Resumo
A ocorrência de infecções helmínticas foi avaliada em ovinos que compartilhavam pastagem com bovinos. Em 2015 e em 2016, cordeiros machos foram adquiridos em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, para serem terminados em sistema de lavoura – pecuária (ILP). Em cada ano, 12 cordeiros que tinham maior contagem de ovos nas fezes foram abatidos para recuperação dos vermes. Haemonchus contortus e Trichostrongylus colubriformis foram as principais espécies registradas. H. contortus apresentou intensidade média de 1159 e 257 vermes em 2015 e 2016, respectivamente. T. colubriformis apresentou intensidade média de 4149 e 2427 parasitas em 2015 e 2016, respectivamente. De 127 machos de Haemonchus spp. analisados por “Polymerase Chain Reaction” (PCR), 125 foram identificados como H. contortus, um como Haemonchus placei e um como híbrido. Cooperia punctata, Cooperia pectinata, Cooperia spatulata, Cooperia curticei, Ostertagia ostertagi, Teladorsagia circumcincta , Trichostrongylus axei, Nematodirus spathiger e Trichuris ovis foram as outras espécies de nematódeos registradas. Vinte cordeiros apresentaram cistos de Taenia hydatigena no mesentério e no fígado. Um cordeiro apresentou no cérebro Coenurus cerebralis, o estágio larval de Taenia multiceps . Em conclusão, ovinos criados com bovinos apresentam grande diversidade de nematódeos. A co-infecção de H. contortus e H. placei favorece a produção de híbridos.
Palavras-chave:
Cooperia; Nematodirus; Ostertagia; Taenia hydatigena; Teladorsagia; Trichostrongylus