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Fauna parasitária de oito espécies de peixes ornamentais de água doce do médio Rio Negro na Amazônia brasileira

Para estudos parasitológicos, 27 espécimes de cardinal Paracheirodon axelrodi, 33 rosa-céu Hyphessobrycon copelandi (Characidae), 28 peixes borboleta Carnegiella strigata e 26 Carnegiella martae (Gasteropelecidae), 27 bodó ou cascudo Ancistrus hoplogenys (Loricariidae), 31 peixes-lápis Nannostomus eques e 38 Nannostomus unifasciatus (Lebiasinidae) e 13 acará-bandeira Pterophyllum scalare (Cichlidae) foram coletados no médio Rio Negro, estado do Amazonas, Brasil. Em um total de 223 peixes examinados, 143 (64,1%) estavam parasitados por pelo menos uma espécie de parasito. A maior taxa de prevalência foi de Monogenea (36,7%), seguida de Ichthyophthirius multifiliis (Ciliophora) (20,6%), Trichodina spp. (Ciliophora) (4,0%), Piscinoodinium pillulare (Dinoflagellida) (1,3%), Tetrahymena sp. (Ciliophora) (0,89%) e Procamallanus sp. (Nematoda) (0,4%). Todas as oito espécies de peixes mostraram Monogenea (Gyrodactylidae and Dactylogyridae) nas brânquias, mas a maior prevalência ocorreu em P. scalare e menor em P. axelrodi e C. strigata. Porém, maior intensidade média de Monogenea foi encontrada em P. scalare e A. hoplogenys. O protozoário I. multifiliis ocorreu nas seis espécies de peixes ornamentais examinadas, porém C. strigata e C. martae tiveram a maior prevalência e intensidade média. Trichodina spp. foram encontradas somente nas brânquias de C. strigata, C. martae e N. eques, mas a maior intensidade média foi em C. strigata. Por outro lado, o protozoário P. pilullare foi encontrado somente nas brânquias de C. martae. No Brasil, este é o primeiro relato de Tetrahymena sp. e ocorreu nas brânquias de C. strigata.

Infecção; Monogenea; parasitos; prevalência; sanidade


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