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Detecção sorológica e molecular de Leishmania spp. em animais selvagens do zoológico de Ilha Solteira, SP, Brasil

Leishmaniose é uma doença zoonótica que afeta cerca de 12 milhões de pessoas no mundo todo. Várias espécies mamíferas podem servir de reservatório para a doença. Os cães são considerados os principais reservatórios para a leishmaniose visceral em áreas urbanas, o que tem se tornado um sério problema de saúde pública no Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de Leishmania spp. em animais selvagens mantidos no zoológico de Ilha Solteira, São Paulo, Brasil. Foram coletados amostras de sangue e tecidos de cinco espécies diferentes: Speothos venaticus, Chrysocyon brachyurus, Cerdocyon thous, Pseudalopex vetulus, e Procyon cancrivorus. Anticorpos contra Leishmania spp. foram detectados em três canídeos pelo teste de imunofluorescência indireta (RIFI) e pelo ensaio imunoenzimático indireto (ELISA-teste). A análise de PCR das amostras de sangue e medula óssea foi negativa para todas as amostras, mas DNA de Leishmania foi encontrado em tecidos e pele de animais soropositivos. As amostras de PCR positivas também foram positivas para o complexo Leishmania donovani. Análise de sequenciamento dos produtos de PCR mostrou similaridade com diferentes regiões do cinetoplasto de Leishmania (Leishmania) infantum e Leishmania (Leishmania) chagasi. Medidas de controle de leishmaniose visceral em animais selvagens mantidos em zoológicos brasileiros devem ser estabelecidas, uma vez que não há nenhum programa de controle disponível.

Leishmania spp; animais selvagens; sorologia; PCR; Brasil


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