Caprinos machos, em idade reprodutiva, sorologicamente negativos para Toxoplasma gondii foram distribuídos em três grupos de animais: GI (n = 2) controle (placebo), GII (n = 2) - infectado com 1 × 10(6) taquizoítos (cepa RH) e GIII (n = 2) infectado com 2 × 10(5) oocistos (cepa P). Exames clínicos, hematológicos, parasitêmicos, sorológicos, pesquisa no sêmen e em tecidos do sistema reprodutor, por meio da bioprova, e da Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR), foram conduzidas para avaliar a infecção toxoplásmica. Os títulos sorológicos alcançaram valores máximos de 4096 nos dois grupos de animais infectados. Pela técnica da bioprova, foi possível revelar precocemente a presença do coccídio nas amostras seminais dos animais inoculados com taquizoítos. Pela PCR, foi possível identificar, no sêmen, material genético de T. gondii, em cinco (5º, 7º, 28º, 49º e 70º) e em duas (ambos ao 56º) datas experimentais pós-inoculação dos animais pertencentes aos grupos GII e GIII, respectivamente.Por esta mesma técnica, foi possível ainda isolar material genético deste protozoário, também em amostras teciduais (pool de próstata, testículo, vesícula seminal e epidídimo) dos caprinos inoculados com taquizoítos e oocistos. A presente pesquisa sugere a possibilidade da ocorrência da transmissão sexual do T. gondii na espécie caprina.
Toxoplasma gondii; caprinos; sistema reprodutor; PCR e bioprova