSS

[1] *Corresponding author: Ricardo Augusto Dias. E-mail: ricardodias@usp.br